sexta-feira, 25 de janeiro de 2019

Cachoeira da Quarta Colônia + Parque Juquery - Franco da Rocha

Queda no Parque Juquery


Um verão de muito calor em sp, assim como em todo Brasil, onde a média da temperatura está em alta. Férias da faculdade e o compromisso é o trampo na parte da noite, dia sim dia não. Então, aproveitar para caminhadas de bate-volta na metrópole de SP. Tá sendo legal! Dessa vez a região de Franco da Rocha foi o alvo da visita, primeiro passando pela Cachoeira da Quarta Colônia (primeira vez) e depois indo pro Parque Estadual do Juquery (segunda vez). Tudo correu bem tranquilo, destaque para as caminhadas no Parque que abriga o último remanescente do bioma cerrado da metrópole de SP.

“Essa obsessão de chegar...
O terror de não vir a ser o que se pensa...
Esse eterno pensar nas coisas eternas
Que não duram mais que um dia
Que não duram mais que um dia...”




De fato, a vida nos apresenta pelo menos duas faces de algo. Toda e qualquer situação pode ser vista por ao menos dois ângulos diferentes. Mesmo numa fase cíclica se mostra o inicio e o fim, depois o recomeço. Não parece que tudo é efêmero? Se por um lado o bom das vivências é que nada dura para sempre, mas esse é o lado ruim também. A eternidade do tempo não condiz com a realidade de um dia!


Sempre bem cedinho, pra aproveitar a caminhada matinal. Eis que as 06h50 desembarco na estação Franco da Rocha da CPTM, depois desse trem eu poderia pegar um ônibus (Mairiporã de R$5,10) que pouparia uma hora de andação, mas preferi ir a pé. Até então o objetivo principal era a Cachoeira da Quarta Colônia, lugar que eu já tinha visto, por fotos e vídeos, que era uma grande queda, mas que seria também de muito fácil acesso, ocasionando que a probabilidade de se ter muito lixo no local aumentaria. Isso aconteceu de fato, mesmo com a mobilização de um grupo do bairro petroria para tentar mantê-la limpa fazendo mutirões de limpeza. No caso tem até uma página no facebook com o titulo de Cachoeira Quarta Colônia. Quem sabe um dia eu possa comparecer pra somar no mutirão. Enfim, voltemos para a andança.

Segui pela Estrada do Governo (023), ora pelo acostamento ora por calçada, um parque grande logo perto da estação me pareceu novo, da última vez que estive por lá não me recordo de tê-lo visto. Na estrada, algumas pessoas caminhando e alguns ciclistas também. Ali é favorável, pois se é plano. Ao contrário das moradias e dos bairros ao redor que são mais alocados em morros. Essa estrada liga Franco da Rocha a Mairiporã e por ela segui até o km 45 onde à esquerda tomei para a Estrada Vargem Grande, daqui foi menos de 15 minutos até a cachoeira. Um caminho de terra batida, delimitado na direita por um muro extenso e à esquerda se vê o bairro morro acima. Logo veio uma subida curta e uma bifurcação à esquerda pra já sair no posto da Sabesp. A trilha se inicia virando a esquerda próximo do portão da sabesp, bem fácil. E em menos de 3 minutos já avisto a grande queda num lugar um pouco sinistro, parece não ser muito confiável ir sozinho por lá, nesse momento batia 08h00.

Dei um giro, algumas fotos, mas ali não fiquei mais que 10 minutos. Decidi ir para o Parque Juquery imediatamente. Assim fiz. Antes, vale frisar que ali tinha algumas estruturas do que outrora poderia ter sido uma usina ou algum tipo de abastecimento da região. Devido às chuvas, a coloração da água estava mais barrenta, mas acredito ser apropriada pra banhos. 

Parque Estadual Juquery - Trilha dos Lagos e da Árvore Solitária

Voltei pra Estrada do Governo e subi mais um pouco até o Corpo/Escola de Bombeiros. O que seria complemento de um rolê se tornou peça principal. O parque realmente é muito bom, não paga entrada, tem trilhas demarcadas tanto pra quem está a pé ou de bike. Resguarda parte do cerrado remanescente em sp e tem uma estrutura com banheiros, bebedouros e playground para as crianças. Eu já havia visitado esse parque uma vez e na época eu fiz a trilha do Ovo da Pata, que de ida e volta possui mais de 13km de trilha. Sendo a trilha mais extensa do parque e onde se consegue avistar o pico do Jaraguá. Dessa vez eu comecei pela trilha dos Lagos, que tem pouca quilometragem, mas é tida como trilha de nível alto devido uma subida em seu trecho final. Após ter passado por uns 3 lagos numa trilha bacana e com pontos para picnics, essa subida veio e contem uns pneus velhos servindo de degraus para auxilio da subida.

Depois segui rumo a trilha da Árvore Solitária, que deve ser a segunda mais extensa do parque e dividi por grande parte o mesmo caminho que se vai ao Ovo da Pata quando então se vira numa direita descendo rumo a arvore. Às 09h40 cheguei no final da trilha e, procurando uma sombrinha minima, fiz uma pausa pra um lanche básico ouvindo um som de leve. Logo depois chegou um ciclista chamado Evandro, um cara gente boa que depois de algumas conversas me indicou uma queda mais abaixo na trilha que segue para MTB. Ele me explicou e foi primeiro, "Qualquer coisa se for descer, vc verá minha bicicleta depois da pontezinha". Desci logo em seguida e assim se fez. Pô essa cachoeira salvou mais ainda o rolê (foto1). Nunca iria saber daquela queda naquele dia e o sol estralava na cuca, e essa tal cuca merecia então um refresco massageador. Foi show! 

Dali voltamos por uma trilha que o Evandro conhecia, não chega a ser oficial do parque, mas ele como morador e trabalhador da região é então grande conhecedor, e estava ali voltando aos treinos de bike após ter sofrido um grave acidente. Passamos pelas ruínas do que outrora foi uma extensão do manicômio de Franco da Rocha. O clima pesou um pouco ao ver as camas semi cobertas pelo brejo com uma cordas ainda ao lado, onde provavelmente usavam para amarrar os pacientes, além de umas macas espalhadas nuns quartos caindo aos pedaços, tinha também a carcaça de um antigo fogão industrial com algumas pias ao redor. Só digo uma coisa, sozinho ali eu não entraria nem que estivesse doidão rs.

Essa trilha me deixou já quase no centrão de Franco da Rocha, perto da estação. Mas antes eu havia passado pela penitenciaria de regime semi aberto, que conforme relatos do Evandro, ocorre algumas fugas de vez em quando. Talvez isso possa ser um fator negativo do parque, mas ainda sim é raro isso. Merece ser mais popular esse parque.

"O Parque Estadual do Juquery localiza-se ao norte da Região Metropolitana de São Paulo, nos municípios de Franco da Rocha e Caieiras. O acesso ao local pode ser feito pela rodovia Pref. Luiz Salomão Chamma. Além de diversas trilhas com diferentes níveis de dificuldade o parque possui, ainda, um patrimônio histórico-cultural de grande interesse."

"Informações e agendamentos: O parque é aberto de terça a domingo, das 08h00 às 17h00. É necessário agendamento somente para a trilha dos Pitus. (obs: na chuva o parque não abre)"

Péde Natureza!!! Até mais!

Dicas gerais para prática de trilhas na natureza:

Fotos:
Cachoeira Quarta Colônia

Inicio Estrada Vargem Grande

virar a esquerda para a queda Quarta Colonia

Inicio da trilhinha Quarta Colonia - Sabesp

Agora no Parque Juquery- Trilha Lagos

Na trilha dos Lagos 

infos

Trilha da Árvore Solitária

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