quinta-feira, 23 de maio de 2013

Cachoeira do Faú - Miracatú -SP

Miracatú - SP Cachoeira do Faú
Maio 2013

A cachoeira do Faú em Miracatú é de fácil acesso fica á 15 km do centro, a cachoeira está na beira da Estrada do Faú à esquerda, com águas límpidas própria para belos banhos.
Miracatú fica a 70 km de Juquitiba, com acesso no km 396 da rodovia Regis Bittencourt. Pra chegar até Miracatu peguei um ônibus no Bairro do Engano, km 340 da Regis, lugar que eu já havia visitado quando fui pra cachoeira do Engano.

Desci na rodoviária localizada no centro de Miracatu, segui a Av. Dona Evarista de Castro Ferreira reto, depois de ter passado pelo museu, pela igreja e uma praça virei à esquerda, cheguei numa ponte que tem uma placa que indica o sentido da cachoeira, ao atravessar a ponte caí na Estrada do Faú e a segui direto sem entrar em nenhuma outra estrada.

A estrada no seu percurso inicial é marcada pelas plantações de bananas em suas margens, a estrada se mantem em terra batida em todo seu trajeto, com algumas exceções se tem asfalto. O clima do lugar é muito bom e na caminhada se torna um clima mais real. Como nem tudo é mil maravilhas, tive que caminhar num ritmo mais puxado pois tinha entre 14 e 15 km pra derrotar em pouco tempo, o problema é lógico que se tratava do pouco tempo não da distancia, pois quando me informei com o motorista perguntando qual era o horário do último busão, ele respondeu que aquele mesmo buso ia sair as 15h30 sendo o único e o último. Aí veio o receio de perde-lo, pois passaria de R$ 2,50 pra mais de R$ 20,00 pela empresa Intersul, ou seja, ia dormir na rua, minha situação de contar moedas pra sair não me deixaria gastar mais do que 10 conto por rolê, e olhe lá quando se chega a 10 rsrs.

Ás 09h15 dei inicio à pernada e ás 12h cheguei na queda do Faú, queda que no seu termino se desfaz na correnteza do rio, de fato bem bacana.
Cheguei na cachoeira cansado, não pensei duas vezes e me joguei embaixo daquela queda, água gelada que aliviou o cansaço, despertou a mente, purificou a alma e me deixou contente.
Pena, uma grande pena que eu não pude ficar muito tempo por lá e nem emendar o rolê com a cachoeira da Pedra Grande bem mais a frente. Pena, uma grande pena que os 45 minutos que fiquei por lá passaram voando e ás 12h45 eu estava voltando sentido centro.
Foi então que ás 13h10 passou um ônibus no sentido contrário do meu, escrito Faú, até então não sabia se iria voltar, continuei andando e pedindo carona, que só pedi duas vezes pros dois veículos que passaram, mas foi em vão, não por má vontade eu acredito, pois mais a frente eu os vi estacionados. Uma coisa que me surpreendeu, alias, não me surpreende mais, mas me faz matutar na mente é a questão da educação das pessoas, o jeito receptivo de informar os visitantes, o fato de no auge de seus confortos cumprimentar e acenar pra um desconhecido que passa andando na estrada, crianças e adolescentes te acenam ou falam "Opa", caraca me senti um ignorante por vir de uma cidade que o desconhecido é tratado como inimigo, num cotidiano de merda onde se tem diversas brigas: de transito, no metro, no ônibus, nas ruas... pessoas que vasculham as vidas de outras pessoas nas redes sociais mas quando se encontram na rua nem se falam...pessoas que pelo jeito de andar ou de vestir das outras pessoas as encaram como suspeitas, entre outra coisas...
Repito, em Miracatú assim como em Juquitiba tem um pessoal muito gente boa.

Ás 13h30 ouvi um barulho de ônibus se aproximando era o mesmo que tinha passado por mim, dei sinal e perguntei se ia até o centro, o motorista confirmou, o preço da passagem foi de R$ 2,50, bom peguei esse buso pra não correr o risco de perder o que voltaria para o Engano.
Já na rodoviária ás 14h estava eu conversando com um senhor que tinha pegado o mesmo ônibus que eu de manhã, ambos esperávamos o das 15:30 h.

A volta foi marcada pelos sonos nos busos perdendo um pouco da paisagem da Regis, que na ida pela manhã havia me impressionado, principalmente na descida da serra.
Do Bairro Engano andei até o Distrito de Barnabés, coisa de 3 km pela rodovia, onde peguei o buso sentido Valo Velho, já bem cansado e não foi pra menos, tinha andado mais de 20 km. Rolê que valeu, pelos visuais e, lógico, pelo banho de cachoeira.

Até a próxima!.

Dicas gerais para prática de trilhas na natureza:

Maiores infos:
http://www.mochileiros.com/cachoeiras-da-pedra-grande-e-fau-em-miracatu-sp-t81935.html#p834569

Fotos:

segunda-feira, 13 de maio de 2013

Acampamento Pico do Urubu - SP

Acampamento no Pico do Urubu - Mogi das Cruzes

Por: Dayane, Felipe e Carlos.

Bastidores

Com trilha marcada para o dia 11/05 (sábado) sabíamos que iriamos fazer algo, mas não tínhamos nada definido quanto ao local e o que fazer, claro que com algumas opções na manga pra ver qual se encaixava perante a situação. A ideia de um bate-volta foi ultrapassada pela ideia de acampamento, que de cara eliminou algumas opções. As alturas e o sol foi posto na mesa e deixou em evidencia Pedra Grande de Quatinga que na jogada de planejamento parou na rede, por falta de equipamentos básicos  de minha parte, pois os amigos estavam bem equipados. Fim de jogo!...e começo de uma boa aventura pela serra do Itapety num pico de fácil acesso, o Pico do Urubu.

Encontro e viagem

Sexta 23:30, Felipe e Dayane chegaram na plataforma da estação Luz sentido Guaianases, onde eu já estava esperando há 1 hora, pois tinha saído da faculdade e ido direto pro ponto de encontro. Após os cumprimentos básicos chegou o trem e embarcamos, uma viagem tranquila onde pudemos colocar alguns assuntos em dia e saber da expectativa de cada um para o acampamento. A Dayane falou que estava com receio por ser um pico perto da cidade e de fácil acesso, consegue-se subir até de carro lá. Realmente procede esse receio mas era talvez a melhor opção para aquele dia e aquela situação, pois estávamos carregando uma das barracas na mão e o violão também, alem das mochilas.

Caminhando

Às 01:10 h começamos a subir sentido pico, tem uma placa marrom no inicio da estrada mencionando o pico do urubu e o parque municipal, o caminho revesa de asfalto pra terra em determinados trechos e começou com asfalto acompanhando algumas casas, passou 3 pessoas descendo, acenou e disse "A paz". Isso, sem maldade nenhuma, nos levantou um questionamento de como estaria o pico, sabíamos que era bastante frequentado de dia mas a noite como era? Bagunça?Cultos?Rituais??...

O frio da madrugada não surrou o corpo, e digo mais, com a caminhada se tornou bem refrescante, aos poucos víamos o centro de Mogi ficar pra baixo junto com aquele labirinto de luzes que de quanto mais alto se olha mais bonito fica. Num ritmo tranquilo e com poucas paradas estávamos ali curtindo a trilha que tem uns trechos que ficaram bem sinistros á noite, um breu total nos fazendo acionar as lanternas.

Com um pouco mais de 2 km de caminhada chegou a primeira bifurcação,(tem um lago como referencia, deve-se pegar a esquerda pro pico e a direita vai pro parque municipal).
Durante o trajeto surgiu outra à direita e já quase no topo surgiu a ultima à esquerda, onde se tinha 4 opções pra seguir.

Em um certo momento, após mais de uma hora subindo, parecia que quanto mais andávamos mais o pico se distanciava, o jeito era nos concentrar, de passos leves e pés no chão, que uma hora íamos chegar.
Essa hora chegou com ar de alivio e de uma parte do "dever" cumprido...e pra "dizer" que chegamos dei um grito de comemoração:" c!@#$%LHO é noiss.." rsrs. Observando as luzes de Mogi das Cruzes sob nossos pés.

Escolha do local e pequeno susto

Então subimos de vez  na missão de achar um lugar pra montar as barracas e ver como era o movimento noturno de lá... Tava silencioso o ambiente, uma ventania monstra, (que de cara preocupou), tinha 4 carros estacionados, ops tem gente... Numa escuridão de verdade e com neblina estávamos na procura de um lugar pra montar nosso lar da noite, fomos em direção das pedras com intenção de fugir um pouco da ventania, foi quando vimos uns vultos de gente que parecia ser 2 grupos distintos, -Boa Noite!, cumprimentei e fiquei no vácuo rsrsrs ninguém respondeu... umas 3 pessoas em pé cobertas de um lençol colorido, e outras pessoas sei lá como que tavam, pareciam agachadas beijando o chão, todos cobertos de branco, demos meia volta e fomos pra outra ponta do pico encarar de vez a ventania. Nessa altura a Dayane quase nem conseguia andar mais, suas pernas tremiam que nem vara verde, se alguém falasse vamos embora ela era a primeira a descer e correndo. Lembra do receio? Tornou-se fobia de gente, agora aposta ae se essa garota dormiu ..ainda bem que os carros estavam ali e nos deu a entender que tinha pessoas na área senão o susto ia ser maior.

Montando as barracas

Escolhemos o local pra montar as barracas, e começou um grande desafio de paciência,  a montagem em si. Ventava muito, puta escuridão, quem tava comandando a lanterna era a Dayane que se dispersava olhando ao redor pra ver se não vinha algum espirito zombeteiro fugido do ritual da galera muda. "Ow minha fia, esqueceu que tamos montando a barraca, ilumina aqui meu", repetimos uma dezena de vezes rsrs.
Com a barraca levantada era colocar as estacas rapidamente senão o vento levava. depois das 2 barracas montadas dava até dó de vê-las se contorcendo, parecendo que estavam sendo esmagadas por grandes pedras.

Parecia que estava tudo se tranquilizando, não tinha mais a pergunta; "Gente, o que era aquilo?", quando de repente: " ahhxagugoxenis xamallala gloria deus et xejus" logo pensamos que eram evangélicos  mas depois: " acabalagabadaga laburion sarava meu pai", dai voltamos atras, isso ai era umbanda. Na verdade ficamos na duvida de uma possível disputa nas rezas já que os lençóis eram diferentes.


A fogueira, o violão, o frio

Subimos, escolhemos o território, montamos os lares, era hora de uma fogueirinha de leve. Esse tal de leve, o vento não queria nem saber, tava a milhão quase sem trégua.  Pra acender essa fogueira deu trabalho, principalmente pro Felipe que foi o que mais se moveu pra fazer a fogueira vingar, depois de muitos e muitos risca esqueiro eis que a fogueira pega de vez, pra esquentar e iluminar um pouquinho nossa madruga. Nessa altura o pico era todo nosso quem estava por lá tinha ido embora,
A partir dai, algumas músicas eram tocadas no violão, de uma forma ainda tímida  pois os dedos tavam travando de tanto frio. não sei informar a temperatura, mas o que veio a esquentar um pouco foi uma mistura de vodca com sprite, isso já quase ao amanhecer.


Amanhecendo e a insonia

O tempo passou tão rápido que ficamos surpresos com o inicio da luz do dia, decidimos ficar acordados pra ver o sol nascer, a neblina não deixou, mas mesmo assim formou uma cena diferente no céu  um tipo de horizonte com uns 4 tons de cor entre laranja e lilas e tudo por cima das nuvens ou neblinas. parecendo que estávamos viajando de avião, se isso é normal nem sei, mas eu fiquei chapado com aquela vista.
Meia hora depois, o cansaço bateu de vez, era hora de dormir já que a neblina tomou conta de tudo, não se via mais nada.
Tinha tudo pra ser um sono tranquilo, por incrível que pareça, dentro da barraca estava uma temperatura agradável  o único incomodo era que o vento tava tão forte que a barraca inclinava encostando toda na minha cabeça, parecia que a vareta iria quebrar a qualquer momento. Surgiu então um empecilho inusitado, a insonia da Dayane, que de uma forma bem solidaria queria compartilhar a sua ausência de sono, me acordava dizendo que queria ir embora... eu na hora falei que tava sem condições de descer, e voltar sem dormir iria ser uma verdadeira tortura. E como eu tava falando de jogo no começo, suspeito que ela não passaria no exame antidoping hahaha.

O dia todo lá

Era umas 11:00 horas da manhã e a neblina ainda estava por lá, porem já tinha um pessoal no pico, a maioria praticante de esportes, uns com bikes, outros se preparando para saltar de paraglider: nós no canto oposto ao deles, donos daquele território que apesar de bastante visitas ao pico ninguém veio nos incomodar, o mesmo a gente fez e procurando gerar menos impacto possível pra aquele ambiente, que por ser bastante visitado tem o dedo da porqueira humana em seu cume. O nosso lixo recolhemos e alguns outros que couberam nas sacolinhas, não dava pra recolher tudo, infelizmente.

Ver o pessoal saltando era um espetáculo à parte, a sensação deve ser muito da hora, não perguntamos o preço mas um dia quero fazer.
A vodca, por incrível que pareça, não acabou antes de irmos dormir, alias nem na metade chegou, isso é bem raro, continuamos a bebê-la tocando um violão, acompanhado da gaita e admirando a paisagem. A Dayane, por sua vez, pegou seu livro e começou a ler,encostada numa rocha, aquilo também transmitia uma paz, pena que eu não tinha levado nada pra ler, não coube na mochila.

Já próximo do por-do-sol estávamos no caminho de volta, que tinha a principio uma puta descida pra vencer, uma caminhada de leve até a estação, uma parada para a breja e o embarque no trem, naquele velho estilo mendigão hauhaha.

A gente pede natureza, pé de mochila nas costas!!!

Amplexos!

Fotos:






sexta-feira, 10 de maio de 2013

Pedra do Lagarto - Mogi das Cruzes -SP

Pedra do Lagarto - Mogi das Cruzes - SP

Como cheguei:
Desci na estação de trem Estudantes, (ultima estação da linha 11), segui pela Rua Francisco Rodrigues Filho, que fica na saída do lado do Term Rodoviário Geraldo Scavone não a do Terminal Estudantes, depois de passar pela rotatória entrei na segunda esquerda que é a Av Antonio de Almeida e segui direto até o inicio da Estrada Velha do Lambari pra então começar a trilha.

No rolê:
Seja pra caminhar, exercitar, ter um contato com a natureza, ver a vida de outro angulo, conhecer novos lugares ou apenas para se afastar por algumas horas do materialismo e frieza da sociedade, me pus a me mover em direção a Pedra do Lagarto que apesar de estar bem próxima da cidade tem um ambiente bem mais calmo e tranquilo, atmosferas calmas que outrora traziam um receio por ser uma certa premonição de como iria ser o futuro. Pois é, falei tantos motivos que na verdade tem mais um, tanto quanto importante e o que mais impulsiona na minha opinião: A aventura!

A aventura começou com subida e foi subida até o objetivo, de passos leves e pé no chão eu subi, subi e subi... Teve duas bifurcações que tomei o caminho da direita, antes ainda, apareceu uma entrada que tem na porteira escrito "cuidado cão feroz" e outra placa "entrada proibida", mas ali não tem nada a ver pois é descida.

A trilha parece ser comumente usada por bikers e deve ser uma baita adrenalina descer na velocidade, como vi em videos.

Desde o inicio da trilha tinha se passado mais de uma hora, foi quando comecei a perder altitude, altitude essa que eu havia ganhado a pouco. A tranquilidade perdeu espaço para a preocupação e pensei: "alguma coisa tá errado", o pior é que nessa parte ainda tinha vestígios de marcas de pneus e tinha uma fitas amarradas em arvores. Comecei a entrar nas trilhas, logico que marcando na mente aonde eu entrei, até que sai num mesmo local que tinha passado antes. Logo pensei: "quer saber? vou voltar aonde eu peguei direita, vou pela esquerda"... Subi novamente o que eu tinha descido fiz a curva pra esquerda e fui descendo agora por onde eu vim, quando de repente entre as frestas das arvores eu avistei uma pedra, era a Pedra do Lagarto, tinha passado batido, como referencia tem umas arvores caídas no acesso. Agora sim tinha caído a ficha do que aconteceu, eu tava caminhando na trilha da alternativa esquerda, consequentemente voltando e perdendo altitude.

Que lugar chapado, comemorei sem muito alastro e abri os braços pra sentir a brisa no rosto e no corpo...minutos depois sentei ha admirar a vista por um bom tempo, sem pressa, show de bola.
Vou comentar aqui, tinha um pratinho lá em cima, caraca o pessoal sobe mesmo pra fazer um trabalhin também, ou tem trilheiro que junta o "util" ao "agradavel" rs.
Sei lá, a intervenção humana sempre presente, (haja vista eu por lá né), ainda mais ali pertin da cidade.

Se pra subir foi em 1 hora e 20, a descida fiz em uns 40 minutos bem tranquilo mesmo, voltei feliz e satisfeito... com o rolê e com o lugar.

Até a próxima.
Amplexos!

Fotos:
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