Uma trilha que marcou 2022 de forma positiva, assim como a ida ao Parque Nacional do Itatiaia, foi a subida ao Pico dos Marins, em Piquete, SP.
Fepa assinando o livro do cume: Pico dos Marins |
Por bem dizer, o Pico dos Marins dispensa apresentações, faz e fez parte do roteiro de muitos trilheiros. O lugar também foi palco de alguns acontecimentos polêmicos e tristes. No entanto, com certeza concedeu muita alegria e sentimento de superação para muita gente. A natureza é exuberante.
Como demonstrado, o Pico dos Marins é um importante destino
pra quem faz trekking e está localizado na Serra da Mantiqueira, com seus mais
de 2420 metros altitude. Possui uma trilha que exige um preparo do trilheiro, tanto
em questões físicas, psicológicas, materiais, de logísticas e mapas de
navegação.
Fomos de carro, eu e o meu primo Fepa, na data de 17/08/22,
e seguimos direto para o Refúgio do Pico dos Marins. Esse local conta com um
bar e lanchonete e tem também dois quartos com camas para pousar, o preço é de boa
e foi a escolha pra descansar da viagem e se preparar pra trilha do dia
seguinte.
(Aqui o trajeto no google mapas de Piquete até o Refúgio dos Marins.)
https://goo.gl/maps/ez9A2NwdpvgpdaV79
O casal que nos recebeu lá é super gente boa e assim ouvimos suas histórias dos causos local. Para o estacionamento paga-se uma taxa pra deixar o veículo.
Com tudo pronto, na manhã do dia 18/08/22 seguimos às 06h
rumo ao Pico dos Marins, o nosso rolè seria um bate-volta, pois a previsão pro
dia seguinte era de chuva, e também porque eu não estaria confortável em
caminhar com mais peso na mochila, já que também estava apenas voltando a fazer
trilhas.
Vale frisar que após a pandemia fiquei totalmente fora de
forma, ou seja, eu fui um dos adeptos do isolamento na época em que a vacina
não tinha saído. Mas, voltando ao rolê, seria então uma média de 12km no dia, o
rolê completo ida e volta durou umas 11 horas.
Com o trajeto devidamente baixado para funcionar mesmo off-line
na montanha, iniciamos a caminhada quando ainda nem se tinha amanhecido, tínhamos
como primeira parada de referência o Morro do Careca.
No Morro do Careca já podíamos avistar o céu azul com um
lindo dia se formando, mas para a caminhada havia um aspecto que atrapalharia um
pouco: o vento. Ventava muito, de incomodar mesmo – principalmente na região do
rosto – e trazer insegurança para se passar em alguns trechos.
A jornada em si não exige equipamentos técnicos, porém
existem pelo menos dois trechos que se faz necessário uma extrema atenção e um
pouco de noção técnica para não escorregar. Com isso, acho essencial possuir
uma boa bota de trilha para aumentar a aderência em alguns trechos de rocha.
Nesse dia o que trouxe bastante segurança foi ter o mapa da
trilha plotado no celular do Fepa, pois realmente tem alguns pontos onde se pode confundir as bifurcações e a direção da continuidade da trilha.
Wikiloc gravado: https://pt.wikiloc.com/trilhas-trekking/pico-dos-marins-serra-da-mantiqueira-111074522#lb-embed
Um dos wikilocs de referência: https://pt.wikiloc.com/trilhas-montanhismo/trilha-pico-dos-marins-serra-da-mantiqueira-38441134
Isso muitas vezes é causado devido ao visual que temos da
cadeia de morro, que faz deixar de perceber a volta que se faz para alcança-lo.
Então, não deixamos de olhar o caminho que estávamos seguindo e por umas duas
vezes foi possível corrigir erros de trajeto.
Outra coisa que acho interessante levar em consideração, é o fato de que o bate-volta é um pouco puxado, ainda mais pra quem esteja sem
costume de fazer tal atividade. De uma outra vez com certeza gostaria de ir
para acampar mais próximo do cume e até quem sabe fazer a travessia Marins x
Itaguaré, é só questão de tempo.
Na volta, fiz muitas paradas e com isso o tempo de duração da atividade foi de 11 horas no total, com umas 5 horas em movimento, mas o normal é realizar em menos tempo.
O trecho chamado elevador assusta um pouco de cara, porém dá pra subi-lo e desce-lo numa boa. O ataque final ao cume também exige um esforço maior e com cautela ele é vencido.
Enfim, também é de se considerar que não se deve levar essa
montanha na brincadeira, é necessário preparação, pensar nos detalhes e ter
alguém com certa experiência para evitar as tormentas num passeio que tem tudo
de bom para oferecer. (leve água, lanche, kit primeiro socorros, etc.)
Péde Natureza!
FOTOS:
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