sexta-feira, 23 de março de 2018

Paraty: Praia do Sono + Antigos e Trindade - RJ

Paraty: praia do sono + antigos e trindade - RJ
14/01/2018

Roteiro
14/01/2018
Cheguei de viagem depois do almoço, conheci o centro histórico na parte da tarde e a noite assisti uma peça de teatro
15/01/2018
Bate-volta o dia todo na Praia do Sono e a Praia dos Antigos
16/01/2018
Bate-volta em Trindade + Caixadaço e na tarde Corredeira do Corisco
17/01/2018
Volta pra SP pela manhã  

"Corri como um louco em busca da felicidade e trouxe apenas as mãos vazias pendentes de ilusões. Caminhei então, devagar, em busca do meu próprio destino e hoje trago as mãos cheias carregadas de vida. Me aconteci, me manifestei, me existi. Sou um ser que está fora. Para fora estão os meus olhos que percebem as ilusões do mundo. De fora entra o ar que respiro e mantém o meu alento. Lá fora é que estão o céu e o inferno, os santos e os demônios, os que me envolvem de amor e os que me sufocam de tanto ódio. Como então posso retornar para dentro?” Ildegardo Rosa


Sono, vista da trilha Antigos
Dia 1: Centro Histórico de Paraty
O ano havia começado, muita coisa já tinha acontecido, os rumos e as novidades de 2018 estavam aparecendo, planos sendo feitos e assim segue a vida. Se a meta fosse metamorfose, talvez não mudaria tanto. Mas essa primeira visita em Paraty foi ótima, ainda que mudei de roteiro na última hora, pois ao invés de ir pra Trindade eu iria pras Cachoeiras na Penha. Como eu atrasei 3 minutos pro ônibus vai ficar pra próxima.

Do terminal rodoviário Tiete em SP, embarquei num ônibus rumo a Paraty, no Rio de Janeiro. A empresa foi a Reunidas Paulista e custou R$78,00. (link aqui) Foi uma viagem de 6 horas com algumas paradas e margeando algumas praias de Ubatuba e tal. Na verdade eu capotei na ida, aproveitei que foi uma corrida bem suave!

Da rodoviária de Paraty, eu tinha o mapa de dois hostels no centro, poderia escolher um deles e o escolhido foi o Macabea Hostel (link aqui). Ótima estadia, tudo bem organizado e o pessoal do atendimento bem gente boa. Fiquei no quarto compartilhado por R$40,00 a diária. Dali já fiz um tour por conta própria no centrinho histórico.

O centro histórico é tombado como Monumento Histórico Nacional do Brasil, então a arquitetura é ainda preservada desde o período colonial, o interessante é andar pela ruas de paralelepípedo e poder perceber o sistema de ecoamento das águas pluviais de antigamente. Já a arquitetura tem algo de Barroco. Passei pela Igreja Nossa Senhora do Rosário, que foi construída pelos escravizados e para escravizados daquela época, na frente dessa igreja pude ter o contato com o Anderson, que tem um grande acervo histórico na mente e se veste como cativo da época. É uma pessoa bastante conhecida, pois já vi algumas matérias sobre o trabalho dele em Paraty. 

Era domingo, tinha alguns palcos nas praças, pois após a missa teria show, mas ao passar na casa de cultura eu comprei o ingresso pra uma peça de comédia, assim finalizei o dia! 

Dia 2: Praia do Sono e Praia dos Antigos
Acordei cedo, já estava bem empolgado para viver o dia que viria. O plano era pegar um busão no terminal urbano na rodoviária, que custou R$04,10 e já me deixou na entrada pra trilha da Praia do Sono. É sempre bom confirmar o local de descida com o cobrador, mas nesse caso não tem erro é só descer no final, e tem um outro ponto antes pro pessoal que vai de barco.

Pra chegar até a Praia do Sono encarei uma trilha de mais ou menos uma hora, na caminhada de leve. A trilha é bem demarcada tendo em vista que muita gente passa por lá, desde crianças aos mais velhos. Se tiver em época de chuvas é bem capaz de estar um lamaceiro só, assim foi minha trilha. Então prepare-se minimamente para encarar uma trilha, levar água, lanche leve, roupa e calçado apropriados! 

A Praia do Sono já se desenvolveu bastante, alguns preferem assim outros gostavam das características das antigas. O sistema de eletricidade chegou lá e em outras praias ao redor. Existem diversos camping's na praia do sono, já de cara com o mar. Sempre bom e nunca é demais lembrar de ir já pensando em fazer o minimo impacto pro meio ambiente, pra natureza. 

A paz ali reinou, que belo refugio e dali sai trilha pras outras praias e até pra cachoeiras, mas eu tava mesmo num descanso da folga do trabalho e de todas as correrias e me contentei a minha ida até a Praia dos Antigos.

Pra chegar até os Antigos, atravessei toda a extensão da praia do sono e segui por uma trilhinha, no inicio começou bem íngreme, mas na descida depois já se avista aos pouco a outra praia que tem um aspecto mais de deserta e não tem comércio, então se for comprar algo que faça no Sono.

Nesse rolê não tem erro, são trilhas autoguiadas, acho que não preciso descrever as praias, vou deixar alguns registros abaixo... e pra voltar fiz o mesmo caminho e fiquei atento no horário do último busão de volta pro centro. Fora isso foi dez, ainda deu tempo de jantar antes de encarar a trilha de volta.

Igreja do Rosário

um peixe e uma gelada, a hora!

apareceu o sol

pra sonhar, buscar o mar


Praia Antiguinhos lá no fundo


Praia dos Antigos


Dia 3: Trindade
Bom, para falar a verdade Trindade não estava nos planos pra essa vez, mas foi após eu perder o horário do busão pra Penha que eu improvisei a ida pra trindade (e que belo improviso). Isso pra perceber o potencial desse lugar, e ainda tem um monte de rolê e opções em Paraty e região que nem ao menos citei aqui.

No mesmo terminal urbano da rodoviária, embarquei no ônibus "Trindade", preço R$4,10. 
Ao chegar na região montanhosa, um caminho bonito, já tava avistando as praias. Menos de uma hora chegamos no destino. Lá também sem erro do trajeto das trilhas. Peguei até a Piscina do Caixadaço, a trilha também estava bem cheia de lama e certos pontos se fazia um pequeno congestionamento de pessoas, sinal que tava dificil a  navegação pela trilha.

Trindade no geral tinha muita gente e após curtir um pouco das praias voltei pro centro pra emendar com outro rolê, antes eu almocei... Quem sabe Penha?... mas nem deu pra ir pra Penha, então arrisquei e fui pro Corisco. Já no terminal novamente, perguntei pro cobrador se o Corisco passava por alguma cachoeira e ele me falou de uma corredeira.

Finalizei meu dia lá, mais precisamente num boteco que tinha bem em frente da corredeira do Corisco. Conheci um pessoal lá, entre eles o Paulista da viola, só faltou o violão pra fazer um som, mas ficou pra próxima...

Piscina Caixadaço

Praia Caixadaço

Trindade

Corredeira Corisco

Por fim, no 4º dia eu estava preparado pra retornar pra SP, iria trampar já nesse dia, mas só a noite! E assim se fez minha primeira visita a Paraty!!!
Até a próxima!

Dicas gerais para prática de trilhas na natureza:

terça-feira, 20 de março de 2018

Pico do Itapanhaú, provando do próprio feitiço contra o veneno

Pico do Itapanhaú, provando do próprio feitiço contra o veneno.
17/03/2018

O pico do itapanhaú está localizado em Biritiba Mirim, SP. No topo possui basicamente uma Torre de comunicações e não se tem um visual bacana apesar de estar um pouco mais de 1000 metros de altitude. Bom, na verdade fui parar lá por um mero acaso do destino ou poderia dizer que o feitiço se voltou contra o feiticeiro. Ou ainda que provei do meu próprio veneno ao me basear num relato que fiz anteriormente. Em 2016 eu tinha conhecido a Pedra do Sapo e fiz um humilde relato, mas num descuido ou falta de atenção, em uma das bifurcações no lugar que segui à direita, no texto pus que segui à esquerda e isso foi crucial para ferrar com o plano de visitar a Pedra do Sapo novamente, por sorte parei nesse outro pico. Normalmente, antes de fazer alguma caminhada, procuro pesquisar e ler de varias fontes, mas como eu já tinha o meu texto, resolvi segui-lo.

É então errei, já corrigi lá no relato e torço pra que se alguém estivesse lido e tentado seguir se baseasse em outras fontes juntas pra confrontar, mas admito que é raro esse tipo de desatenção.

Era sabadão de madrugada e eu já estava acordado, consegui chegar as 07h40 na estação Estudantes de trem cptm. No caso, teria que esperar o ônibus Manoel Ferreira 392A que viria as 08h10. Nisso, fui tomar uma vitamina nos trailers que ficam na parte externa do terminal e comprei uma bolacha. Na parte de dentro do terminal tinha um moço vendendo lanches e café, comprei um lanche pra levar pra trilha e tomei dois copos de café...

Sei que batia no relógio 09h10 quando iniciei a caminhada no bairro Manoel Ferreira. Do ponto de ônibus segui beirando o muro sendo que à direita um duto de ferro me acompanhava. Andei por vinte minutos nessa estrada de terra até fazer a primeira bifurcação, tomei à direita passando por debaixo duto. Logo em seguida o duto passou a se localizar à esquerda da caminhada e assim compartilhamos do mesmo cenário de plantações à esquerda e do outro lado já conseguia visualizar a pedra do sapo, acreditando eu que estaria ali em breve...

Menos de 10 minutos e a caminhada se torna um pouco mais arborizada pra logo surgir outra bifurcação com um portão de ferro preso num seguimento de muro branco em forma de trapézio escrito n*400, agora segui à esquerda. O tempo tava meio doido, da mesma forma que ameaçava garoar o sol aparecia. De fato eu via que só algumas nuvens estavam carregadas. No geral tava tudo suave.

Passada as 09h55 e avisto o Rancho da Dona Maria, ali faço uma pausa, bato uma prosa e compro água. Como eu tava confiante no meu destino, nem confirmei o caminho com ela e continuei.

Outra bifurcação aparece depois de 8 minutos do rancho e tomei à direita. Mais um trecho se passou pra chegar mais uma bifurcação (e essa foi a do erro) que me direcionei pra esquerda. Era 10h25 e eu já estava ressabiado por não lembrar daquele caminho e no caso eu já deveria enxergar a pedra de frente, mas nada. Portanto, confiei mais no relato do que na memória e assim vinha subida atras de subida. Chegou num momento que decidi ir até o final pra ver no que dava, pois se assemelhava muito com as características que eu havia lido do caminho pro pico da torre. Era uma antiga estrada em desuso que era apenas subir, só num momento logo após essa bifurcação do erro teve outra mais a frente que na verdade desemboca na mesma estrada. Então se a intensão for o Itapanhaú, pode subir não tem dificuldade de navegação a não ser a inclinação que tava forte. Fiz as devidas pausas e as 11h10 cheguei pra confirmar o pico. Dali só tinha vista pra um lado e mesmo assim bem pouco. Foi momento da minha pausa pro lanche e respirar mais.

Voltei de boa, ainda na duvida se encararia o sapo, mas decidi ficar suave apesar de ter bastante tempo ainda. Preferi tomar umas latinhas na Dona Maria pra depois seguir rumo de volta.
Por lá retorno em breve pra ir em outros picos!
Até logo.

Dicas gerais para prática de trilhas na natureza:

Minha ida a pedra do sapo
http://pedenatureza.blogspot.com.br/2016/04/pedra-do-sapo-no-bairro-manoel-ferreira.html


sexta-feira, 16 de março de 2018

10. Mochilão África do Sul / Zâmbia: Museu do Apartheid + finalização

Cheguei no aeroporto Oliver Tambo novamente, e agora para completar o último trecho do mochilão, os dias finais da viagem ou se preferir o capitulo derradeiro do meu relato.

Agora para entender um pouco da dimensão do apartheid vou deixar um trecho do livro 'Zenzele: Uma carta para a minha filha' de J. Nozipo Maraíre. No contexto da independência de Zimbábue.

(...) Para você e talvez para os estrangeiros, Zimbábue não passa de um nome que corresponde a algumas fronteiras geográficas aleatórias. Um substantivo como manga, caneta ou carro.Mas para mim é diferente. A Rodésia era para mim um país proibido, um centro de lazer do homem branco. Havia casas enormes, escolas imaculadas, parques de safári e clubes urbanos, mas eu não podia entrar nesses lugares por causa de minha cor. Sempre estava de fora, olhando para dentro, almejando e imaginando: como será isso? Que sabor tem aquilo? E, a não ser depois de anos de carnificina e tumulto, não fazia ideia de como podia ser doce a vida nestas paragens. Quem poderia saber que havia leite e mel ao alcance de mão, bem aqui, em meu próprio país? Jamais esquecerei o dia em que me detive, paralisada, numa calçada da cidade, enquanto retiravam da prefeitura as horríveis e proibitivas letras de Rodésia, substituindo-as, uma a uma, pelas do nome que me deu as chaves para o reino de meu país. Eu habitei a Rodésia, mas é no Zimbábue que vivo. Você é jovem demais para avaliar as cicatrizes de anos de exclusão e por isso não consegue ver que cada letra deste precioso nome encerra uma promessa. Este nome me garante que eu posso entrar legalmente em qualquer loja, qualquer escritório, qualquer hotel, qualquer restaurante; que posso andar de cabeça erguida, como me aprouver; me diz que posso usufruir como qualquer outra pessoa da beleza de seus campos e rios e, acima de tudo, que posso dispor de um pedaço de terra para mim e para meus filhos.(...) 

Apesar de eu não ter escrito nos mínimos detalhes toda a minha experiência e realização, acredito ter deixado um aspecto positivo no relato, que foi de fato a sensação que tive, a que tenho e acredito que terei por muito mais tempo. Por um lado tudo passa, de certa forma, rápido, além de meu momento pessoal ter influenciado um pouco no sentido de ter caído a ficha tarde, no que diz respeito ao pisar em África. Por outro lado, gostaria de poder ter mais tempo para aprender e interagir mais com as irmãs e os irmãos africanos. Agora, de fato o meu contato com os outros viajantes (eua e europa) foi pouco, apenas o básico devido o meu objetivo na viagem. E porque nesse caso especifico as experiências seriam outras e não confluentes, a exemplo de uma visita no vilarejo em Lesoto, que remeteu sentidos completamente diferentes do mesmo momento. Assim foi com Soweto também.

Aproveitando que falei de Soweto vai aí talvez a minha primeira advertência negativa de um passeio. No caso aconselho não fazer o Soweto Day Tour pelo Curiosity Backpakers de Joasnesburgo. Apesar de eles terem projetos sociais em Soweto e prestarem um bom atendimento, eu encarei como uma experiência artificial, há pontos a se passar que foram bem por cima. A exemplo da casa do Nelson Mandela. Ou no local de homenagem ao Hector Peterson, que vale uma ida descompromissada de um tour muito guiado. E adentrar a comunidade de Soweto por conta própria. Isso pode ser mais dificultoso pra quem não esteja de carro ou talvez não fale muito o inglês. Mas tem outro fator que é a questão de segurança que o próprio hostel alerta.

Meu roteiro em Joburgo

- táxi do aeroporto até o hostel curiosity backpackers, tá aí o que acredito ter sido uma segunda 'bica' na viagem, a primeira foi no caminho pra Zâmbia na troca do dinheiro, e por segundo, o preço do táxi (tendo em vista que eu havia planejado usar transporte público), ambas foram no aeroporto de joanesburgo (Oliver Tambo), mas em momentos diferentes.

Logo quando desembarquei do voo Livingstone até Joburgo, pedi uma informação e uma funcionária do aeroporto que me convenceu em ir de táxi devido à dificuldade de locomoção e facilitaria a segurança. Talvez se eu não fosse chorão, eu estaria agradecendo o informe ao invés de dizer que foi uma bica rs. Já que deu tudo certo. Preço do táxi = 435 Rands.

- 3 noites no Hostel Curiosiy
Primeiro dia foi a chegada
Segundo foi o Day Tour em Soweto + Museu do Apharteid
Terceiro dia foi ida ao Museu da Africa e andarilhada pelo centro de Joburgo. Gastos 705 Rands.

Dia 26/07/2017, vigésimo segundo dia de mochilhão e a volta para São Paulo.

Museu do Apartheid

"O racismo não implica apenas a exclusão de uma raça por outra - ele sempre pressupõe que a exclusão se faz para fins de dominação" Steve Biko

Palco de uma memória desagradável na história da África do Sul (não necessariamente do passado), o apartheid foi oficializado em 1948 com a ascensão do Partido Nacional no poder. Vale lembrar que os brancos eram minoria nesse pais, e ampliando a visão, são minoria no mundo.

O museu emociona pelo grande acervo e detalhes sobre esse período e também sobre as pessoas guerreiras e lutadoras que resistiram em prol de suas humanidades. A entrada se assemelha ao regime, pois expuseram já no acesso a segregação: uma catraca pra brancos e outra para não brancos.

Seria, também, hipocrisia da minha parte me estender acerca do racismo sul africano sem nem fazer um paralelo com o Brasil e refletir o quão racista o Brasil é, que mantem nas suas estruturas a segregação e a discriminação mesmo sem ter oficializado nas leis.

Como não vou me debruçar nem lá nem cá, haja vista que procurei mesclar um pouco de história no relato anteriormente. Sei também que é uma pauta extremamente necessária e que demandaria um artigo completo, só pra começar. Vou finalizar por aqui, deixarei os principais gastos abaixo e também algumas músicas nesse contexto.

Até a próxima!!!






- passagem ida: são paulo --> cape town / volta: joasnesburgo ---> São Paulo = R$1961,91
- Transporte do aeroporto até o centro de Cape Toen = 115 Rands
- Hostel Two Oceans- 5 noites = 750 rands
- Adaptador de tomada = 50 Rands
- Almoço 100 Rands
- Carga bilhete Mycity = 50 Rands
- Gasto com BazBus = 2725 Rands

- Hostel Jikeleza em Port Elisabeth - 160 Rands uma noite
- Hostel Curiosity em Durban = 360 Rands
- Alimentação = 150 Rands

- Drakensberg Amphitheatre Hostel = 3440 RAnds

- Passagem Joasnesburgo ---> Zâmbia = R$950,00 (ida e volta)
- Visto multi entry Zâmbia/Zimbabue = U$D50
- Táxi do aeroporto até o hostel = U$D 15
- Zinga Hostel - 4 noites = U$D40
- Parque Zâmbia Cataratas Victoria = U$D20
- Parque Zimbábue Cataratas Victoria = U$D30
- Chobe Safari Botsuana= U$D180

- Táxi Aeroporto --> Hostel Curiosity Joburgo = 435 Rands
- 3 noites curiosity + day tour = 705 Rands
- Souvenirs = R$300
- Livros = R$200


terça-feira, 13 de março de 2018

9. Mochilão África do Sul / Zâmbia: Chobe Safari em Botsuana

Agora já vou pro meu 4º dia em Zâmbia, sendo assim, representa também o 18º dia do mochilhão. A proposta dessa data foi o Safari em Botsuana no Chobe Park! Se quiser confira o capitulo anterior referente às Cataratas...

8. Mochilão África do Sul / Zâmbia: Victoria Falls ou Mosi-oa-Tunya (Cataratas)
http://pedenatureza.blogspot.com.br/2018/03/8-mochilao-africa-do-sul-zambia.html




Não podia faltar a ida em um Safári, o escolhido foi o Chobe Park, que é o terceiro maior de Botsuana e possui uma grande diversidade de animais. O tour eu fechei no próprio hostel Zinga pelo preço de U$D180,00 (cento e oitenta dolares). Consistia em um transfer até a fronteira Zâmbia/Botsuana, do tour de barco pelo Rio Chobe, pelo almoço (self service) e depois o Game Drive num 4x4. E assim se fez mais um belo dia de aventura junto com a sensação indescritível de ver os bichos vivendo no seu habitat livres.

Entre impalas, crocodilos, vários elefantes, aves, hipopótamos, leoa, búfalos, girafas, zebras, etc. Se fez um valoroso passeio.
Desse trecho falarei menos e deixarei as fotos...

Crocodilo

no foco na face

hipo hipo

um mergulho bom

livre

bufalos

no foco

take a rest

salve

caminhada

de boas

deu Zebra

deu Girafa

Leoa na sombra

agora de carro

cores e desenhos

terça-feira, 6 de março de 2018

8. Mochilão África do Sul / Zâmbia: Victoria Falls ou Mosi-oa-Tunya (Cataratas)


Victoria Falls ou Mosi-oa-Tunya (Cataratas)

Aqui vou continuar minha jornada pela África Austral após ter passado cinco dias em Nothern Drakensberg - veja aqui --> http://pedenatureza.blogspot.com.br/2018/03/7-mochilao-africa-do-sul.html

Dia 18/07/17 - 14º dia de viagem
Viagem de van basbuz de Drakensberg até Joanesburgo, fiquei num hostel próximo do aeroporto Oliver Tambo, pois no dia seguinte iria pra Zâmbia.
Dia 19/07/17
Viagem de avião de Joanesburgo até Livingstone em Zâmbia
Ao chegar andei pela cidade, povo muito acolhedor. Fiquei no Hostel Zinga Backpackers.
Preço da Passagem pela British Airways = R$950,00 (ida e volta)

Eis que deixei a região das cordilheiras para seguir minha mochilada por Zâmbia, mas antes passei uma noite num hostel próximo do aeroporto e no dia seguinte voei para Livingstone. O voo estava marcado para as 14h00 e o próprio moço do hostel me deixou já no portão de embarque no aeroporto. Dali só foi fazer o check-in e embarcar.

Essa passagem eu não comprei antecipadamente, minha irmã que estava no Brasil comprou pra mim, vale frisar que ela foi bem prestativa e me ajudou muito nesse tipo de serviço. No caso eu preferi deixar assim um pouco mais flexível para que eu me decidisse conforme a viagem fosse ocorrendo. O trecho das cataratas era duvida na verdade, pois tinha a questão da grana que poderia ser insuficiente, mas fiz as contas e vi que daria se a passagem fosse comprada por fora. Então do orçamento inicial acrescentei mais R$1000,00 da passagem e depois minha irmã fez a gentileza de creditar mais R$1000,00 no cartão vtm, que lógico paguei quando voltei.

Do investimento inicial que foi de R$4560,00 adiciona aí mais R$2000,00, foi o total de tudo e ainda sobrou, assim pude ir pras cataratas de vitória, fazer o Chobe Safari e passar os dias finais em Joasnesburgo.


Chegada em Zâmbia

Uma viagem tranquila e rápida, era tarde do dia 19/07, uma quarta-feira. Ao passar na imigração no aeroporto de Livingstone, peguei o visto de múltipla entrada, pois eu iria passar na fronteira de Zimbabue e também de Botsuana. Paguei US$50 (Cinquenta dolares) pelo visto. Pra mim saiu um pouco mais caro (indiretamente) esse visto, lá no aeroporto Oliver Tambo em Joburgo, eu fiz a mudança de moeda e ali perdi bem uns R$70,00. Coisa que nem sei explicar agora, mas isso aconteceu. É sempre bom pesquisar bem para fazer essas changes currency.

Logo ao sair do aeroporto tinha uma fila de taxis, eu tava pensando realmente em ir a pé até o centro de Livingstone, eu havia visto dois hostels pela internet: o Livingstone e o Zinga. E assim poderia procurá-los já que estava com os endereço e não tinha nenhum agendado ainda. Acabei tomando um táxi até o Zinga BackPackers, isso me custou US$15, que achei caro. Mas que valeu pela gentileza e a boa recepção do taxista, conversamos bastante e dali já vi que o Brasil é muito conhecido pelo futebol, foram vários assuntos mesmo a corrida do aeroporto até o hostel sendo curta.

Adentrei o Hostel Zinga e de cara gostei muito do ambiente, algo bem leve, de certa forma roots, simples e criativo. A recepção foi dez também, o dono fui conhecer depois, o Skool boy. São vários quiosques e têm quartos também, todos nomeados em homenagem a grandes lideranças mundiais, a exemplo de Nelson Mandela. Acertei 4 noites, a diária estava $10 dólares com café da manhã incluso, o quarto era compartilhado. Maquei pro dia seguinte a ida para as Cataratas de Victoria, o transfer tava incluso gratuito e fica menos de 15 minutos de carro do hostel até a entrada do Parque das Cataratas.


Parque Nacional Victoria Falls - Lado Zimbabue
 
Mosi-oa-Tunya ou Victoria Falls
 
O grande dia, 20/07/2017, marcava o 16º dia do meu mochilão, pra mim parecia que eu estava com parte do meu objetivo concluído, como eu mencionei anteriormente a ida pra cordilheira era o que eu mais havia criado expectativas, mas ao presenciar as cataratas foi quando o suspiro de surpresa saiu de verdade. Fiquei 100% admirado e ali percebi que tudo valeu muito a pena. Às vezes a vida nos põe um contrabalanço numa balança que lança vida, tristeza e esperança, que lança choro, vida dura ou vida mansa, ou o sorriso de uma criança. Esqueça tudo de mal que se faz ou que a história nos reserva. Ali dá pra acreditar num mundo melhor. O lugar é fantástico por demais!!! 
 
Encantamento gigantesco, nada menos que a maior catarata do mundo. sua extensão passa dos 1000 metros (1km) e sua queda mais de 100 metros. Quem alimenta a queda é o Rio Zambezi, que demarca também a fronteira entre os países de Zâmbia e Zimbabue. Os povos tradicionais da região chamavam de Mosi-oa-Tunya ou "Fumaça que Troveja", isso antes da colonização. Essa maravilha natural é também patrimônio na Unesco e em cada parte da fronteira tem um parque. Em Zâmbia, Parque Nacional Mosi-oa-Tunya e em Zimbabue, Parque Nacional Victoria Falls.
 
No lado da Zâmbia paguei U$D 20 (vinte dólares) e após passar quase 4 horas pelo parque, eu atravessei a fronteira pela ponte, fui a pé mas tem vários taxis por lá, no geral é bem tranquilo de se atravessar essa fronteira e ainda tinha na ponte muitos turistas aguardando e olhando os saltos de Bunguie Jump. Alguns vendedores são insistentes demais nas vendas dos souvernies, e é nesse momento que tem que ser bom pra negociar, pois ele colocam o preço inicial lá no alto. Como não negocio nessa situação muito bem, ou eu compro mais caro mesmo ou nem compro rs. O preço pra entrar no parque do lado de Zimbabue é de US$30,00 (trinta dólares). Ambos são espetaculares, cada um com sua particularidade, mas eu fiquei mais tempo no lado de Zâmbia. Um ponto interessante pra quem deseja planejar é saber sobre as épocas mais cheias e têm outras mais secas, o intermediário disso pode ser o ideal. Como eu fui no mês de julho, achei perfeito! Para se atualizar mais sobre os parques é bom ir nos sites pra saber das condições da estações e também dos horários de funcionamento dos parques.
 
É interessante levar proteção para a câmera fotográfica e também capa de chuva. Algumas pessoas alugam por 1 dólar na entrada do parque. Pra voltar peguei um táxi por 5 dólares e então, ao chegar tranquilo no Zinga Backpackers, foi só relaxar a refletir o belo dia que tive. Foi mais um momento único!!! E a aventura continua...
 
Fotos:
 



chegada lado Zâmbia


mais outro suspiro


a ponte da fronteira


o arco íris tem 7 cores


close no lado Zâmbia


outro ângulo, lado Zâmbia


mais a frente, lado Zâmbia


lindo, lado Zâmbia


Zimbabue side, espetáculo!


showw!! Zimbabue

quinta-feira, 1 de março de 2018

7. Mochilão África do Sul / Zâmbia: Cordilheira de Drakensberg + Lesoto

Depois de ter passado um dia em Durban, no dia 13/07/2017 (9° dia de viagem) embarquei no Baz Bus rumo ao Amphitheatre BackPakers que se localiza na região norte da Cordilheira de Drakensberg, na província de KwaZulu-Natal, sendo que nessa província se localiza parte da Cordilheira, que no total se estende por aproximadamente 1000 km. 

6. Mochilão África do Sul / Zâmbia: Da Cidade do Cabo até Durban

Pra mim parecia ser o momento mais esperado do mochilão, pois é esse tipo de atividade e esse tipo de lugar que mais me identifico - caminhada nas montanhas. A principio o plano seria aproveitar dois dias no Amphitheatre, e assim poder fazer o tour até a Tugela Falls (Cataratas do Tugela) em um dia e, no outro, ir até o Reino Lesoto. Acabei esticando minha estadia em mais dois dias, pois perdi o horário da Van (Baz Bus) que me levaria para Joasnesburgo. Só teria outra dois dias depois. No final, acabou que foi uma boa mudança, pois pude curtir mais ainda a tranquilidade desse lugar!

Cheguei por volta das 14h00 no belo e aconchegante hostel Amphitheatre BackPackers, a van havia me buscado no Curiosity Backpackers em Durban pra em algumas horas chegarmos no meu destino. Fiz o check-in, como eu não havia agendado perguntei primeiro onde tinha vaga e no quarto compartilhado consegui uma vaga. Ali já agendei os dois dias de tour, no caso de Lesoto coloquei meu nome na lista de interesse pois não havia certeza de que fecharia um grupo. E por fim pus meu nome na lista de quem queria jantar no hostel.

Essa tarde eu aproveitei pra caminhar numas trilhas próximas do hostel, o sol estava presente, mas ventava bastante também, foi um rolê tranquilo e refrescante. Voltei pro hostel e em meio àquele ambiente brando pude relaxar o resto da tarde até a hora da janta. O dia seguinte me reservara uma grande aventura pelo Amphitheatre da Cordilheira de Drakensberg, o objetivo era um trekking até as Cataratas de Tugela!
 
eis o primeiro trecho pra trás

Tugela Falls
 
Situada no Royal National Park, as Cataratas do Tugela possui uma queda de mais 900 metros, essa beleza natural se cessa no inverno, estação que ocorre uma grande diminuição do volume de água. Foi bem nessa época do ano que eu fui e não pude presenciar aquela queda máster, mas mesmo assim a formosura do lugar foi imperdível de se ver.
 
Considerada a segunda maior cachoeira do mundo e a primeira mais alta da África, consegue-se atingir seu topo numa caminhada média de aproximadamente 2 horas e assim se deu o role. Saímos pela manhã do hostel, acredito que em um pouco mais de uma hora já estávamos no estacionamento do parque real, após uma viagem por uma estrada boa e só quando se aproximava as montanhas que o caminho ficou sinuoso e um pouco dificultoso.
 
O tour foi fechado por 690 Rands, o nosso guia era o Sia, que já é muito experiente nessa região, trabalhando ali há anos desde que veio de Durban. As primeiras instruções foram dadas, grupo completo e então foi hora de caminhar. O tempo estava gelado, as mãos quase congelaram se não fossem as luvas que eu usava para manter o calor. Faz muito frio lá, não é pra menos, pois estávamos próximo dos 2500 metros de altitude e iriamos atingir mais de 3000 até o final da trilha.
 
A trilha eu considerei como autoguiada, no primeiro trecho estavam inclusive, de certa forma, pavimentando, no segundo momento começou alguns zigue zagues, típicos de extensões de caminho nas montanhas devido também ao escoamento das águas das chuvas. As pausas eram feitas em momentos oportunos para descansarmos, tendo em vista que nem todos tinham experiências em trilhas, é uma aventura que vale pra quase todas as pessoas.
 
O terceiro momento do trekking já foi mais puxado, uma subida mais íngreme numa trilha de rochas, algumas pessoas não continuaram, pois preferiram esperar num ponto que fossemos passar na volta. Com muita cautela cheguei no topo, um visual estonteante das montanhas em forma de agulhas, aquela chapada imensa e assim a pausa pro lanche e mais fotos. Em seguida fomos rumo à queda do Tugela, uma pena estar suave naquela época, pois o lugar é fantástico.
 
Passamos por outra queda depois, que também estava seca e na volta enfrentamos dois lances de escadas de tirar o folego, deu aquela aquecida na adrenalina e enquanto o tempo nos presenteava com pequenos flocos de neves. Bem legal. Era final de tarde quando estávamos de volta ao estacionamento. A minha sensação foi boa, mas eu também esperava mais, não sei se porque tenho o costume de explorar mais ou de não me adequar ao tipo de tour muito programado por guias. E lógico que se a queda estivesse no seu auge seria o lugar mais brilhante que eu teria visitado rs.
 
Ao chegar no hostel foi papo de descanso, já que no dia seguinte já tinha programado o dia em Lesoto. Continuarei mais abaixo, após as fotos!



lugar mágico!!!


já tamos subindo!


durante o hiking


ao vivo isso é foda


a partir de agora é ingreme


finalizando o trecho ingreme


nas alturas


opa, cheguei


tugela falls de lado


topo da cachoeira
época de estiagem



opa, adrenalina


voltamos

Reino de Lesoto

Para falar sobre meu dia em Lesoto vou deixar a publicação que fiz na época no facebook!

---Hoje foi mais um dia de aprendizado, passei o dia numa vila em Lesoto. Mesmo que não falo a mesma lingua, um sorriso, um aperto de mão, um abraço, pôde transmitir a imensidão do que eu sentia no momento.

Lesoto é um pais localizado no sul da África, o povo é Basoto, a língua Sesoto. Lesoto faz fronteira unicamente com a África do Sul. Geografia montanhosa sendo o país mais alto do mundo, pois tem... uma altitude minima entre 1400 a 1500 metros com relação ao nível do mar.

Na foto, eu com um dos 2 Curandeiros da vila ou usando o termo certo, Sangoma. aos 18 anos ele recebeu os sinais dos ancestrais para se tornar um Sangoma. Não vou colocar seu nome e nem o da vila porque não sei como escreve corretamente. ---

Muito respeito aos ancestrais.
Paz, chuva e prosperidade.
Povo lindo, lugar lindo!
 
De fato o povo de Lesoto está onde está devido às batalhas travadas com os invasores holandeses, de acordo com o guia e a própria história, antes eles se localizavam no Free State (Estado Livre), que é hoje província da África do Sul. Esse país incrustado nas montanhas teve batalhas entre os povos San* e os Bantos, Zulu. Mas foi com o advento da invasões europeias que o genocídio se ocorreu. Essa região é rica de afrescos e pinturas rupestres dos povos San, porém no trecho do tour, já estavam todas se deteriorando muito disso devido à transgressão de alguns moradores. O guia foi um professor local, e isso foi muito gratificante por ele contar as vivências dali e a história tal como ela é, ou seja, não romantizou pra agradar turistas. O grupo no hostel estava grande e como tinha apenas um guia, foi dividida a turma. Grande experiência pra mim, difícil de descrever o que representou estar ali...   
 
arquivo pessoal

escola da vila




morada





tomando uma cerva artesanal

Preços/ Gastos (julho/2017)

-Dormida por noite 180 Rands (+- R$45,00)
5 noites = 900 Rands

- Jantar unidade 135 Rands
4 dias - 540 Rands

- Atividade Lesoto day tour = 690 Rands

- Atividade Tugela Falls = 690 Rands

- 3 breakfast - café da manhã = 180 Rands

- 3 garrafas de água 1,5L = 75 Rands

- 2 sucos de laranja = 52 Rands

Enfim gasto total nesse trecho = 3440 Rands ( +- R$860,00)
Site do Hostel: http://www.amphibackpackers.com/


*Khoisan: conjunto de povos mais antigos da África Austral
 
Khoisan ou Coissã é na verdade a junção de duas etnias, os San, que são caçadores-coletores, e os Khoi Khoi, que são pastores semi-nômades. Há dezenas de milhares de anos vivem na terra, atualmente de forma reduzida no deserto de Kalahari, na Namíbia, mas já ocuparam grande extensão da África Austral, que representa a parte sul do continente africano. Com a chegada dos Bantos, os Khoisan desapareceram ainda portando grande território, mas foram dizimados com a chegada dos britânicos e holandeses. O Reino de Lesoto, por exemplo, que situava-se no Estado Livre (província da Africa do Sul) foi empurrado para o território montanhoso que ocupa hoje, sem acesso ao mar e muito dependente da África do Sul. 
 
A Cordilheira de Drakensberg ou uKhahlamba (em zulu), na África do Sul, abriga mais de 30 mil pinturas rupestres dos Khoisan, arte conhecida pela sofisticação de seu simbolismo espiritual. Eland (antílope africano com espirais no chifre) predomina porque o eland era o animal favorito de Deus e então estava repleto de poder espiritual. A arte Khoisan também retrata cenários de caça, dança, cerimonias religiosas e guerra. 
 
Conhecidos de forma depreciativa pelos colonizadores como hotentotes ou bosquímanos, possuem linguagens únicas chamadas de "Línguas do Clique" com diversos sons inexistentes em outros idiomas e por isso chamados de "gagos" pelos colonos. 
 
Segue um trecho do Dicionário da África - sec. VII a XVI, Nei Lopes e José Rivair:
 
(..)"Segundo L. D. Ngcongco, entre os anos 1000 e 1500 d.C., os KhoiKhoi tornaram-se criadores de gado, inclusive bois e vacas de grande porte, que montavam e usavam em transporte de cargas, além de ovelhas de causa grossa. Assim, espalharam-se por vasta área, numa expansão que deixou marcas profundas, tanto sob aspecto linguístico, quanto do ponto de vista da miscigenação, em grande parte da Africa Meridional, em terras hoje pertencentes a África do Sul, Angola, Botsuana, Namíbia, e Zimbábue. Em 1510, na região do Cabo da Boa Esperança, o português Dom Francisco de Almeida é morto com outros fidalgos no decorrer de uma 'expedição punitiva'. (Almeida, 1978, p.91). O ilustre falecido era vice-rei das Índias e sua morte ocorreu em confronto com um grupamento KhoiKhoi, que fez, além dele, mais 60 vitimas fatais. O fato comprova o grau de organização desses africanos, capazes de, apenas com seus arcos e flechas, infligir essa fragorosa derrota a uma coluna portuguesa, munida de armas de fogo"

Logo no inicio do filme "Os Deuses Devem estar Loucos" mostra um pouco da vivência dos Khoisan, com propriedade coletiva, cultura de dividir, caça e coleta para sobrevivência, o amor e respeito às crianças, muita sabedoria, etc. Na África do Sul tem um partido politico que representa os Khoisan de atualmente, o Partido Revolucionário Khoisan, que não tem pretensão de ganhar grandes cargos, mas de defender seus interesses.

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...