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sexta-feira, 16 de março de 2018

10. Mochilão África do Sul / Zâmbia: Museu do Apartheid + finalização

Cheguei no aeroporto Oliver Tambo novamente, e agora para completar o último trecho do mochilão, os dias finais da viagem ou se preferir o capitulo derradeiro do meu relato.

Agora para entender um pouco da dimensão do apartheid vou deixar um trecho do livro 'Zenzele: Uma carta para a minha filha' de J. Nozipo Maraíre. No contexto da independência de Zimbábue.

(...) Para você e talvez para os estrangeiros, Zimbábue não passa de um nome que corresponde a algumas fronteiras geográficas aleatórias. Um substantivo como manga, caneta ou carro.Mas para mim é diferente. A Rodésia era para mim um país proibido, um centro de lazer do homem branco. Havia casas enormes, escolas imaculadas, parques de safári e clubes urbanos, mas eu não podia entrar nesses lugares por causa de minha cor. Sempre estava de fora, olhando para dentro, almejando e imaginando: como será isso? Que sabor tem aquilo? E, a não ser depois de anos de carnificina e tumulto, não fazia ideia de como podia ser doce a vida nestas paragens. Quem poderia saber que havia leite e mel ao alcance de mão, bem aqui, em meu próprio país? Jamais esquecerei o dia em que me detive, paralisada, numa calçada da cidade, enquanto retiravam da prefeitura as horríveis e proibitivas letras de Rodésia, substituindo-as, uma a uma, pelas do nome que me deu as chaves para o reino de meu país. Eu habitei a Rodésia, mas é no Zimbábue que vivo. Você é jovem demais para avaliar as cicatrizes de anos de exclusão e por isso não consegue ver que cada letra deste precioso nome encerra uma promessa. Este nome me garante que eu posso entrar legalmente em qualquer loja, qualquer escritório, qualquer hotel, qualquer restaurante; que posso andar de cabeça erguida, como me aprouver; me diz que posso usufruir como qualquer outra pessoa da beleza de seus campos e rios e, acima de tudo, que posso dispor de um pedaço de terra para mim e para meus filhos.(...) 

Apesar de eu não ter escrito nos mínimos detalhes toda a minha experiência e realização, acredito ter deixado um aspecto positivo no relato, que foi de fato a sensação que tive, a que tenho e acredito que terei por muito mais tempo. Por um lado tudo passa, de certa forma, rápido, além de meu momento pessoal ter influenciado um pouco no sentido de ter caído a ficha tarde, no que diz respeito ao pisar em África. Por outro lado, gostaria de poder ter mais tempo para aprender e interagir mais com as irmãs e os irmãos africanos. Agora, de fato o meu contato com os outros viajantes (eua e europa) foi pouco, apenas o básico devido o meu objetivo na viagem. E porque nesse caso especifico as experiências seriam outras e não confluentes, a exemplo de uma visita no vilarejo em Lesoto, que remeteu sentidos completamente diferentes do mesmo momento. Assim foi com Soweto também.

Aproveitando que falei de Soweto vai aí talvez a minha primeira advertência negativa de um passeio. No caso aconselho não fazer o Soweto Day Tour pelo Curiosity Backpakers de Joasnesburgo. Apesar de eles terem projetos sociais em Soweto e prestarem um bom atendimento, eu encarei como uma experiência artificial, há pontos a se passar que foram bem por cima. A exemplo da casa do Nelson Mandela. Ou no local de homenagem ao Hector Peterson, que vale uma ida descompromissada de um tour muito guiado. E adentrar a comunidade de Soweto por conta própria. Isso pode ser mais dificultoso pra quem não esteja de carro ou talvez não fale muito o inglês. Mas tem outro fator que é a questão de segurança que o próprio hostel alerta.

Meu roteiro em Joburgo

- táxi do aeroporto até o hostel curiosity backpackers, tá aí o que acredito ter sido uma segunda 'bica' na viagem, a primeira foi no caminho pra Zâmbia na troca do dinheiro, e por segundo, o preço do táxi (tendo em vista que eu havia planejado usar transporte público), ambas foram no aeroporto de joanesburgo (Oliver Tambo), mas em momentos diferentes.

Logo quando desembarquei do voo Livingstone até Joburgo, pedi uma informação e uma funcionária do aeroporto que me convenceu em ir de táxi devido à dificuldade de locomoção e facilitaria a segurança. Talvez se eu não fosse chorão, eu estaria agradecendo o informe ao invés de dizer que foi uma bica rs. Já que deu tudo certo. Preço do táxi = 435 Rands.

- 3 noites no Hostel Curiosiy
Primeiro dia foi a chegada
Segundo foi o Day Tour em Soweto + Museu do Apharteid
Terceiro dia foi ida ao Museu da Africa e andarilhada pelo centro de Joburgo. Gastos 705 Rands.

Dia 26/07/2017, vigésimo segundo dia de mochilhão e a volta para São Paulo.

Museu do Apartheid

"O racismo não implica apenas a exclusão de uma raça por outra - ele sempre pressupõe que a exclusão se faz para fins de dominação" Steve Biko

Palco de uma memória desagradável na história da África do Sul (não necessariamente do passado), o apartheid foi oficializado em 1948 com a ascensão do Partido Nacional no poder. Vale lembrar que os brancos eram minoria nesse pais, e ampliando a visão, são minoria no mundo.

O museu emociona pelo grande acervo e detalhes sobre esse período e também sobre as pessoas guerreiras e lutadoras que resistiram em prol de suas humanidades. A entrada se assemelha ao regime, pois expuseram já no acesso a segregação: uma catraca pra brancos e outra para não brancos.

Seria, também, hipocrisia da minha parte me estender acerca do racismo sul africano sem nem fazer um paralelo com o Brasil e refletir o quão racista o Brasil é, que mantem nas suas estruturas a segregação e a discriminação mesmo sem ter oficializado nas leis.

Como não vou me debruçar nem lá nem cá, haja vista que procurei mesclar um pouco de história no relato anteriormente. Sei também que é uma pauta extremamente necessária e que demandaria um artigo completo, só pra começar. Vou finalizar por aqui, deixarei os principais gastos abaixo e também algumas músicas nesse contexto.

Até a próxima!!!






- passagem ida: são paulo --> cape town / volta: joasnesburgo ---> São Paulo = R$1961,91
- Transporte do aeroporto até o centro de Cape Toen = 115 Rands
- Hostel Two Oceans- 5 noites = 750 rands
- Adaptador de tomada = 50 Rands
- Almoço 100 Rands
- Carga bilhete Mycity = 50 Rands
- Gasto com BazBus = 2725 Rands

- Hostel Jikeleza em Port Elisabeth - 160 Rands uma noite
- Hostel Curiosity em Durban = 360 Rands
- Alimentação = 150 Rands

- Drakensberg Amphitheatre Hostel = 3440 RAnds

- Passagem Joasnesburgo ---> Zâmbia = R$950,00 (ida e volta)
- Visto multi entry Zâmbia/Zimbabue = U$D50
- Táxi do aeroporto até o hostel = U$D 15
- Zinga Hostel - 4 noites = U$D40
- Parque Zâmbia Cataratas Victoria = U$D20
- Parque Zimbábue Cataratas Victoria = U$D30
- Chobe Safari Botsuana= U$D180

- Táxi Aeroporto --> Hostel Curiosity Joburgo = 435 Rands
- 3 noites curiosity + day tour = 705 Rands
- Souvenirs = R$300
- Livros = R$200


terça-feira, 13 de março de 2018

9. Mochilão África do Sul / Zâmbia: Chobe Safari em Botsuana

Agora já vou pro meu 4º dia em Zâmbia, sendo assim, representa também o 18º dia do mochilhão. A proposta dessa data foi o Safari em Botsuana no Chobe Park! Se quiser confira o capitulo anterior referente às Cataratas...

8. Mochilão África do Sul / Zâmbia: Victoria Falls ou Mosi-oa-Tunya (Cataratas)
http://pedenatureza.blogspot.com.br/2018/03/8-mochilao-africa-do-sul-zambia.html




Não podia faltar a ida em um Safári, o escolhido foi o Chobe Park, que é o terceiro maior de Botsuana e possui uma grande diversidade de animais. O tour eu fechei no próprio hostel Zinga pelo preço de U$D180,00 (cento e oitenta dolares). Consistia em um transfer até a fronteira Zâmbia/Botsuana, do tour de barco pelo Rio Chobe, pelo almoço (self service) e depois o Game Drive num 4x4. E assim se fez mais um belo dia de aventura junto com a sensação indescritível de ver os bichos vivendo no seu habitat livres.

Entre impalas, crocodilos, vários elefantes, aves, hipopótamos, leoa, búfalos, girafas, zebras, etc. Se fez um valoroso passeio.
Desse trecho falarei menos e deixarei as fotos...

Crocodilo

no foco na face

hipo hipo

um mergulho bom

livre

bufalos

no foco

take a rest

salve

caminhada

de boas

deu Zebra

deu Girafa

Leoa na sombra

agora de carro

cores e desenhos

terça-feira, 6 de março de 2018

8. Mochilão África do Sul / Zâmbia: Victoria Falls ou Mosi-oa-Tunya (Cataratas)


Victoria Falls ou Mosi-oa-Tunya (Cataratas)

Aqui vou continuar minha jornada pela África Austral após ter passado cinco dias em Nothern Drakensberg - veja aqui --> http://pedenatureza.blogspot.com.br/2018/03/7-mochilao-africa-do-sul.html

Dia 18/07/17 - 14º dia de viagem
Viagem de van basbuz de Drakensberg até Joanesburgo, fiquei num hostel próximo do aeroporto Oliver Tambo, pois no dia seguinte iria pra Zâmbia.
Dia 19/07/17
Viagem de avião de Joanesburgo até Livingstone em Zâmbia
Ao chegar andei pela cidade, povo muito acolhedor. Fiquei no Hostel Zinga Backpackers.
Preço da Passagem pela British Airways = R$950,00 (ida e volta)

Eis que deixei a região das cordilheiras para seguir minha mochilada por Zâmbia, mas antes passei uma noite num hostel próximo do aeroporto e no dia seguinte voei para Livingstone. O voo estava marcado para as 14h00 e o próprio moço do hostel me deixou já no portão de embarque no aeroporto. Dali só foi fazer o check-in e embarcar.

Essa passagem eu não comprei antecipadamente, minha irmã que estava no Brasil comprou pra mim, vale frisar que ela foi bem prestativa e me ajudou muito nesse tipo de serviço. No caso eu preferi deixar assim um pouco mais flexível para que eu me decidisse conforme a viagem fosse ocorrendo. O trecho das cataratas era duvida na verdade, pois tinha a questão da grana que poderia ser insuficiente, mas fiz as contas e vi que daria se a passagem fosse comprada por fora. Então do orçamento inicial acrescentei mais R$1000,00 da passagem e depois minha irmã fez a gentileza de creditar mais R$1000,00 no cartão vtm, que lógico paguei quando voltei.

Do investimento inicial que foi de R$4560,00 adiciona aí mais R$2000,00, foi o total de tudo e ainda sobrou, assim pude ir pras cataratas de vitória, fazer o Chobe Safari e passar os dias finais em Joasnesburgo.


Chegada em Zâmbia

Uma viagem tranquila e rápida, era tarde do dia 19/07, uma quarta-feira. Ao passar na imigração no aeroporto de Livingstone, peguei o visto de múltipla entrada, pois eu iria passar na fronteira de Zimbabue e também de Botsuana. Paguei US$50 (Cinquenta dolares) pelo visto. Pra mim saiu um pouco mais caro (indiretamente) esse visto, lá no aeroporto Oliver Tambo em Joburgo, eu fiz a mudança de moeda e ali perdi bem uns R$70,00. Coisa que nem sei explicar agora, mas isso aconteceu. É sempre bom pesquisar bem para fazer essas changes currency.

Logo ao sair do aeroporto tinha uma fila de taxis, eu tava pensando realmente em ir a pé até o centro de Livingstone, eu havia visto dois hostels pela internet: o Livingstone e o Zinga. E assim poderia procurá-los já que estava com os endereço e não tinha nenhum agendado ainda. Acabei tomando um táxi até o Zinga BackPackers, isso me custou US$15, que achei caro. Mas que valeu pela gentileza e a boa recepção do taxista, conversamos bastante e dali já vi que o Brasil é muito conhecido pelo futebol, foram vários assuntos mesmo a corrida do aeroporto até o hostel sendo curta.

Adentrei o Hostel Zinga e de cara gostei muito do ambiente, algo bem leve, de certa forma roots, simples e criativo. A recepção foi dez também, o dono fui conhecer depois, o Skool boy. São vários quiosques e têm quartos também, todos nomeados em homenagem a grandes lideranças mundiais, a exemplo de Nelson Mandela. Acertei 4 noites, a diária estava $10 dólares com café da manhã incluso, o quarto era compartilhado. Maquei pro dia seguinte a ida para as Cataratas de Victoria, o transfer tava incluso gratuito e fica menos de 15 minutos de carro do hostel até a entrada do Parque das Cataratas.


Parque Nacional Victoria Falls - Lado Zimbabue
 
Mosi-oa-Tunya ou Victoria Falls
 
O grande dia, 20/07/2017, marcava o 16º dia do meu mochilão, pra mim parecia que eu estava com parte do meu objetivo concluído, como eu mencionei anteriormente a ida pra cordilheira era o que eu mais havia criado expectativas, mas ao presenciar as cataratas foi quando o suspiro de surpresa saiu de verdade. Fiquei 100% admirado e ali percebi que tudo valeu muito a pena. Às vezes a vida nos põe um contrabalanço numa balança que lança vida, tristeza e esperança, que lança choro, vida dura ou vida mansa, ou o sorriso de uma criança. Esqueça tudo de mal que se faz ou que a história nos reserva. Ali dá pra acreditar num mundo melhor. O lugar é fantástico por demais!!! 
 
Encantamento gigantesco, nada menos que a maior catarata do mundo. sua extensão passa dos 1000 metros (1km) e sua queda mais de 100 metros. Quem alimenta a queda é o Rio Zambezi, que demarca também a fronteira entre os países de Zâmbia e Zimbabue. Os povos tradicionais da região chamavam de Mosi-oa-Tunya ou "Fumaça que Troveja", isso antes da colonização. Essa maravilha natural é também patrimônio na Unesco e em cada parte da fronteira tem um parque. Em Zâmbia, Parque Nacional Mosi-oa-Tunya e em Zimbabue, Parque Nacional Victoria Falls.
 
No lado da Zâmbia paguei U$D 20 (vinte dólares) e após passar quase 4 horas pelo parque, eu atravessei a fronteira pela ponte, fui a pé mas tem vários taxis por lá, no geral é bem tranquilo de se atravessar essa fronteira e ainda tinha na ponte muitos turistas aguardando e olhando os saltos de Bunguie Jump. Alguns vendedores são insistentes demais nas vendas dos souvernies, e é nesse momento que tem que ser bom pra negociar, pois ele colocam o preço inicial lá no alto. Como não negocio nessa situação muito bem, ou eu compro mais caro mesmo ou nem compro rs. O preço pra entrar no parque do lado de Zimbabue é de US$30,00 (trinta dólares). Ambos são espetaculares, cada um com sua particularidade, mas eu fiquei mais tempo no lado de Zâmbia. Um ponto interessante pra quem deseja planejar é saber sobre as épocas mais cheias e têm outras mais secas, o intermediário disso pode ser o ideal. Como eu fui no mês de julho, achei perfeito! Para se atualizar mais sobre os parques é bom ir nos sites pra saber das condições da estações e também dos horários de funcionamento dos parques.
 
É interessante levar proteção para a câmera fotográfica e também capa de chuva. Algumas pessoas alugam por 1 dólar na entrada do parque. Pra voltar peguei um táxi por 5 dólares e então, ao chegar tranquilo no Zinga Backpackers, foi só relaxar a refletir o belo dia que tive. Foi mais um momento único!!! E a aventura continua...
 
Fotos:
 



chegada lado Zâmbia


mais outro suspiro


a ponte da fronteira


o arco íris tem 7 cores


close no lado Zâmbia


outro ângulo, lado Zâmbia


mais a frente, lado Zâmbia


lindo, lado Zâmbia


Zimbabue side, espetáculo!


showw!! Zimbabue

quarta-feira, 31 de janeiro de 2018

6. Mochilão África do Sul / Zâmbia: Da Cidade do Cabo até Durban

Relato Parte 5: Rolê na Península do Cabo


Da Cidade do Cabo até Durban

Nesta parte do relato vou focar na minha ida à Durban. No dia 09 de julho completou meu quinto dia na Cidade do Cabo e eu tinha o ingresso da Ilha Robben que eu tanto queria visitar, mas nesse dia choveu, então o tour foi cancelado e me reembolsaram no cartão vtm. Era um domingo e eu andei pelo centro na intenção de fazer outra atividade, estava tudo vazio e ainda mais com chuva então decidi passear pela Long Street. Aqui vai um alerta acerca dessa rua nos domingos e a noite pois pode ser perigoso na questão de furtos ou roubos.

Mesmo sem programa eu pensei em sair pra beber, mas que logo decidi ficar mais tranquilo, almoçar bem e organizar os próximos passos do roteiro. Por bem dizer só fui tomar uma gelada lá em Zâmbia, mas é coisa pros próximos capítulos. 

No dia 10 de julho iniciou minha viagem de Bas Buz pela costa sul africana sentido Joanesburgo. Como peguei uma sequência de chuvas nas tardes e era inverno, decidi passar direto até Durban, eu poderia ter comprado uma passagem pela Intercape, no entanto eu havia fechado um pacote com Bas Buz e de certa forma eu iria percorrer a costa, só que apenas de passagem. E assim fiz, foram dois dias de viagem com uma pernoite em Port Elisabeth. Na verdade meu objetivo maior era a Cordilheira de Drakensberg, quase pensei em ir direto pra lá, mas passar um dia em Durban seria bom.

Em Port Elisabeth fiquei acomodado no Hostel Jikeleza e logo de manhã a Van passou novamente rumo à Durban, onde eu fiquei no Curiocity BackPackers, chequei a disponibilidade de camas já que eu não havia agendado, acertei por duas noites no curiocity. A estrutura do hostel é bem bacana, camas confortáveis, wifi nos quartos, tomada na cama, mini luminaria, etc. 

Um dia em Durban - 12/07/2017 - 8º dia

Depos de uma noite bem dormida, acordei umas 9h00, tomei café da manhã e parti rumo ao museu Kwa Muhle, isso já era bem umas 10h00. Caminhei até o museu, não durou nem 40 minutos do hostel. Assim como o Museu da Robben Island, esse me deixou bastante emocionado, acredito que até mais, pois me deparei com a história, imagens e depoimentos de Andrew Zondo*. Outra seção muito bem detalhada era a que tratava da história da lei do passe. Nesse museu tinha também uma sala dedicada a informações para conhecimento e preservação contra a AIDS e tuberculose também.

Logo depois do museu passei no prédio onde ocorreu a III Conferência Mundial Contra o Racismo, Discriminação Racial, Xenofobia e Intolerâncias Correlatas em setembro de 2001, e que contou com mais de 16 mil participantes de 173 países.

Após ter esse contato histórico fui passear pela cidade, andei até porto pelo calçadão e foi bem tranquilo. Procurei um lugar pra almoçar e segui sentido a South Beach. Cheguei na praia já de tarde e tinha uma movimentação razoável, tendo em vista que era meio de semana. Um ambiente bem legal, as pessoas se divertiam bastante e o interessante foi ver mais moradores locais curtindo a praia. 

Todo esse rolê fiz a pé, e na volta pro hostel ainda passei por umas ruas fora da rota turística, assim tive mais contato e deu pra sentir a atmosfera do local, moraria ali de boa. O contato era mais quando eu ia comprar algo e já fazia alguma pergunta ou algum comentário. Nesse trecho aumentou também o número de moradores indianos. Por indicação dos funcionários do hostel eu andei sem a câmera fotográfica e sem muito dinheiro no bolso, pois disseram haver risco de roubo. Ainda bem que comigo correu tranquilo, mas só tirei fotos pelo celular, essa foi a desvantagem, já que ele não é top.

Por fim, e depois de camelar um tanto, foi momento de relaxar no hostel. No dia seguinte eu tinha viagem pronta para a grande e tão esperada Cordilheira de Drakensberg!

*Andrew Zondo
Ele cresceu no município de KwaMashu de Durban, teve seu despertar politico aos 14 anos inconformado com a Lei de Educação Bantu e se juntou ao CNA quando tinha 16 anos. Foi treinado como combatente no exílio em Angola e realizou várias operações clandestinas contra o governo do apartheid sul-africano.

A explosão no Amanzimtoti, no período de compras pro natal, foi o seu mais proeminente. Cinco pessoas foram mortas e Zondo foi capturado seis dias depois.

Em 20 de dezembro de 1985, as forças de segurança sul-africanas realizaram uma incursão em Lesoto, matando nove ativistas anti-apartheid. Em retaliação, os agentes da Umkhonto weSizwe, incluindo Andrew Zondo, colocaram uma bomba (mina) no centro comercial Amanzimtoti Sanlam em 23 de dezembro de 1985, matando três adultos e duas crianças, enquanto outras 40 pessoas ficaram feridas. Por este ato Andrew Zondo foi amplamente criticado pela população branca na África do Sul. O alvo seria uma agência do governo.

Também teve criticas por parte do CNA, Oliver Tambo, ex-presidente do CNA, indicou que o assassinato de civis foi contra a política do CNA e, consequentemente, ele desaprovou o bombardeio, mas entendeu as razões.

A Execução
Em 6 de setembro de 1986, a família de Andrew Zondo foi visitá-lo na Prisão de Segurança Máxima em Pretoria, onde estava aguardando sua execução. Ele estava em paz consigo mesmo e com o mundo e ele disse a sua família:
"Eu não quero que vocês chorem. Não quero que as pessoas venham e chorem por mim. O que eu tinha que fazer, eu fiz. Agora minha vida está terminando."

Menos de nove meses após o bombardeio, na terça-feira, 9 de setembro de 1986, Andrew Sibusiso Zondo foi enforcado com dois homens de KwaMashu. Lucky Paye e Sipho Xulu, que também morreram sob instruções políticas.

"A pena de morte na África do Sul foi reservada como uma punição por assassinato premeditado, traição ou como parte da justiça militar."
"A execução de criminosos e opositores políticos foi usada para punir e reprimir a dissensão política."
A última palavra de Andrew Zondo foi "Amandla", o grito de guerra da luta anti-apartheid!

Reprodução caderneta de passe -museu durban

segunda-feira, 29 de janeiro de 2018

5. Mochilão África do Sul / Zâmbia: Rolê na Península do Cabo

Relato Parte 4: Museu Robben Island e Praia Camps Bay
http://pedenatureza.blogspot.com.br/2018/01/4-mochilao-africa-do-sulzambia-museu.html
Relato Parte 3: Subida à Table Mountain
https://pedenatureza.blogspot.com.br/2018/01/3-mochilao-africa-do-sulzambia-subida.html
Relato Parte 2: De SP a Cape Town
http://pedenatureza.blogspot.com.br/2018/01/2-mochilao-africa-do-sulzambia-de-sp.html
Relato Parte 1: Introdução e Roteiro
http://pedenatureza.blogspot.com.br/2018/01/mochilao-africa-do-sul-zambia.html

4* Dia -  08/07/17 - Cape Peninsula Tour (BasBuz) - Ilha das Focas, Praia dos Pinguins e Cabo da Boa Esperança

Acordei cedo, tomei café no próprio hostel com aquele gelado matinal, cheguei pela varanda e a brisa leve indicava que viria dia bom pela frente. Não pra menos eu faria o Day Tour na Península do Cabo, rolê guiado que mesclava história com a bela paisagem oceânica e montanhosa do sul do país e da Cidade do Cabo. Eu havia agendado esse tour no dia anterior pelo Baz Bus e já comprei a passagem de van que vai desde a Cidade do Cabo até Joanesburgo passando por diversas cidades e hostels. Com isso fechei um pacote e ficou 2780 Rands. (+ ou - R$700,00).


Região do Cabo da Boa Esperança


Baz Bus é basicamente um transporte que busca na acomodação e deixa em outra acomodação ao longo da costa sul africana. Essas acomodações inclui hostel, hotel e casa de hospedes. São mais de 200 acomodações entre 40 cidades. Existem diversos tipos de passagens, apenas de ida por 7, 14 ou 21 dias, e também ida e volta. Dessa forma facilita bastante a viagem para quem não está de carro, e acessando os horários disponíveis se planeja perfeitamente a viagem. Bas Buz oferece alguns tours como o da Cape Peninsula. (site bas buz).

Ainda não tinha alcançado às 8h da manhã e a van já estava em frente ao hostel, passou por outras acomodações e com o grupo fechado, todos a bordo, foi hora de seguir pra viagem. O que nos esperava era primeiramente a Hout Bay, de lá partia um barco até a Ilha das focas. Depois, na cidade de Simon, a visita à Boulder Beach (Praia dos Pinguis). Por fim na Reserva Natural Cape Point, Cabo da Boa Esperança, etc. Incluido uma caminhada leve e um rolê de 6km de bike.

Seal Island
O Lobo Marinho do Cabo (Arctocephalus Pusillus)
Há 35 espécies de focas no mundo. A ilha de Duiker é um santuário de aves e de lobos marinhos do Cabo, onde se contam aos milhares estas focas e muitas aves tais como o corvo marinho do Cabo, o corvo marinho do banco, as gaivotas de dorso negro, etc. (...)
O lobo marinho do Cabo mergulha a profundidade de 36 metros, variando esta aptidão de espécie para espécie. Ao mergulhar, os ouvidos e as narinas fecham-se hermeticamente, não sendo possível a respiração debaixo da água. Mesmo quando dorme, torna-se necessário emergir para respirar. O animal adulto consegue permanecer debaixo de água durante 30 minutos e os mais novos de 10 a 15 minutos. 
- De um modo geral alimentam-se de peixe, camarão, crustáceos e lulas.
- As focas gozam de boa audição fora da água, ouvindo muito melhor quando submersas. A sua aptidão de detectar a origem dos sons é excelente.
- Os olhos estão adaptados paar verem tanto na água como em terra.
- O seu corpo é mantido a uma temperatura constante de 38,5º C.
- OS machos chegam a pesar 350kgs e as fêmeas 113kgs.


Seal Island - Hout Bay

a caminho Seal Island

Boulders Beach
Aninhado em uma enseada abrigada entre a cidade de Simon e Cape Point, Boulders tornou-se mundialmente famosa por sua colônia próspera de Penguin Africano e magníficas praias protegidas de vento e seguras. 
A partir de apenas dois pares reprodutores em 1982, a colônia de pinguins cresceu para cerca de 2200 nos últimos anos. Isto é em parte devido à redução do arrasto pelágico comercial em False Bay, que aumentou o suprimento de pilchard e anchovas, que fazem parte da dieta dos pinguins.

Boulders Beach

Casal Pinguins

A segunda parte do tour é marcada pela ida até a região do Cabo da Boa Esperança (Cape of Good Hope) e uma caminhada até a Ponta do Cabo (Cape Point). Ao chegar ao parque nacional da montanha da mesa, iniciou-se uma pedalada de 6 km, a bicicleta é cedida pela agencia, assim como os capacetes de segurança. Após essa atividade, fizemos um bom lanche da tarde, pra já seguirmos rumo à ponta da África. O Cabo da Boa Esperança representa o extremo sudoeste do continente, já o extremo sul é por conta do Cabo das Agulhas que não é tão famoso quanto o da esperança, que já foi chamado de tormentas por Bartolomeu Dias. O guia perpassou pelas histórias das navegações, realmente muita referencia histórica no local, que tem por característica a difícil navegação.



Ao visitar todos esses atrativos, seguimos de volta à cidade, o sol já estava se pondo, avistamos também diversos babuínos na beira da estrada, algumas pessoas paravam os carros, desciam e se aproximavam para tirar fotos, algo que não é muito aconselhável. Vale lembrar que foi um grande tour, o serviço muito divertido dos guias e reuniu uma galera bacana. Vale a pena!!!



Links para consulta de horários e preços!

Fotos:


Na trilha Cape Point

Junção de oceanos

na estrada

Cabo da Boa Esperança


domingo, 28 de janeiro de 2018

4. Mochilão África do Sul / Zâmbia: Museu Robben Island e Praia Camps Bay

Dia 07/07/17 - Museu Robben Island e Praia Camps Bay

Relato Parte 3: Subida à Table Mountain
Relato Parte 2: De SP a Cape Town

Na noite anterior havia chovido mesmo, conforme a previsão dizia. Chuva é sempre bom em época de racionamento de água, em julho essa campanha não me pareceu tão intensa, mas na Cidade do Cabo existe racionamento de água. Essa manhã o clima estava ameno, tomei um café da manhã caprichado (food lover's cafe, se não me engano) e depois parti para o centro comercial V&A Waterfront e seguindo pelo plano de ir até a praia de Camps Bay, ainda de forma independente utilizando o transporte público ou a própria caminhada mesmo. 

Museu Ilha Robben

Praia de Camps Bay
The Victoria & Alfred Waterfront é um porto em principio, mas não só isso, o que realmente se destaca são os diversos atrativos ao redor do porto, desde comércios, bares, pubs, museus, lojas de artesanatos, restaurantes, o Aquário Two Oceans que não fui, porém dediquei grande parte do tempo no Museu Robben Island, que é o local de onde parte a viagem até a ilha. Comprei o ingresso para o dia 09/07 e depois do museu eu troquei dinheiro no banco, almocei e andei pelo porto.  

A Ilha Robben foi por um tempo território de um presidio de segurança máxima, onde aprisionava presos políticos. Na época do apartheid sul africano, Nelson Mandela foi um desses presos, e hoje o local é visitado como tour educativo e de memória de preservação da resistência desses que lutaram pela liberdade e por plenos direitos civis, sociais e políticos. Nesse dia eu apenas comprei o ingresso, mas bem no meu dia de visita a chuva impediu que o tour ocorresse, e como eu estava com o tempo já contado, fiquei sem conhecer a ilha, os 340 Rands foram reembolsados no cartão.  Os guias desse passeio são alguns dos ex-presos políticos daquele tempo. O museu não me escapou e fiquei muito informado sobre essa época que muito marcou. Vale lembrar que a visita à ilha dura em torno de 4 horas e tem horários específicos de partida. (deixarei o link mais abaixo).

Momento de muita emoção foi estar frente a frente dos quadros que traçavam a história de luta anti-apartheid, as informações eram separadas em diversas seções, tais como: Fundação do Apartheid; primeiras resistências; distribuição de terra; mão de obra barata de imigrantes; primeiros sindicatos; mulheres, apartheid e resistência; partido nacional no poder; legislação do apartheid; campanha de desobediência; Massacre de Sharperville*; campanha contra lei do passe**; estado de emergência; luta armada; encarceramento, insurreição da juventude; capitulo da liberdade; crescimento de movimentos sociais, etc.

Após o almoço, voltei pro centro andando e parti direto pra Camps Bay Beach. Tem um ônibus que vai direto e é barato. No verão essa praia costuma lotar, mas como era inverno, o tempo tava nublado e a temperatura baixa, trombei com uma praia vazia. Ao embarcar no ônibus 107 Camps Bay usando o cartão Mycity, logo o rumo se deu em um bairro muito bem estruturado e de grandes casas, aos poucos já dava pra avistar o mar.

Essa praia é uma das mais badaladas na época quente, suas águas são frias, mas o diferencial é a estrutura que se tem na beira da praia, diversos restaurantes, bares e inclusive um mercado. Então mesmo que não se entre no mar, tem muita coisa pra se fazer. A vista é muito linda da sequência de montanha que pertence à Table Mountain, chamada de 12 apóstolos. Quando eu fui, essa visão estava parcialmente coberta, mas se mostrou bonita do mesmo jeito. Ao continuar a caminhada pelo calçadão se chega numa piscina natural que é tida como mais apropriada para banho, já que também não tem o risco de aparecer tubarões como ocorre no mar. Fiz minhas compras no próprio mercado, sendo essa a opção mais barata. Não entrei na água pois estava frio e por lá permaneci o restante da tarde. Show de bola!!!

O dia terminou com esse programa light, bem tranquilo. Voltei de ônibus até o centro, desci na Long Street pra descansar no hostel Two Oceans. No dia seguinte eu tinha agendado o rolê até a Peninsula do Cabo com a agência BazBus.

Links:
Rota e horários da linha Camps Bay

Ilha Robben ou Robben Island

**Massacre Sharpeville - fonte "Por dentro da África"
Em 21 de março de 1960, ocorreu em Sharpeville, na província de Gauteng, África do Sul, um protesto realizado pelo Congresso Pan-Africano contra a Lei do Passe, um documento que detalhava onde os negros poderiam ir. Caso os negros não apresentassem o passe, eles eram sumariamente detidos.

Neste dia, milhares de manifestantes caminhavam por Sharpeville para um protesto pacífico, que foi reprimido pela polícia sul-africana com arma de fogo provocando a morte de 69 pessoas e ferindo cerca de 180.

Após esse dia, a opinião pública mundial passou a olhar com mais atenção para o regime do apartheid. Em 21 de novembro de 1969, as Nações Unidas implementaram o Dia Internacional Contra a Discriminação Racial, que passou a ser comemorado todo dia 21 de março.
http://www.pordentrodaafrica.com/noticias/por-dentro-da-historia-o-massacre-de-sharpeville-durante-o-apartheid


***Lei do Passe
A Lei do Passe era uma lei que existia antes do Massacre de Sharpeville, na África do Sul.
A lei, que obrigava os negros da África do Sul a portarem uma caderneta na qual estava escrito onde eles podiam ir, era um dos principais elementos do sistema de apartheid.
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Lei_do_passe

O apartheid (...) foi um regime de segregação racial adotado de 1948 a 1994 pelos sucessivos governos do Partido Nacional na África do Sul, no qual os direitos da maioria dos habitantes foram cerceados pelo governo formado pela minoria branca.

A segregação racial na África do Sul teve início ainda no período colonial, mas o apartheid foi introduzido como política oficial após as eleições gerais de 1948. A nova legislação dividia os habitantes em grupos raciais ("negros", "brancos", "de cor" e "indianos"), segregando as áreas residenciais, muitas vezes através de remoções forçadas. A partir de finais da década de 1970, os negros foram privados de sua cidadania, tornando-se legalmente cidadãos de uma das dez pátrias tribais autônomas chamadas de bantustões. Nessa altura, o governo já havia segregado a saúde, a educação e outros serviços públicos, fornecendo aos negros serviços inferiores aos dos brancos.

Fotos: 

No Porto

Ponte de giro

juventude tem a fala

chegando em V&A Waterfront

mar agitado de Camps Bay

visual

é por ali o por do sol

os 12 apóstolos encobertos


sábado, 20 de janeiro de 2018

2. Mochilão África do Sul / Zâmbia: De SP a Cape Town

Relato Parte 1: Introdução e Roteiro
http://pedenatureza.blogspot.com.br/2018/01/mochilao-africa-do-sul-zambia.html


Republica da África do Sul: País da África Austral, limitado por Botsuana, ao norte; Namíbia, ao noroeste; Zimbábue e Moçambique, a nordeste; e pelo Oceano Atlântico, ao sul. Suas fronteiras circundam o enclave que constitui o Reino de Lesoto. Os primeiros povoadores foram indivíduos dos coissãs e bantos, entre os quais ovambos, sotos, zulus, xonas, os quais expulsaram, no século XV, os antecessores; além destes, citem-se os primeiros europeus, estabelecidos já no século XVII. As sociedades bantas. No século X, povos das bacias dos rios Limpopo e de seu afluente Cháchi (Sashi, Shashe)já se inseriam na rede comercial do Oceano Índico, adquirindo contas de vidro, tecidos e até artefatos de cerâmica envernizada, em contrapartida ao fornecimento de ouro e marfim (Huffman,2010, HGA, III, p.791). Essa atividade, comprovada pela arqueologia, levou à constatação da possível existência, em partes do território atual da África do Sul, de sociedades das quais a pastorícia, a agricultura e a extração mineral teriam sido exercidas em paralelo, e às vezes de forma combinada. Nos centros mais avançados, teria dominado a mineração e fundição de metais, sendo a autoridade politica prerrogativa hereditária de uma classe dirigente, proprietária dos rebanhos e das minas (Jaspan,1958, p.164-165), Consoante Davidson (1981, p.55), a metalurgia do ferro já existia, no centro do território da atual republica, no ano 1000 d.C. 
(Origem: Dicionário de História da África, Séculos VII a XVI - Nei Lopes e José Rivair Macedo)


"África do Sul, oficialmente República da África do Sul, é um país localizado no extremo sul da África, entre os oceanos Atlântico e Índico, com 2 798 quilômetros de litoral. É limitado pela Namíbia, Botsuana e Zimbábue ao norte; Moçambique e Suazilândiaa leste; e com o Lesoto, um enclave totalmente rodeado pelo território sul-africano.
O país é conhecido por sua biodiversidade e pela grande variedade de culturas, idiomas e crenças religiosas. A Constituição reconhece 11 línguas oficiais.Duas dessas línguas são de origem europeia: o africâner, uma língua que se originou principalmente a partir do neerlandês e que é falado pela maioria dos brancos e mestiços sul-africanos, e o inglês sul-africano, que é a língua mais falada na vida pública oficial e comercial, mas é apenas o quinto idioma mais falado em casa."
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.



Dias 04 e 05 de Julho/17

Saí de casa perto das 13h00, no meio do caminho minha irmã avisou sobre uma falha na consecução da transferência de credito no cartão VTM (Visa Travel Money), no caso fica aqui um ponto a pensar adiantado, evite deixar para os últimos dias igual eu fiz. Como eu estava no trem, desci na estação Jurubatuba e passei no Shopping SP Market. Não tinha Banco do Brasil neste shopping, então segui direto pro aeroporto de Cumbica (Guarulhos) pelo busão que saiu do Tatuapé, linha 257-Aeroporto de Guarulhos (horários aqui). Demorou menos de 40 minutos. Lá no aeroporto procurei o caixa do Banco do Brasil, mas meu limite era apenas de 800 para transferência. Então saquei o limite pra saque que era de R$1200, com mais R$400 que tinha sacado da Caixa ficou R$1600. E debitei mais R$1000 da Caixa Econômica pra levar em cash. Dica: Vejam tudo isso dias antes, até questão de aumentar limites e debloqueio de transferência nos bancos. *Investimento inicial: R$2600,00 (Vtm/cash) + R$ 1960,00 (Passagem) = Total R$4,560,00

Fiz um check in na TAAG, sem filas e tudo ok. Fui já pro portão de embarque e fiquei aguardando abrir a porta. Saiu sem atraso a viagem. Gostei do serviço. Serviu uma janta e café da manhã. Durou umas 8 horas até chegar em Luanda. Chegamos às 06h20 em Angola, diferença de 4 horas do Brasil.

Agora o destino era a Cidade do Cabo. Mas antes uma fila grande pra fazer a transferência, mas não precisa de visto. Essa fila se formava porque só tinha um scanner em serviço na parte da transferência. Demorou um pouco, e a partir de então foi fila atras de fila. Até aguardarmos a abertura do portão final. Contudo, atrasou 30 minutos. Saindo às 09h30. 

Viagem tranquila, cochilei logo no inicio da decolagem. A aeromoça me acordou pra almoçar, e depois voltei a dormir.  Essa parte do voo passou bem rápido, duração de 3 horas.

Chegada em Cape Town

Eis que chegou o momento de ir amenizando pouco a pouco toda a ansiedade de pisar em solo africano, de andar nas ruas da África do Sul e de sentir sua atmosfera. Abobalhado, eu andava pelas ruas do centro da Cidade do Cabo, realmente eu estava muito contente de estar ali e de me identificar com o local e com as pessoas que circulavam pelas ruas, a principio senti um baque de cidade grande, onde eu era apenas mais um na multidão, mas em instantes me senti em casa. Do aeroporto eu havia utilizado o ônibus do transporte público sentido "Civic Centre". Ao lado do aeroporto vendem-se os cartões Mycity, paguei uma taxa de 35 Rands e creditei mais 80 Rands. Esse sistema é parecido com o bilhete único de São Paulo, porém a passagem é cobrada gradativamente, de acordo com a distância percorrida, então se passa o cartão na entrada e é debitado na saída, ou seja, é cobrado no desembarque. Foi o meio mais barato e correu bem tranquilo. 

Ao descer na estação do centro, já segui sentido à Strand Street pra depois virar na Long Street, onde eu havia planejado de checar o hostel Two Oceans Back Packers. Por lá eu fechei quatro diárias por 150 rands cada dia, totalizando 600 rands e então fui descansar o restante da tarde após ter tomado um bom banho. O Wi-fi era livre e dei notícias pra minha família. Vale frisar que uma pessoa importante que me auxiliou do Brasil foi minha irmã, principalmente no diz respeito ao cartão vtm. Voltando ao hostel, ele era simples, um atendimento bom, tinha uma cozinha muito bem organizada com chá livre. Lá também se lavava roupas mediante uma taxa. Fiquei num quarto compartilhado com seis beliches e foi tudo tranquilo, não tinha muita rotatividade, até porque tinham hospedes que alugaram a cama por meses, pois estavam trabalhando na long street.

A Long Street pode ser considerada uma das ruas mais turísticas da Cidade do Cabo, pois conta com diversos restaurantes, hostels, casas noturnas, bares, comércios, etc. Passei num mercadinho pra comprar algumas coisas pra comer na janta e também pra tomar um café reforçado, já que no dia seguinte eu iria pra famosa e tão esperada TABLE MOUNTAIN!

Observação: 
* No geral, fiz as contas de 1 real valendo 4 Rands ou 1 dolar de 12 a 13 Rands - Julho/17 

Links úteis: 

Linha Metro Tatuapé x Aeroporto de Guarulhos (R$06,15 jan/2018)

Mycity

Hostel - Cape Town

Mapa - chegada no hostel:

Providenciar certificado da Anvisa - Febre Amarela

Requerimento de Passaporte brasileiro:

Sobre o Visa Travel Money (VTM)

Angola Airlines (TAAG):

África do Sul - Wikipédia:

HINO DA ÁFRICA DO SUL
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