sexta-feira, 4 de novembro de 2016

Um Preto na Cachoeira dos Pretos - Joanópolis - SP

Um Preto na Cachoeira dos Pretos - Joanópolis - SP
31/10/2016 a 02/11/2016

Na região de Bragança Paulista e fazendo divisa com Minas Gerais está situado o município de Joanópolis que se encontra no estado de São Paulo. É considerada uma cidade turística e não é pra menos. Dessa vez e pela primeira vez fui até a Cachoeira dos Pretos, que fica a 18km do centro de Joanópolis.

Como cheguei: No Terminal rodoviário do Tietê embarquei no ônibus Joanópolis pela empresa viação Atibaia (R$33,00). Ao chegar na rodoviária de Joanópolis subi a Rua Antônio Ferreira até a Igreja Matriz e atrás da igreja segui pela Rua Francisco Wohler até a "Estrada da Cachoeira" direto, a pé.

“A vida em seus métodos diz calma
Vai com calma, você vai chegar
Se existe desespero é contra a calma, é
E sem ter calma nada você vai encontrar”
(Di Melo)



No caminho


Muita hora nessa calma, pois 18km não se faz em 18 minutos. Calculei fazer todo o trajeto em pelo menos 4 horas e sem mais delongas, se é o que tem que ser feito, coloquei o pé na estrada. Na rodoviária tem a opção de pegar um táxi, mas pra mim sozinho ficaria ruim pagar R$60,00 de cara assim, lembrando que equivale a minha ida e volta de sp x Joanópolis. Aí depende da avaliação de cada pessoa.

Atrás da Igreja Matriz segui uma rua que fica do lado de um colégio, Rua Francisco Wohler e de lá segui direto até o início da estrada pra cachoeira. Com relação ao caminho não tem erro, é só seguir pela estrada principal, essa estrada vai até Monte Verde e São Francisco Xavier, mas no km18 fica a grande, bela, exuberante Cachoeira dos Pretos.

Na estrada não se tem acostamento, mas o fluxo estava tranquilo então o risco de acidente era menor. É bom prestar sempre atenção, pois a natureza ao redor sempre nos faz pensar em outras coisas, leva nossa imaginação pra outras situações, coisas boas, sensação de imensidão e imensidão das sensações. 

Entre algumas subidas, descidas, curvas à direita e à esquerda passei por diversos sítios, alambiques que faziam cachaças artesanais, que vendiam diversos tipos de queijos, doces, etc. Então quem for já separa a grana pra mais coisas boas. 

Após uma hora e vinte minutos o sol continuava lá alumiando o caminho com sua imensidão de pegar todo o território. Tava chegando, de acordo com meu cálculos, no primeiro terço da pernada. Vinha um caminhão e dei um joinha, parou! Ufa, consegui uma carona na primeira tentativa, os colegas tavam estregando refrigerantes e águas nos bares e lanchonetes, e iam exatamente até a cachoeira. Poxa, perfeito! E já que tava ali já trampei junto com eles descarregando as bebidas nos bares. O caminhão da coca-cola parou em 5 locais até chegar na cachoeira. Agradeci demais e de lá já fui em direção do Camping do Zé Roque.

O Camping

Um paraíso e sem exageros eu qualifico o camping do Zé Roque. Tranquilidade de ponta a ponta, ambiente muito agradável, atendimento ok, estrutura ok. Enfim, foi a melhor opção, valeu todo tipo de esforço pra estar ali. Montei minha barraca na beira do rio que passa no camping e do lado de uma arvore que a raízes formavam o formato de uma cadeira de praia então só coloquei um pano e ali deitei por horas a ver o fluxo do rio e ler um livro ou ouvir música. Lógico que quando cheguei já fui pra cachoeira, depois de um bom lanche no ponto verde. Pensa num lugar perfeito pra se levar a família, é lá! Se for fazer churrasco é melhor comprar a carne num mercado no centro de Joanópolis, aliás, é bom comprar tudo que for necessário no centro, existem alguns restaurantes perto da cachoeira, mas no meio de semana não servem almoço regularmente, mas tem diversos lanches. 

A Cachoeira

Um espetáculo a parte, não se entende bem o porquê de tanta beleza, o porquê dos brilhos dos olhos, e no admirar procura-se entender a maioria dos caminhos que perpassa as rochas e transcende no sentimento de cada ser que ali está ou esteve. Dizem ser a maior do estado de SP com mais de 150 metros de altura e diversas quedas.

Pra fazer a trilha e subir nos patamares da cachoeira é dentro de uma propriedade particular, tem placas dizendo que não é permitido, até porquê é perigoso pra quem não tem costume. E quem tiver no camping conversa com o pessoal de lá pois tem outra trilha pra subir até a cachu. Se for subir lembrar sempre do respeito com a natureza, ela não é traiçoeira e sempre avisa quando dá e não dá, quando é pra ir ou não, respeite seus limites. No segundo dia tinha uns carros do resgate lá no inicio da trilha, perguntei prum moço ele disse que era acidente, mas depois conversando melhor fiquei sabendo que estavam em treinamento. Achei estranho mesmo, pois se fosse resgate tavam até fazendo rapel pra salvar. O rapel tava ocorrendo no topo da cachoeira, então até lá eu não fui pq estavam lá. Faltou o topo mesmo, mas de resto foi show. E como não era fim de semana a maioria dos lugares eu estava sozinho, pra relaxar e refletir!

Fiquei dois dias naquele lugar e não queria voltar mais, ainda mais lembrando que teria que encarar uma caminhada de 18km de voltra pro centro. Na volta eu andei mais de 2 horas até que um carro parou generosamente e me deu uma carona até o cento, poupei uma hora e meia de caminhada e ainda tive a oportunidade de conhecer mais duas pessoas.

Enfim, esse foi um breve relato desse loko rolê que fiz. Em Joanópolis tem outros atrativos como a cachoeira escondida que fica a 4km do centro e ainda morros e picos. Vai ficar pra próxima com certeza, além de tirolesa, passei a cavalo, etc.
Vale lembrar que os horários de busão é limitado, tendo referência essa data (nov/2016), de Joanópolis x SP tem busão as 6h e as 14h e aos domingo acrescenta o das 18h. E de SP x Joanópolis tem as 9h e as 19h.

É nois!

Fotos celular:














2 comentários:

  1. Obrigada por compartilhar suas impressões sobre a Cachoeira dos Pretos e da cidade de Joanópolis. Farei um passeio para conhece-las e já estou gostando, pelos seus registros. Gratidão!

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