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sábado, 19 de janeiro de 2019

Pedra Grande de Quatinga via Paranapiacaba

Pedra Grande de Quatinga via Paranapiacaba (alt +-1150m.)
16/01/2019

Foto 1: Pedra de Quatinga - Mogi/ Paranapiaca


Normalmente, quando se passa dos 30 anos já se consegue ter algumas percepções da vida. Algumas lições já foram lecionadas e nos exercícios de aplicação obtiveram-se os erros e os acertos devidos. Muito depende, na real, da intensidade vivida destes anos, e também das condições físicas, espirituais e materiais. Mas também essa certa idade pode ser uma armadilha ao assegurar que a vida pode ser mais bem compreendida, ou que se podem adquirir as respostas necessárias para quem às procuram sobre os dilemas cotidianos. O tempo deixa o legado de altos e baixos, ora íngremes ora mais planos, concede encruzilhadas e bifurcações, ora por vias mais longas e com diversas barreiras ora pelos espertos atalhos. Nesse período, portanto, pode se saber alguns caminhos de cor e prever, de certa forma, o que poderá acontecer, mas a certeza em geral é que pouco ou quase nada se conhece da vida, muitos caminhos a serem trilhados ainda são desconhecidos, e é preciso sempre abrir-se para o novo.

“Sempre o vento sopra mais forte
Pra quem não está acostumado com o frio daqui
Sempre o tempo passa depressa
Pra quem se interessa viver mais um pouco aqui”

Poxa, eu briso em fazer umas caminhadas e poder chegar aos picos, me manifesto e me encontro em várias reflexões lokas, sinto medo também e respeito muito a natureza. Fiz esse role para a Pedra Grande de Quatinga numa quarta feira, dia 16 de janeiro de 2019, um dia ensolarado se fez, foi daora!

Dessa vez eu madruguei de verdade, 03h30 da manhã estava eu de frente a estação Brás da CPTM aguardando o funcionamento dos trens pra me levar até a estação Rio Grande da Serra, aproveitei a operação madrugada dos ônibus em São Paulo para me adiantar no horário. Às 05h30 embarquei no ônibus Paranapiacaba (emtu 424), o dia não havia amanhecido ainda e após eu pagar a tarifa de R$4,40, o bus seguiu pela estrada completamente escura. Na real dava até medo daquela escuridão, e uma parada estranha era que bem no horizonte se via diversos relâmpagos no céu. Logo pensei, “pronto, fudeu! Vai melar o pião!”

Às 05h50 cheguei ao final da linha, que é bem de frente ao cemitério, e assim atravessei a ponte avistando parte de Paranapiacaba. Andei pelas ruas de paralelepípedo ainda desertas sentido a Estrada Taquarussu. Ao chegar à estrada o ambiente foi se fechando em mata nas bordas da via. Eram 06h07min quando olhei o celular, o dia sem amanhecer ainda e na minha mente aquele receio referente àqueles relâmpagos que vi anteriormente. Continuei caminhando em passos rápidos e aos poucos o céu foi clareando e cada vez mais eu ficava confiante de que chuva não viria no meio da minha caminhada.

Acredito que em 45 minutos cheguei ao vilarejo Taquarussu, onde atravessei pela estrada ao lado, pois a vila é cercada. Nesse momento o tempo já havia se firmado e, apesar da neblina, o dia estava bom. Até aqui foram passos em estrada de terra batida com alguns cascalhos, dois pontos de água se passaram, mas na ida não precisei abastecer, pois tinha 2,5L de água na mochila. Nesses pontos dá pra ouvir o barulho dos riachos e têm também placas indicando a necessidade de guias credenciados para adentrar as trilhas. De fato ainda não sei pra onde levam essas trilhas desses pontos de água e segui direto, rumo ao meu objetivo do dia.

Com aproximados 7km de pernada, cheguei à primeira bifurcação do trajeto, onde à direita leva pro camping do simplão de tudo, mas o caminho que segui foi o da esquerda (foto2). Logo depois, uns 500 metros, apareceu uma trifurcação na qual andei reto (foto3), a partir de então fiquei mais atento, passei por um poço e logo viria uma bifurcação pra direita, mas a referência pra essa guinada não tava tão nítida. A não ser que você esteja se orientando por um GPS é melhor prestar bem atenção. Ao passar por algumas raras casas, após esse poço, terá uma com um muro grande e um portão cinza (foto5) depois dessa casa a próxima bifurcação é à direita (foto6), que desde o poço deve ter dado por volta de 1,5km.

Então, nesse momento, a estrada foi se estreitando mais, ainda com algumas moradias bem legais e um riacho atravessando a estradinha. Ao caminhar uns 10 minutos por esse trecho, veio a primeira visão do pico (se não tiver muita neblina). Andei nessa estrada por uns 20 minutos ao todo até larga-la pra uma bifurcação à direita (foto7), agora sim bem mais restrita a caminhada com aspecto de trilha. 10 minutos nela e saí na estrada novamente curvando a direita e subindo, no lado esquerdo uma propriedade com uma placa dizendo “Cão Bravo”, desse ponto, nem 2 minutos já se encontra então o inicio da trilha à direita da estrada. Como referência tem um muro branco com um portão semi enferrujado (foto8). Eu, meio que confuso, decidi subir mais um pouco pra tentar visualizar melhor a montanha e quando a vi bem grande na minha frente, “é ali mesmo”.

Aqui, já eram umas 08h50, a trilha começou bem batida e agradável de trilhar, a inclinação era básica, mas aos poucos já tava ganhando altitude. Já tinha em mente de relatos pesquisados de que um trecho íngreme viria e assim fui caminhando até esse momento. Tinha muita teia de aranha atravessando e lógico que tomei cuidado pra não desfazer todas as teias, algumas eram inevitáveis e outras eu nem via, só sentia algo meio que coçando nos ombros. Logo avistei uma rampa improvisada e nesse ponto a aclividade começou a se apresentar firme. Então, de bate pronto deduzi que desciam de bike naquela via, algo confirmado conforme fui subindo. Outras rampas apareceram e a pista sempre batida e sem bifurcações aparentes. Acredito que após uns 15 minutos a situação começou a ficar séria. A inclinação realmente existia ali, mas com a vontade de subir esse esforço foi tirado de letra, mas o cuidado era intenso já que o perigo era constante. Qualquer derrapada causaria uma queda feia, e sozinho nunca é bom sofrer esses tipos de acidentes. A trilha é conservada pelos bikers, que em vários pontos colocaram fitas de delimitação da pista e também improvisaram rampas. Realmente, imagino eu, deve ser uma aventura e tanta descer essa via de bike e deve se ter uma baita experiência para tal, pois só visualizo acidente fatal ali em caso de queda.

Com 45 minutos cheguei ao topo, ufa!!! Ao sair da trilha tinha uma placa vermelha alertando motoqueiros a não zoarem o trabalho dos MTB. Vi outras trilhas saindo lá do topo, segui tal trilha por um tempo e fiquei na duvida se o caminho que subi era o que eu deveria subir mesmo. Enfim, o importante é que cheguei bem e fiz um exercício bom. Hora de curtir o pico!

Aquela velha resenha: fotos, lanches, respiração profunda, descanso pras pernas, visual loko, etc. Pra depois de 30 minutos voltar num ritmo bom ainda, pois tinha horário a cumprir. Fiz o mesmo caminho da ida, desci em 35 minutos e fui estilingando na estrada. A intenção era embarcar no busão das 13h.

Resumindo, cheguei 13h05 e por milagre veio outra linha as 13h30 que passava em varias estações de trem, mas cobrava R$6,75. Fui nela mesmo. Bebi os últimos goles de água que eu havia pegado em um dos pontos do caminho. Fresquinha, fresquinha! Ponto de água que na verdade salvou, pois mesmo levando bastante água, tinha faltado em certo momento da volta. Mas correu tudo ok! Só agradeço! Não sei se Mogi das Cruzes ou Paranapiacaba, pois parece que Quatinga e a pedra ficam num bairro já em Mogi.Ou talvez os dois municípios dividem essa natureba. O que também segui como referência foi as placas "Caminho do Sal", as vezes segui-las pode salvar na horada da duvida!

PeDeNatureza a pé!!! É nóis!

Dicas gerais para prática de trilhas na natureza:

https://pedenatureza.blogspot.com/2019/01/dicas-gerais-para-pratica-de-trilhas-na.html


seguir à esquerda, direita é simplão.

seguir reto na encruzilhada

poço no caminho

casa antes da bifurcação

virar à direita aqui! importante

trecho à direita

inicio da trilha!!!direita

rampa de bikers na trilha

trecho mto íngreme

no topo ainda meio neblinado

visão do pico

outro ângulo

segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Cachoeira da Fumaça - Rio Grande da Serra - SP

"Pé na lama", termo que é mais usado no mau sentido ou pra quem tá numa situação brava. Aqui é usado no bom sentido, pois foi com o pé na lama que trilhei boa parte do caminho rumo a Cachoeira da Fumaça, em Rio grande da Serra/ Paranapiacaba. De negro drama a nego lama encarei essa trilha na carreira solo. Depois de embarcar no ônibus Paranapiacaba 424 e descer no ponto do Km 45, voltei um pouco e peguei uma trilha à esquerda, que fica no lado oposto ao lago na empresa Solvay.
A trilha, já logo no inicio, tava diferente, era praticamente um riozinho, um córrego. Então molhar os pés já foi necessário desde o inicio, sem choro nem vela. Tinha um bom bocado de trilha nesse estilo, revesava com água correndo e as vezes lamão pantanoso. Na ida eu fui na cautela ainda tentando me sujar menos, coisa que na volta foi lama pra todo lado, teve hora que chegou até a canela e foi divertido tinha um pessoal gente boa voltando junto comigo...

Era meio dia quando comecei a trilha, eu estava bem atrasado, num domingão de folga eu estiquei o sono sem querer, mas mesmo assim arrumei as coisas e fui. Pra variar, os trens e até o metro na linha 4 estavam operando com intervalos maiores e com uma velocidade menor, paciência.
Quando iniciei, naquela trilha com água até a canela, confesso que fiquei com receio e fiquei torcendo para que não chovesse aquela tarde - e não choveu - caso contrario eu estaria ferrado, não só pelo lamaceiro mas porque tem um trecho que se faz pelo fluxo do rio, quando já se está chegando no mirante da cachoeira da fumaça.

Depois de umas 3 horas eu cheguei no meu objetivo, isso porque me perdi um pouco. A trilha não é complicada talvez tenha apenas uma unica bifurcação à direita e foi justamente essa que deixei passar, é um pouco difícil de explicar aonde fica essa bifurcação, mas tentarei deixar algumas dicas. -À esquerda a trilha continua, à direita tem uma trilha atravessando uma pequena corredeira, só que neste ponto você já atravessou por umas 4 ou 5 dessas. - Depois dessa bifurcação, em no máximo 10 minutos você chegará na prainha ( fotos 4 e 5) - Depois da corredeira mostrada na foto 3 a próxima que virá é a da bifurcação.
São apenas algumas dicas, mas mesmo assim, se não conhecer não vá na loucura master, dê uma analisada nos mapas dessa trilha disponíveis na net.

Já na prainha fiz uma breve pausa e depois segui pela trilha, agora não tinha mais erro, foi só tomar cuidado para não escorregar e cair num barranco à direita e com o rio à direita também. Alguns sobes e desces, curvas, pântanos, e enfim cheguei no trecho que tem que andar pelo rio, logo veio uma bela cachoeira que eu não sabia o nome (nem sei ainda). Dessa parte até o final eu fui com uma rapa de Itaquera que estavam lá pela primeira vez e tinham se perdido um pouco também. Nesse horário já tinha uma galera voltando, tinha um numero considerável de pessoas divididas em vários grupos, a minha reação foi positiva, até porque não encontrei lixo na trilha.

Chegado no topo da cachoeira da fumaça, tinha uma galera também lá, mas logo tratamos de descer pelo menos um patamar da enorme cachoeira. Descemos escorregando, não dava pra ficar em pé, era sentar e usar o apoio com os braços, na cautela. A trilha continuava descendo, mas me dei por satisfeito parar virando a direita.

A cachoeira é espetacular, uma maravilha rara próxima de sampa, um combo, um baita combo contendo cachoeira mais mirante ( com vista para Cubatão), sem contar os morros ao redor, o sol e depois a neblina... é tudo natureza belíssima.

O lugar oferece um certo perigo ao se banhar, então procurei um parte tranquila onde eu estaria a salvo, e fiquei recebendo uma massagem das águas nas minhas costas, muito louco mesmo.

Deitei numa rocha e me veio lembranças das outras vezes em que estive ali, há uns 9 anos. Fiz diversas trilhas em Paranapiacaba, mas eu não organizava nada só acompanhava o Vitor que era o manda chuva, eu nem sabia onde estava andando rs... apenas perguntava se tava longe ou não. (veja aqui fotos de uma das vezes).

Enfim, pra voltar foi aquela estilingada, sei que em 2 horas já estava no ponto de ônibus, de roupa trocada e esperando o bus. Acompanhado daquele cansaço misturado com satisfação e uma sensação de regeneração através das lamas.

É isso ae, pé de natureza, pé de lama, pé de Paranapiacaba.

Dicas gerais para prática de trilhas na natureza:

Fotos:




















segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Acampamento no Simplão - Paranapiacaba - SP

Em mais um rolê bem-fadado em meio a natureza com seres atípicos de uma sociedade normal, no Camping Simplão de tudo foi curtido um final de semana bacana.

Como chegamos:

Ao embarcar na linha 10 turquesa da cptm fomos até a estação Rio Grande da Serra, embarcamos no ônibus 424 Paranapiacaba, fomos até o final da linha, atravessamos a simpática vila e prosseguimos a caminhada pela Estrada de Paranapiacaba, passamos pela Vila Taquarussu e seguimos até o camping.
Mapa: http://wikimapia.org/4152853/pt/Simpl%C3%A3o-de-Tudo-Pousada-Camping-Rock-Bar
Pagina: https://pt-br.facebook.com/pages/Simpl%C3%A3o-de-Tudo-OFICIAL/126132447464421

No rolê:

Uma caminhada sem maiores dificuldades, uma subida daqui uma descida dali, vez em quando tinha sombra, quando não, um baita sol na cuca. Duas horas de caminhada e um calorzão bão. O pico é bem relax, no meio do mato um belo lugar, faz jus ao nome: é simples, e faz jus a mensagem: paz, amor e harmonia com a boa recepção que tivemos.
Normalmente, nos fins de semana, tem música ao vivo, nesse fim de semana que fomos não teve, porem fizemos nosso próprio som, foi chapado. Não tem como dar errado.

Dicas gerais para prática de trilhas na natureza:

Fotos:
























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