Mostrando postagens com marcador São Thomé das Letras. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador São Thomé das Letras. Mostrar todas as postagens

terça-feira, 31 de março de 2020

Pico do Gavião + Poço Jade – Sobradinho, São Thomé das Letras - MG

Quando desci do ônibus na igreja de Sobradinho, passei a vê-la na diagonal. Eu estava numa praça ao lado, eu a visualizava próximo da torre esquerda e, entre duas torres, uma cobertura em formato de um acento circunflexo, uma cruz um pouco abaixo na parede frontal, assim como também se tinha duas cruzes em cada ponta de torre. Pelo menos quatro ruas saem de cada aresta da igreja e olhando-a agora de frente, eu segui a rua da direita.

Obs: Esse ônibus sai às 07h20 da rodoviária de São Thomé das Letras, e até sobradinho custou R$5,20 (jan/20). Viação Coutinho.


Um Gavião! alt. aprox. 1500m 


Caminhar também é filosofar, uma andança pode trazer uma reconexão com o Eu para lidar com os desafios que a sociedade desfere. Caminhar faz sentir e pertencer a um determinado espaço no intuito de compreendê-lo; ou se aproximar do Eu maior! O destino importa? Não posso negar isso por completo, mas, e se pensarmos que o próximo destino é o melhor e da mesma forma poder viver o que acontece no momento?
Tenho a impressão que na nossa sociedade temos o impulso de sermos pessoas ultra grandiosas, como uma situação heroica ou de chegada ao sucesso, sobretudo o êxito material. Nessa busca desmedida em ser grandioso impõe-se que não se deve haver limites nem princípios morais, éticos, etc. Para usar os clássicos, Raskolnikov, em Crime e Castigo, utilizou-se do assassinato para se demonstrar ser o maior, no entanto descobriu que falhou consigo mesmo, continuou uma pessoa medíocre em seus pensamentos. Em outras situações, queremos ser extremamente utilitaristas, e damos o máximo de nós, ancorados nas imagens refletidas pelos outros, para uma causa que do dia para noite pode representar mais nada. A exemplo de Gregor em A Metamorfose, que repentinamente se torna um inseto monstruoso e assim perde todo o seu valor pra sociedade. 

Em todos os sentidos, cuidar da mente se faz necessário e fazê-la então de amiga. Não obstante, é fundamental almejar o equilíbrio não só dos pensamentos, mas dos instintos e emoções!
Bom, sem mais delongas vou falar sobre minha ida à Sobradinho, por mais que eu acho muito importante falar sobre alguns aspectos do ato de caminhar ou de vivenciar cada vez mais ambientes mais arborizados, realmente traz transformações que, por vezes, são intangíveis e ficam despercebidas em questão de dias, o exercício é procurar reaviva-las sempre.
Continuando, da igreja segui pela direita, Rua dois, poucos metros depois virei à esquerda, Travessa do Rosário, mais poucos metros virei à direita, agora já na estrada que vai ligar ao pico. Antes de chegar à parte de terra batida, passa-se pelo Bar do Kito, lá eu comprei umas águas, lembrando que serve lanches e tudo mais.
Andei mais uns 200 metros e permaneci na principal e não virei pra direita, mais um pouco veio a placa da Pousada Vale Verde, mas ao invés de seguir pra pousada, continuei subindo.  Adiante, alguns minutos, numa caminhada de passos suaves, o aclive passou a ficar mais acentuado, ali temo que em determinadas épocas alguns carros não sobem. Outros poucos trechos têm umas pedras de asfalto em forma geométrica. Cinco minutos de caminhada após esse trecho calçado, veio uma bifurcação muito importante. Dei uma guinada de 90 graus para a direita. Logo uma plaquinha na árvore: "Leve fotos, lembranças e seu lixo", já me fez lembrar de tomar o cuidado de carregar o lixo que produzo na caminhada, pra preservar estes ambientes!
trecho calçado

apos o calçamento virar à direita

A andança permanecia arborizada, depois de mais subida, passei por alguns pastos e algumas casas. Com 15 minutos depois da última bifurcação, cheguei numa capelinha amarelada contendo apenas uma porta e acima da porta, já no seu topo, uma cruz acima da imagem de nossa senhora de aparecida (se não me engano), ali é o encontro de algumas estradinhas, mas permaneci direto, passando pela esquerda da capela. Mais 6 minutos caminhando e cheguei noutra bifurcação, uma indicação simples pro pico com uma seta, então segui a estrada da esquerda.  

capela amarela

pela esquerda, placa pico

Continuei pela principal, um caminho já sobre as rochas, e com mais 25 minutos, outra bifurcação à esquerda. Nessa parte já não se tem mais subida, parece andar pelo topo da serra. Depois veio só mais uma virada pra direita e com 15 minutos alcancei a Pedra do Gavião.

seguir à esqueda, agora só apé

um exemplo de flora local

Bom, o dia estava neblinado, e por vezes garoou bem de leve. Apesar de não ter visual, pude sentir a energia daquele local, não tanto tempo quanto eu queria.  Rodeei pelo pico, tem-se um cruzeiro mais acima e o marco do ponto culminante mais ao lado. Vale lembrar que ali era ou é parte de um campo de teste do exército. Não sei exatamente das atividades.
A volta fiz pelo mesmo caminho, no entanto dei uma passada no poço jade. E como o tempo tava chuvoso, não fiz uma pausa demorada lá. Todo molhado já, a chuva deu uma trégua. Aí resolvi descer mais até a pedreira, que estava abandonada, inclusive as casinhas lá.
E não é que a chuva abençoada apertou de fato?!... e nesse momento foi só proteger o que não podia molhar e curtir uma caminhada na chuva, muito boa por sinal, mas que cansou um pouquinho devido os cuidados que se deve tomar na trilha.
O ônibus de volta pra São Thomé passava às 16h, eu ainda tive tempo de ir à Cachoeira de Sobradinho. Deixarei pro próximo texto e já emendo com a experiência de ter ido pra gruta do Labirinto e Sobradinho.  Aproveitar o tempo de quarentena, devido à Pandemia do Corona vírus, para escrever mais depois.

Fiquem em paz e que possamos ter boas vivências em breve.

O Wikiloc que segui. Já tem o caminho pro Poço Jade:(um mapa desse é melhor que esse relato, gratidão)

Aqui no google, e pude ver que ter um caminho mais curto 1km. Mas o que eu fiz é o que tá relatado: https://goo.gl/maps/Z8XvzsNm5EDZ3VFh6

o gavião e eu

neblina no topo

sexta-feira, 27 de dezembro de 2019

Camping do Delei e Cachoeiras em São Thomé das Letras - MG

Camping do Delei, Cachoeiras e atrativos em São Thomé das Letras - MG




Olá pessoal!
A dica desta postagem vem das montanhas do sul de Minas Gerais, com uma pitada de misticismo, uma dose de natureza exuberante e a vivência com um povo de luz que vive em meio às montanhas. O lugar é São Thomé das Letras. Uma cidade que cada vez mais se populariza, mas insiste em não perder a ternura e a boa acolhida para com seus visitantes. Aqui vou então, de prontidão, indicar um ótimo anfitrião, proprietário de um camping que serve de base para poder visitar a maioria dos atrativos de São Thomé das Letras. Contudo, se está pensando em ficar bem em paz, apenas descansar e relaxar, a estadia no próprio camping já é um atrativo em si. O lugar é o Camping do Delei.

Página no Facebook do Camping do Delei: (aqui)
Endereço: Estrada São Thomé das Letras - Baependi km3 - Cantagalo - São Thomé das Letras, MG

Distante menos de 3km do centro de São Thomé, o Camping do Delei se situa no bairro do Cantagalo, com um ambiente típico de roça pode-se, então, facilmente acessar a cidade. Agora a parte importante também é que o camping se encontra no caminho das cachoeiras. Assim, a Cachoeira da Eubiose está a 300 metros do camping, já a Cachoeira do Flavio a 2km, a Cachoeira Véu de Noiva fica distante 5km e a Cachoeira do Antares se encontra a 11km do Camping do Delei. Falarei um pouco de cada uma delas mais abaixo.

A qualidade do atendimento do Delei realmente nos deixa como se estivéssemos em casa, e deve-se ressaltar que a estádia numa viagem e tão importante quanto o próprio destino em si, e o Camping do Delei se enquadra sem dúvida nos melhores lugares para se acampar em São Thomé. Com uma área de 5000 metros quadrados disponível para acampar, é possivelmente o camping que mais investiu em reflorestamento de árvores, sobretudo a nativa Candeia, e assim oferece então algumas sombrinhas para refrescar o ambiente.

A estrutura conta com um restaurante local no qual se pode saborear deliciosas refeições, lanches e porções. Possui cerveja gelada, refrigerante e uma pinga com mel tão bem feita que é impossível beber apenas um copo. O espaço tem churrasqueiras, diversas tomadas espalhadas pelo camping, Wifi gratuito em toda a extensão. Outro fator importante diz respeito aos banheiros, são seis no total, três masculinos e três femininos com chuveiros quentes e boa pressão d'água! Enfim, para maiores informações é só entrar em contato via facebook ou whatsapp do Delei!

Sobre os atrativos apresentarei brevemente e deixarei disponível o trajeto feito pelo google maps para cada lugar.

CACHOEIRA DA EUBIOSE
- 300 metros do Camping do Delei
- trilha curta, 150 metros
- queda boa para banho
- paga-se uma taxa básica para conservação

dez/19 - CACHOEIRA DA EUBIOSE


CACHOEIRA DO FLÁVIO
- 2km do camping
- entrada gratuita
- área de proteção (preserve a natureza!)
- Descer na direção sudeste, à esquerda da portaria do Delei, ao passar a Pousada do Flávio, mais 1km e entrada na trilha à esquerda. 3 minutos e já se chega na cachoeira.

dez/19 - CACHOEIRA DO FLÁVIO


CACHOEIRA VÉU DE NOIVA

Na mesma estrada da cachoeira do Flávio, mas uma distância de 5km do camping. Ao chegar na bifurcação onde à direita leva para a Cachoeira do Antares, seguir pela principal mais 200 metros e se chega na entrada da trilha. 2 minutos e já se chega nas quedas. Obs: Uma trilha mais abaixo se chega na Cachoeira do Paraíso!
dez/19 - CACHOEIRA VÉU DE NOIVA

CACHOEIRA DO ANTARES
São dois acessos onde se chega em dois restaurantes, um cobra taxa e outro não (dez/19) Nas principais bifurcações se tem placas de orientação! Essa é uma das mais bonita de STL.

dez/19 - CACHOEIRA DO ANTARES


CACHOEIRA DA LUA
Agora, saindo do Delei, subir a estrada por 400 metros e virar à direita na estrada que leva para Sobradinho, mais 4km nessa estrada e se chega na Cachoeira da Lua. A entrada é gratuita e o cuidado deve ser redobrado ao se banhar, pois a profundidade média é 5 metros. Observar bem as crianças nesse local.
dez/19 - CACHOEIRA DA LUA


VALE DAS BORBOLETAS
Do Camping do Delei é necessário subir até a cidade, ao passar pela rodoviária continuar descendendo sentido o portal da cidade, mais 1km do portal e se tem uma placa pr acessar a cachoeira à esquerda. Estacionamento é pago! Cachoeira segura para se banhar! Mais abaixo tem o poço dos gnomos!

dez/19 - VALE DAS BORBOLETAS

CRUZEIRO
Na volta do Vale das Borboletas, uma boa pedida é andar pela cidade que é uma beleza em si. Diversas artes ao longo de suas ruas de pedra, possui também diversos atrativos, muita história, lendas e mitos. Aqui vou destacar o Cruzeiro e a Pirâmide. Vale a pena curtir um tempo a vibe desses lugares. O por do sol na Piramide é espetacular. 

dez/19 - CRUZEIRO

PÔR DO SOL DA PIRÂMIDE

dez/19 - PÔR DO SOL DA PIRÂMIDE
Basicamente é isso nesta postagem, as atividades turísticas não param por aí, continuarei num outro texto pra falar mais sobre outros lugares mágicos em São Thomé e Região.

Pé de Natureza!
Dicas gerais para prática de trilhas na natureza!
https://pedenatureza.blogspot.com/2019/01/dicas-gerais-para-pratica-de-trilhas-na.html

domingo, 29 de janeiro de 2017

Cachoeira Shangri-lá - São Thomé das Letras - MG

Se o ancestral João Antão conseguiu ver a imagem de São Thomé, lá fui eu ver a São Thomé das Letras em Minas Gerais também. Cidade de beleza inigualável, de energias contundentes, de atmosfera reluzente, do turismo e das pedras.

Dentre tantas belezas, guardei um dia da minha rápida estadia pra ir à Cachoeira Shangri-lá. Após uma conversa com o Delei, que é dono do camping onde fiquei, citei o meu interesse de ir a essa cachoeira e por coincidência ele tinha ido uma semana antes, porém ele não sabia passar as coordenadas exatas, pois ele fez vários rolês no dia e tava com um guia. Perguntei sobre o guia e ele indicou um. Eu tinha algumas informações e tava disposto a ir a pé, mas depois decidi contratar o guia, que cobrou R$110,00.

Vou relatar aqui trechos dos caminhos que guardei, mas aviso que pra ir na caminhada é uma pernada boa. Então a melhor opção é chamar um guia. Mas também não é nada impossível, é em média 19km de caminhada só pra ir. Eu fui por um caminho e voltei por outro e pra quem tá sem condições e quer ir á pé ou já tá de carro dá pra ir sim.

Uma dica é pegar uma carona sentido três corações e descer depois do 5km da estrada, onde tem uma placa indicando o caminho pra "Pousada Shangrila",https://goo.gl/maps/eaq1jWQSPh12 >>>lembre-se tá entre o km 5 e 6 indo sentido três corações.>>> O outro caminho para a cachoeira é depois do Km11, o primeiro trevo à direita depois da placa de 11km. https://goo.gl/maps/nAmMz3Ajk9n

Tem a opção de pegar um ônibus de STL a Três Corações e descer na entrada, deve sair R$10,00.


Link de uma mapa na net (não é meu): https://pt.wikiloc.com/wikiloc/view.do?id=8866447

A ida.
Combinei com o guia as 07h30 na rodoviária de São Thomé e fomos de moto. Duas rodas na estrada e neblina. Ainda no topo dissemos, "vamos pra neblina", pois conforme perdemos altitude adentramos nas 'nuvens'. O caminho iniciado por ele foi o depois do km5, onde tem como referência a placa indicando "Pousada Shangri la". A partir daí foi estrada de terra, que estava precária, pois havia chovido dias antes, Foi coisa de 10 minutos e começou a ficar muito escorregadio e quase impossível de manter a moto em pé, Marcelo parou, olhou e disse, "puts, o pneu furou".

Pensando no que fazer, ele voltou pra STL pra ver se conseguia arrumar a moto ou pegar uma emprestada. O tempo tava muito agradável, o lugar é de uma tranquilidade imensa, resolvi ir caminhando, SEMPRE PELA PRINCIPAL, e ele iria me resgatar tempos depois.

Acabou que caminhei mais de uma hora achando que já tava perto, mas depois descobri que faltava muito ainda. A primeira bifurcação veio rápido, mas nessa lógica de seguir a principal, ficou fácil seguir pela esquerda. (Na foto 4 tem a vista de quem ta voltando e uma seta no canto inferior esquerdo da foto indicando a ida pra direita.) 

Segui por mais alguns minutos, sempre vislumbrando a natureza ao redor, aquele ar mágico, passando por fazendas e assim logo avistei uma placa dizendo "Boa Vista" (seta pra direita) e "Shangri lá" (seta subindo), então reafirmou que eu estava no caminho certo. Mais uns 15 minutos e veio uma bifurcação a direita. Na foto 6 se vê a placa indicando São Thome a 5km, essa placa tá na direção de quem volta, então só enxergará depois que fizer a curva pra direita, que é obvia também.

Continuei seguindo e seguindo a pé até sair numa igrejinha cor (bege/rosa?), vista na foto 7. Nessa igreja é só seguir reto de novo. Depois dela, vieram duas bifurcações e fui reto à esquerda nas duas. Na primeira pode escolher os dois caminhos o da direita indica "Fazenda São Francisco", mas só se vê também pra quem volta, eu fui direto mesmo, e na outra esperei o guia, pois estava com duvidas.

Veio outro moço de carro e seguimos, ainda tinha coisa pra caramba e a estrada sempre esburacada e cheia de barro. Ele seguiu por mais 20 minutos de carro e chegou uma hora que virou à direita obrigatório, e já saiu numa guarita do Exercito, paramos pra dar o nome e a partir de então a área era deles e a estrada estava bem melhor. Notei que todo esse tempo as placas pra Shangri-lá sumiram, aparece algumas pra "Fazenda São Francisco" e pode ser a mesma coisa, pois essa cachoeira se encontra dentro da fazenda.

Demoramos mais 15 minutos da guarita do exército até a cachoeira.







Ao chegar na cachoeira, que é uma união de várias corredeiras formando poços, meu olhos brilharam ao presenciar tanta beleza, o formato das rochas me deixou bem espantado, parte delas dialogando com as arvores e matas e outra com as águas.



Escolhi dois poços que considerei mais seguros e tomei meu banho e dei uns mergulhos, parei pra admirar a paisagem e fui ver as escritas rupestres que fica numa pedra já quase no topo da corredeira.

Vale dizer sobre a preservação do local que deve partir de nós visitantes e visar o menor impacto possível. Apesar de eu ter ouvido relatos de que as pedreiras estão explorando de forma desenfreada, não devemos cair nessa da degradação do lugar.

Outras coisa é com relação a segurança. As pedras são escorregadias muito cuidado, não confie totalmente e não tenha pressa pra se locomover por lá. Escolha bem os lugares pra nadar, principalmente se for em época de chuva!










Pra voltar fizemos outro caminho que foi bem mais fácil, vamos se dizer que do ponto da guarita do exercito demorou 20 minutos até a estrada que vai pra STL e seguindo praticamente pela principal rodeada de plantação de milho e café. Saímos no trevo "Km11" e da estrada foi tocar o carro pra STL novamente. Totalmente satisfeito com o rolê e com a natureza de São Thomé das Letras!!!

Péde Natureza, é nois!

Dicas gerais para prática de trilhas na natureza:

Outras fotos:








Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...