terça-feira, 18 de abril de 2017

Cachoeiras em Bueno Brandão - MG (na caminhada)

Cachoeiras em Bueno Brandão - MG (na caminhada)
Abril/2017

Abril chegou, 
o mês de março se foi 
fechando o verão,
eu me fui pra cidade das cachoeiras
no sul de Minas Gerais
Bueno Brandão!

"Num cantinho das Minas Gerais, nas cristas da Mantiqueira, encontra-se um pedaço do paraíso. Clima ameno na maior parte do ano, fontes de águas cristalinas, cachoeiras inesquecíveis e uma população, que no seu jeito interiorano de ser, torna-se extremamente receptiva. Esta é BUENO BRANDÃO."*

Breve e devidamente apresentada, Bueno Brandão foi meu destino pra mais uma caminhada. A intenção era aproveitar 2 dias inteiros pelas cachoeiras e os outros dias pra me deslocar de SP a MG. Escolhi o Camping do Sossego pra acampar, tanto pela estrutura e por ter uma cachoeira no camping, quanto pela localização próxima de outras quedas. E também, lógico, por influência de relatos positivos com relação ao camping. No primeiro dia, além da cachoeira no camping, fui pra Cachoeira dos Felix, Cachoeira do Machado II e Cachoeira do Machado I. Finalizei o dia com porções e brejas no Assado de Minas. No segundo dia fui pra Cachoeira da Cascavel e pra Cachoeira do Davi I. De volta pro camping, conheci melhor o complexo de corredeiras, cascatas e cachoeira do local, e passei novamente, já de noite, no Assados de Minas. Segue um pouco do rolê... 

Cachoeira dos Felix


São tantas flores que as ruas cheias de sorriso
Rio, pego o pilão e vou pilar 
Nós só sabemos de amar 
Planta, planta, planta, planta, planta para colher 
Iremos de automóvel ou até mesmo a pé 


Ou até mesmo a pé! 
É então, pronto pra mais uma caminhada eu me ajeitei pra viajar, não tão pronto assim, pois fiquei sabendo da minha folga um dia antes. Das ideias de lugares que gostaria de visitar eu sentia que Bueno Brandão era a hora, mesmo que a logística não estivesse tão favorável, pois eu perderia praticamente um dia devido o horário dos ônibus. Pra Bueno Brandão de busão tem que se passar por Ouro Fino e de lá pegar pra B.B, tem três horários que saem diariamente do terminal rodoviário do Tietê para Ouro Fino. Tem o das 06:30, o das 14:30 e o das 18:30, todos pela empresa Gardênia.  Então eu aproveitaria um dia a mais se eu pegasse o das 06;30, mas só consegui embarcar no das 14:30, sem erro. (Preço R$52,62)

Em São Paulo chovia e a previsão era de chuva, já em Bueno Brandão a previsão apresentava apenas pancadas de chuvas à tarde, então bora fui! Era um domingo, na rodoviária tinha um certo movimento, mas no sentido em que eu fui, estava bem mais tranquilo, o ônibus não foi lotado e assim dormi boa parte das 4 horas de viagem. Na parada de Jacutinga eu acordei, dali faltava pouco, uns 40 minutos, ainda meio que sonolento e sem descer do busão, vi que ao redor havia varias lojas de roupas e bem na rodoviária escrito cidade das malhas. Deu 18h40 e então chegamos na rodoviária de Ouro Fino. Logo fui no guichê pra comprar a passagem pro último buso pra B.B naquele dia, busão que saiu as 19h10. (R$10,75)

Após 10 minutos dessa parte do trajeto a chuva veio, eu olhava pela janela, mas por ser noite não conseguia avistar muita coisa pra tentar prever se aquela chuva iria continuar muito ou pouco tempo. Esse ônibus passou por Inconfidentes e depois de então a chuva parou. Eu pensei, "Ufa que sorte!" e comecei a torcer para que a direção não estivesse indo pra Bueno Brandão.

Desci um pouco antes das 20h00 na rodoviária de B.B, andei até uma garagem de lotação escolar e confirmei o sentido da estrada que ligava B.B à Socorro (SP). Usei como ponto de referência a Igreja Matriz e segui por uma rua à esquerda que sai detrás da igreja, mas antes pera!... É meu, a chuva caiu novamente. Ainda bem que eu estava no centro, me aloquei embaixo de um toldo e depois de uns 30 minutos estiou um pouco e segui. Parei numa lanchonete do espeto, comprei um espetinho e ganhei um mapa da cidade com os atrativos, conversei um pouco sobre viagens com o rapaz que me atendeu e continuei sentido a estrada. Peguei a Rua da Saudade e depois Rua da igualdade, isso já sentido socorro, eis que a chuva voltou, andei mais 5 minutos e cheguei num castelo e lá esperei passar um pouco. Nem tinha cessado totalmente e veio um carro e parou bem na entrada do castelo. Fiquei meio ressabiado e decidi prosseguir a caminhada. Foi uma decisão ruim, pois a chuva não parou e fui levando pingo até chegar no camping. Uma caminhada que seria de boa se tornou uma caminhada chata, pois tava um escuro danado, eu tendo que usar a lanterna do celular e ao mesmo tempo o celular ia molhando, assim como eu ia me molhando, já que não tava com capa de chuva. O trecho com calçada acabou e fui pela estrada mesmo, sem acostamento. Ora a chuva aumentava, ora diminuía, e assim foi seguindo no breu.

Deu 21h40 e ufa! Cheguei no camping!!! Fui recepcionado pelo Seu Bras, que devido a chuva deixou que eu montasse a barraca no barracão coberto. A minha angustia da chuva já havia passado, os 4km passaram até que rápido. Pra chegar no camping tem placa na estrada, não tem muito segredo.

--Vale ressaltar que aconselho e muito esse camping, fui bem atendido e gostei muito da estrutura. Se caso for passar só pra conhecer a cachoeira a entrada é R$7,00. Pra quem está acampando tem a área de churrasco e pra fogueira também. Enfim só indo pra conferir. (site aqui)--

Dia 1: Cachoeira dos Felix, Cachoeira do Machado II e Cachoeira do Machado I


Cachoeira dos Felix

Cachoeira do Machado II

Cachoeira do Machado I
trajeto do dia 1


Acordei com um baita dia lindo, quem imaginaria que tivesse caído bastante chuva na noite anterior, pois era um céu mega azul e um sol hiper brilhante. Ao olhar no horizonte e ver aquele contraste do verde rural junto com toda essa preciosidade de céu e do sol! Tudo isso pra combinar com as águas, perfeito! Então após passar um tempo na ilha do sossego observando a cachoeira, 09h00 me pus a caminhar pelas estradas de Bueno Brandão. A cargueira deixei no camping, só sai com uma mochila de pano com documentos, água, lanche, celular, os papeis que eu imprimi para orientação e a máquina fotográfica.

Saí do camping e após um breve trecho de terra já dei de encontro com a estrada, que segui sentido socorro. Era uma segunda-feira, uma atmosfera totalmente tranquila, muitos pastos e vários bois e vacas separados de mim e da estrada apenas por uma cerca de arame farpado. Caminhei uns 800 metros pra interceptar a bifurcação que me levaria direto pra cachoeira dos felix, era só andar mais 2,3km. Segui à esquerda, um caminho de terra novamente e agora além de pastos tinha uma plantação de café à minha direita. Passei por uma pousada que vendia água de coco e pastel de fuba, porém nem chamei e segui sentido cachoeira. Esse trecho teve umas subidas mas pra logo depois e já bem próximo da cachoeira perder altitude bem rapidamente. Nesse trecho a plantação de café não tinha cerca e o que delimitava era um nível maior de galhos secos e eventualmente algumas árvores repletas de abacate. Era muito abacate, todos aqueles bem bonitos. Mal sabem o quanto gosto de uma vitamina de abacate, assim como abacate mexido com açúcar, mas enfim fiquei na vontade apenas e continuei na boa. Logo veio uma das entradas da cachoeira, que tava intitulado algo do tipo "Parque Ecológico dos Felix". O portão estava fechado, entrei pelo lado, pois queria muito usar o banheiro, mas tava fechado. Então voltei um pouco e passei numa construção de novas pousadas e pedi pra usar o banheiro de lá. Tudo certo!

Voltei e li uma placa mencionando que funcionaria apenas no fim de semana e cobrava R$10,00. Decidi ir pra outra entrada, uns 200 metros abaixo, pela Pousada Som das Águas. Lá o portão tava aberto, uma placa indicando a direção da cachoeira e da lanchonete, porém não tinha ninguém atendendo. Isso já era por volta das 10h00. 

Já que não tinha ninguém, segui pra cachoeira e se fosse o caso pagaria na volta, e também tava na intenção de pedir uma porção, nessa entrada é cobrado o valor de R$5,00. De cara trombei com uma piscina natural que vai dar na queda metros depois. Depois veio a parte que tinha a área propicia pra pratica de rapel e então já surgiu a trilha, que foi bem tranquila e curta. Já tava escutando bem forte a sinfonia das águas à direita.

Começou a purificação debaixo das quedas e essa foi a primeira, sempre aquela sensação louca de poder se banhar na queda de uma cachoeira. Foi mesmo o fechamento de uma combinação perfeita, mas fechamento no modo de falar, pois o rolê estava apenas em sua parte inicial. Essa queda dos Felix é muito loka, tem seus 40 metros e é bem adequada pra se banhar. Lógico que numa segunda-feira qualquer eu era o único no local! Escolhi um ponto que estava ali na certeza de massagear minhas costas e assim continuou por um tempinho. Bati umas fotos e fiquei contemplando as quedas enquanto o sol me secava um pouco pra eu continuar a caminhada. Agora o rumo era a Cachoeira do Machado II.

À esquerda cachoeira dos Felix + 2,3km

cachoeira dos Felix pousada som das águas

A lanchonete estava fechada e então voltei subindo pra outra entrada, lá eu virei à esquerda rumo ao Machado II. Poucos metros depois eu olhei à minha esquerda e disse. "NOSSA!". Era a Felix me surpreendendo mais uma vez. Conseguia vê-la por completo de outro ângulo, sua face toda e toda sua largura, que massa!  Dali pro sitio do Machado II tinha menos de 3km. Eu com um mapa na mão nem tive problemas de navegação. Continuava estrada de terra, e passei pelo "Rancho das Flores", depois de mais alguns metros passei pela "Pousada e Camping Arrelaros" e então pelo "Gordo Motos" pra só virar a esquerda na estrada pro Machado II, isso já bem próximo de sair na estrada asfaltada de novo, só que ao invés de seguir à direita eu fui pra esquerda.

De agora foi só seguir por mais alguns metros e então novamente: "NOSSA!!!". Sim, era mais uma visão de uma queda de longe, que cena show. Eu nunca iria imaginar que eu conseguiria ver essa queda da estrada mesmo. Bati umas fotos, passei por mais duas chacaras e então cheguei. Logo fui recepcionado pelos donos do sítio, paguei uma taxa de R$5,00 e adentrei. Antes conversei um pouco com o proprietário dali que está vendendo um grande terreno por 140 mil reais bem próximo da cachoeira. Disse pra ele que não podia comprar, mas que anunciaria aqui. Lá tinha umas plantações e um pasto também pra depois chegar a trilha de acesso a cachoeira. Trilha rápida e já cheguei na queda. A Cachoeira do Machado II tem uma queda de 70 metros, mais um lugar perfeito pra uma ducha bem bacana. O volume d'água estava bom e não deu outra... e logo me joguei em suas águas. Maravilha da natureza, apenas eu ali.. e eu aqui sem ter nem palavras pra descrever o momento. Foi loko!

Mas ainda tinha a cachoeira do Machado I. Antes comprei um doce de abobora no sítio e tava servido (R$10,00). Segui rumo ao último atrativo do dia, Cachoeira do Machado I.

Cachoeira do Machado II, que visual!

Cachoeira do Machado II e eu

Voltei sentido estrada BB x Socorro e ao chegar no asfalto, tomei sentido BB virando à direita. Fiquei procurando uma vendinha que me falaram, pois queria comprar algumas coisas pra comer. Tá aí uma desvantagem de se viajar no meio de semana, normalmente em lugares mais afastados do centro, não funcionam diariamente até porque não se tem movimento suficiente. Bom, se eu passei pela vendinha ela estava fechada e prossegui rumo ao Machado I. Nesse trecho estava ganhando altitude novamente, e se locomovendo nessa estrada já não tinha erro, foi só esperar a placa indicando a entrada pra Cachoeira. Ao acessar outra rua de terra, tinha uns 700 metros ainda até a queda, em duas bifurcações havia placas (mostrarei nas fotos abaixo).

Chamei na propriedade e a dona me atendeu, paguei os R$7,00 de entrada, perguntei se ela servia algum tipo de refeição e ela disse que não. Então desci pra mais uma cachoeira. Um caminho curto onde eu já avistava todo o volume de água e um pouco antes uma placa alertando dos perigos e tal. Contudo, nessa eu não tomei um banho, fiquei apenas vislumbrando todo o cenário que a cachoeira proporcionava, tudo ao redor estava em paz. Descansei, fotos e terminei com o doce de abobora ali mesmo, não sei como comi todo aquele potão rs.

Saindo do asfalto pra terra

à esquerda, falta pouco

é logo ali à esquerda

uma lida na placa e o fundo






Agora num percurso de menos de 4km eu voltei pro camping, chegando no sitio do sossego nem entrei e passei direto pra procurar um lugar pra comer. Vi a placa assado de minas, que fica no bairro ponte alta e pra lá eu fui ver se tava aberto. Após andar uns 400 metros após o camping, fui pedir informações do local e perguntei justamente pra dona do restaurante. De fato estava fechado, mas ela muito solicita disse que iria abrir pra eu poder comer algo. No caso ela tava servindo porções. Cheguei bem suado, na hora pedi uma breja além das porções, 'A Outra' caiu muito bem praquele fim de tarde e não demorou muito pra chegar mais um pessoal. Comi uma porção deliciosa de tilápia e continuei nas brejas e já nesse momento um converseiro total, muitas histórias, vários assuntos, o pessoal super gente boa, O Daniel e a Renata que são donos da casa. Tá ai mais um lugar que recomendo, eles estão melhorando cada vez mais a estrutura do local, mas a simplicidade é que me fez sentir em casa e o bom atendimento. A atração imperdível dali é o Leitão assado que pretendo poder participar num fim de semana.

Quando voltei pro camping já era de noite, usei a lanterna na escuridão e já tava bem alegre rs. Tomei um banho e partiu descanso, pois o primeiro dia havia sido bem loko!

Dia 2: Cachoeira Cascavel, Cachoeira do Davi I e Cachoeira do Sossego 


Cachoeira Cascavel

Cachoeira do Davi I











Cachoeira do Sossego

trajeto do dia 2











Serei mais breve ao escrever sobre o segundo dia porque senão ficará muito extenso...
Antes de sair eu me alimentei bem, no dia anterior havia pedido uma porção de frango com queijo pra viagem, justamente pensando nesse dia. A dona do Assados de Minas gentilmente fez um arroz pra acompanhar a porção.

Assim eu parti mais uma vez sentido a cachoeira dos felix, pelo mesmo caminho do dia anterior, porém ao passar pelo parque eu virei na primeira esquerda, pra seguir de acordo como o trajeto 2 ilustrado na foto acima. Aqui eu vou mostrar as fotos das bifurcações no sentido em que possa ajudar na visualização, mas é imprescindível levar um mapa, pois muita gente não acha essas cachoeiras devido a falta de placas e por ter várias bifurcações na região da roça. A referência tanto do print do mapa quanto das fotos é o caminho após a Cachoeira dos Felix. Se caso alguém for e ver que ficou complicado essas fotos é melhor apenas seguir o mapa, deu certo comigo.

Link do mapa https://www.wikiloc.com/wikiloc/view.do?id=1608196
Fonte: Augusto do Blog Trilhas e Trips

A Cachoeira Cascavel tem 30 metros de queda, é acessada por uma trilha depois de ser ter passado por uma plantação. A referência é uma cerca com três setas para baixo. Não se paga taxa.

A Cachoeira do Davi I tem uma queda de aproximadamente 20 metros, fica a 1km da cascavel e também não tem placa, mas tem uma seta na arvore indicando a entrada, sem taxa tbem. Vejam as fotos abaixo no fim da postagem...

Correu tudo certo nesse dia e foi mais um dia sensacional, voltei pro camping e curti as cascatas e a queda de lá. Passei no Assado de Minas de novo, me alimentei, tomei umas brejas e ainda pedi duas pra viagem. Pra finalizar fiquei contemplando a esplendida lua cheia que fez naquela noite, que junto com as estrelas consolidaram um espetáculo. Como não dormir bem depois disso tudo...capotei rs.

No dia seguinte acordei cedo novamente, mas dessa vez já me preparando pra voltar pra sampa, antes eu passei na cachoeira da usina, que é uma corredeira forte. Não cheguei a tirar foto, mas assim completou mais uma queda. Cheguei na rodoviária as 07h15, no meio do caminho o Daniel deu uma carona até o centro, pois ele tava indo trabalhar e me viu na estrada.

Saiu um ônibus para Ouro Fino as 08h00. Lá em Ouro Fino embarquei pra Campinas num ônibus das 09h10 e de campinas pra SP embarquei as 12h00. Paguei uns R$10,00 a mais, mas como eu tinha que trampar não poderia esperar um pra SP direto. Que só sairia as 12h30 de Ouro Fino.

Enfim, como se pôde ver, Bueno Brandão é muito bom, pretendo voltar certamente, pois ainda tem muita coisa pra conhecer por lá!!!

Até a proxima!

Dicas gerais para prática de trilhas na natureza:


seguir em frente (esq.)

virar à esquerda


subir direto e reto

virar à direita



bifurcação à direita de novo

À esq. do Cascavel e dir. do Davi

portão de acesso Cachoeira Davi

cachoeira do davi e eu

Acesso cachoeira do Cascavel

cachoeira cascavel e eu

aqui já na Cachoeira do Sossego

Cascata no Camping do Sossego

sábado, 15 de abril de 2017

Pedra Chata em Itapeva, o pico pra relaxar - MG

Dia 3: 01/04/2017
Pedra Chata em Itapeva, o pico pra relaxar 


Depois de ter passado por São Francisco Xavier (SP) e Monte Verde (MG), tirei um dia pra relaxar na pedra chata em Itapeva, que significa pedra chata em tupi-guarani. Itapeva, que já foi um distrito de Camanducaia, emancipou-se pra município de Minas Gerais, situado na encosta da Serra da mantiqueira. Nesse dia fui direto pro Sitio Pedra Chata pra se ter uma visão do alto dos 1260 metros de altitude, além de poder apreciar uma bela piscina semi-natural que é abastecida pelas águas de uma mina e tem parte das laterais internas com rochas naturais. Fui na Pedra Chata em si, com seus 1300 metros acima do nível do mar e passei numa pequena Gruta de Pedra que é acessada por uma breve trilha após o mirante.

Como cheguei:

Como eu estava em Monte Verde, embarquei no ônibus pra Rodoviária de Camanducaia (R$8,20), isso já era 06h00, sendo que as 07h10 embarquei sentido Itapeva (R$3,30). Da rodoviária de Itapeva segui na caminhada sentido o pico, coisa de mais ou menos 5km, mas antes tomei um café da manhã reforçado pra encarar a estrada terra e um pouco de subida íngreme.

Deu 07h30 e eu já estava passando pela rua de terra (Avenida Leonardo Rossi) que está sendo asfaltada aos poucos. Depois de menos de 15 minutos virei pra Rua Assis Monteiro (conforme foto 3 que virei à direita). À partir disso, segui por essa rua até sair no Vale Suíço Resort, esse local serviu de referência pra quem eu perguntava, e as placas indicando o Sítio Pedra Chata começaram a aparecer após esse Vale Suíço. A caminhada se deu sempre por estrada, nada de trilha. Apenas comia poeira em cada veículo que passava. Em menos de 1 hora passei pelo Resort e então a coisa começou a ficar mais íngreme. Aos poucos fui avistando o centro cada vez mais longe e cada vez menor, enquanto eu cada vez mais alto.

Após uma hora e vinte minutos de caminhada, enchi meu cantil de água, pois um moço estava lavando o quintal. Aproveitei e perguntei sobre as águas dos riachos que cruzei e ele disse que eram limpas. Disse, também, que a que ele estava usando era de nascente. Agradeci e continuei na cautela. O sol estava presente em toda a subida e isso fez escorrer bons pingos de suor no meu rosto, mas tava bem agradável e o visual da paisagem lá em baixo ia melhorando a cada passo.

As 09h15, após uma hora e quarenta e cinco minutos de caminhada desde a rodoviária, cheguei no Sítio Pedra Chata e fui recepcionado por uma das sócias do local, que foi bem legal e me apresentou o local.

Sítio Pedra Chata

Paguei uma taxa de R$8,00 e já bem empolgado fui pra um banho na piscina. Poxa, após quase duas horas de caminhada e de ter feito a travessia São Francisco Xavier x Monte Verde no dia anterior, nada mais que justo relaxar naquele lugar daora. Não quis saber se a água estava muito gelada antes mesmo das 10h, entrei de uma vez e foi bem tranquilo. O sol reinava ainda bem presente e aquele visual fantástico não parava de me fascinar. Depois fiquei na beira da piscina contemplando tudo ao redor e já fazendo uso das rodadas de breja rs. Show de bola. Lá serve porções e vende bebidas, só não tinha almoço. Vi que estão construindo uns chalés ao lado do estacionamento. Aproveitei pra pedir uma porção de Tilápia que veio servida e já foi meu almoço do dia. Nesse dia um grupo de Jipeiros organizaram um churrasco por lá, mas só chegaram quando eu já estava descendo lá pras 13h00. A descida foi tranquila por estrada mesmo, dei uma sapiada pro lado que leva pro Pico do Lopo Guara em Extrema, coisa que pode ser um dos próximo rolês.

-Horário de funcionamento: das 08h00 às 17h30
- de Quarta a Domingo e feriados.
- Taxa R$ 8,00

Pedra Chata e Gruta de Pedras

Uma caminhada de menos de 500 metros do sitio pra Pedra Chata, que é um enorme rochedo de acesso fácil, onde se vê a rodovia e a cidade bem pequena à direita. A extensão da pedra me impressionou, não imaginava ser tão grande. Estava vazia, mesmo num sábado, só depois que veio um grupo de bikers. Ali eu estava a 1300m e acessando uma trilha de 150 metros cheguei numa mini gruta, que vale a pena passar por ali.

Voltei pro sitio e as 13h10 já estava descendo pelo mesmo caminho, lá pras 14h25 já estava na rodoviária pra pegar o busão de volta pra sp. Rolê que ocorreu como planejado, evitando perrengues no roteiro e aproveitando o máximo do tempo disponível. Da mesma forma passando por paisagens incríveis e com um certo tom de aventura que uma travessia oferece. 

- voltei de Itapeva pra SP no busão das 15h00 - horários na foto 13 (R$ 25,20)

È isso!!! Péde Natureza.
Até a próxima

Dicas gerais para prática de trilhas na natureza:

Fotos:
é o visual

Já pronto pra "nadar"

à direita, rua assis monteiro

to subindo

placa

indicando

sobe fi

opa olha ae

lá no sitio

mirante perto da gruta

gruta de pedras

piscina

anota aí


quarta-feira, 5 de abril de 2017

De São Xico até Monte Verde + Cachoeira Pedro David + Itapeva

Salve, salve! Segue o relato do rolê que fiz pelos lados do sul de Minas Gerais e divisa com o interior de SP. O plano era ir pra São Francisco Xavier em um dia, no outro dia fazer a Travessia até Monte Verde pela Trilha do Jorge, e no dia seguinte ir descansar na Pedra Chata em Itapeva. Rolê concluído com sucesso. Bora lá pro relato.

Dia 1: 30/03/2017
Indo pra São Francisco Xavier (SP)

Se você pretende saber quem eu sou
eu posso lhe dizer
Entre no meu relato, na estrada de São Xico
E você vai conhecer meu rolê

Era de manhã, 05h10, uma manhã de quinta-feira e eu com uma folga no pente, o jeito foi por em prática o roteiro que eu tinha em mãos, li vários relatos, naveguei nos mapas e assisti vários vídeos, até por isso me impulsionei a dividir como foi minha viagem solo pra São Francisco Xavier. 

Saí do trampo direto pro terminal Rodoviário do Tietê, cheguei por volta das 06h20, saquei um dinheiro e já comprei minha passagem pra São José dos Campos, busão que saiu as 07h00 num valor de R$33,00. A empresa é viação Pássaro Marrom. Foi uma viagem tranquila, marcada por um cochilo aqui outro acola, então por volta das 08h40 desci na rodoviária de São José dos Campos. Chegando lá, bem rapidamente localizei as plataformas onde os ônibus intermunicipais paravam, o que ia pra São Francisco Xavier só viria as 10h10, então foi um momento pra eu procurar um banco e continuar o cochilo, sentado mesmo e só acordei com o despertador do celular. Essa linha passa por Monteiro Lobato e é possível ver os horário no site da EMTU (aqui), a passagem custou R$08,45.

O ônibus percorreu por um tempo na cidade de SJC pra depois seguir estrada até Monteiro Lobato, a curvas começaram e a paisagem também foi mudando ao longo dos quilômetros, trazendo cada vez mais um ar rural e um visual esverdeado. Por volta das 11h00, já na rodoviária de Monteiro Lobato, o busão fez uma breve pausa pra seguir novamente nas curvas da estrada pra São Francisco Xavier, que foi ganhando mais e mais altitude, na verdade essa rodovia é SP-50 (Rodovia Monteiro Lobato). Pra já aproveitar o dia decidi descer no ponto que vai pra Cachoeira do Roncador e logo quando desci, vi uma placa dizendo que funcionava de sábado, domingo e feriado apenas e que tinha mais 7km pra chegar (ver aqui). Na hora quase pensei em ir pra ver se tava aberto como disse no site, mas como o dia era de descanso ainda, resolvi ir direto pro camping "Canto dos Pássaros", que estava a um pouco mais de 40 minutos andando dali. (local aqui) Chegando no Canto dos Pássaros, percebi meu primeiro erro na programação, o de não ter reservado ou pelo menos ter entrado em contato com o camping, fiquei chamando por quase uma hora e não tinha ninguém nesse dia, até que chegou um funcionário da jardinagem e me disse que a diária começaria à partir das 16h00, já aproveitei e perguntei se servia almoço e ele disse que não. Então já foi a deixa pra eu ir pro centro, almoçar e partir pra cachoeira Pedro David. 

Cachoeira Pedro David

Almocei na Padaria/ Restaurante que fica bem perto do final da linha de ônibus, na Praça Cônego Antonio Manzi. Comida muito boa, paguei por quilo. Fiz meu prato tranquilo e deu R$17,00, comprei mais alguns salgadinhos e um refri em lata, deu R$25,00 tudo. Dai então eu parti pra Cachoeira, foi coisa de 3km do centro, é tudo muito bem sinalizado. Saindo pela Rua XV de novembro, que fica atrás da Igreja Matriz, fui direto. Tive a companhia de um moço que estava caminhando um pouco a frente, mas parou pra seguir comigo. Foi coisa de 500 metros e já chegou a bifurcação que leva à esquerda pra cachoeira e ele seguiu pra direita, sentido que eu iria no dia seguinte, pois levava pro Bairro dos Ferreiras. Mais 2km e cheguei na cachoeira do Pedro David sem muitas dificuldades. Me deparei com um parque bem estruturado e melhor ainda, nada de super lotação, eu estava sozinho ali. Foi papo de um banho mais que merecido pra dar uma acordada no corpo e na mente que já queriam descanso, ainda mais após o almoço e sem dormir direito. 

Com várias mini quedas, vista de vários ângulos, diversas corredeiras para um bom descanso, tudo isso em meio a mata e tranquilidade da natureza, e ainda por cima vinha o sol a reluzir na águas cristalinas dos poços que se formavam após as quedas. Show, atração que se encaixou da melhor maneira no meu roteiro, sem muita caminhada e sem muito perrei. Como eu tinha que pegar um busão de volta pro camping, me atentei ao horário, o próximo sairia as 17h00 e assim as 16h10 eu tava voltando pro centro. Na hora de sair encontrei com um funcionário do parque, batemos um papo e segui embora, quase no portão avistei uma cobra que passou bem na minha frente, ainda mostrei pra ele a cobra e ele falou que era venenosa e tal. Se não me engano disse ser Jaracuçu (foto 11).

Camping Canto dos Pássaros

De volta ao camping e após meia hora, consegui adentrar e ser muito bem recebido. O camping tem uma estrutura bem bacana, passa um rio perto da área de acampamento e tem um ambiente bem arborizado. Conta com cozinha coletiva, sala de convivência, entre outras coisas que podem ser vistas no link do site (aqui). E por via das duvidas é sempre bom ligar ou enviar um e-mail antes de ir.

Como minha estadia foi de uma noite, não consegui nadar no Rio do Peixe que passa pelo camping, vai ficar pra próxima, pois já estou programando de ir pra SFX novamente, pra fazer o queixo d'anta e também ver de fazer um rapel com um guia que mora no camping, o Estevan.

Após o banho e de ter comido uns salgados fui pro sono. Preguei os olhos e só acordei lá pras 07h20. Um pouco atrasado, pois tinha pretensão de pegar o busão das 07h30, acabei esperando pra pegar o que passava as 09h30 no ponto perto do sítio. Antes de sair, trombei com o Estevan, que após uma breve conversa fiquei sabendo que ele é guia pela Mantiqueira EcoAventura. Mais um que me recepcionou muito bem e foi também bastante assertivo com relação a previsão do tempo na serra. Do camping dá pra avistar o pico do focinho d'anta e tinha uma frente fria naquela direção e ele explicou que pra travessia estava favorável, pois a serra na direção de Monte Verde estava limpa, e que aquelas nuvens viam de Sapucaí Mirim. Na hora pensei que era apenas um apoio psicológico, mas na verdade estava bem do jeito que ele falou, me disse também de como tava a trilha e tudo mais, informações que bateram, realmente mostrando que tem conhecimento do que faz.

Bom, então foi a hora de eu partir pra Travessia São Xico x Monte Verde, um pouco ressabiado e também ansioso, me pus a trilhar um caminho maravilhoso...

Fotos da Cachoeira Pedro David: 

Cachoeira Pedro David
Quedas Pedro David

Ponte de acesso, tá chegando
uma lida na placa

tá chegando
eu

angulo1
foco1

foco2
angulo2

Jaracuçu?

Dia 2 - 31/03/2017
Travessia São Francisco Xavier (SP) até Monte Verde (MG)

O bom de escrever próximo da realização da viagem é que muito da euforia ainda emana na palavras e linhas digitadas, que flashs vêm a todo momento fazendo sentir a sensação da aventura, e agora logicamente com o corpo descansado. Minha maior duvida era como eu me comportaria nessa travessia e também como o clima se mostraria durante essas 6 horas. O plano era de passar pelo Mirante (Pedra da Onça) numa altitude 1950 metros e depois seguir pra Monte Verde. E apesar de estar com a barraca eu ia pernoitar só em Monte Verde, pois queria pegar um busão pra Itapeva no dia seguinte.

Cheguei as 09h50 no final, na mesma Praça do dia anterior, e passei na padaria/ restaurante, também era a mesma. Tomei um café reforçado, comprei mais uns salgados pra levar comigo e as 10h05 iniciei a pernada sentido bairro dos ferreiras. Fiz o mesmo caminho seguindo pela Rua XV de Novembro por detrás da Igreja Matriz e na bifurcação fui à direita pra sair na Estrada dos Ferreiras. De lá foi só começar a subir mais e mais. Passei por umas casas e algumas travessas dos ferreiras, alguns metros acima veio o Vale dos Bambus e nesse momento tive um ar de refresco, pois mesmo que o sol não estava estralando, eu já me encontrava de corpo quente. Avistei diversas placas da Pousada Itaki, e da Fazenda Monte Verde só começou a aparecer mais tarde.

A subida seguia, ora íngreme ora muito íngreme, passei por uma bica, mas não peguei água ali, só fui encher o cantil após uma hora e meia de subida e já passando pela porteira que inicia a trilha propriamente dita. Passei por ali as 11h25, antes conversei com um moço da fazenda, pois eu vi várias placas de proibido invadir e tal. Ele disse que era só seguir acima que tava liberado. Na real, eu o chamei também pra ter mais uma pessoa sabendo que eu passei por ali rs então eu continuei.

Logo que passei a porteira, vi uma placa da trilha muriqui, e fui subindo por uma trilha já bem erodida. Ponto de água tem vários. Então não precisei carregar muita água, ainda mais que o tempo tava nublado ainda. Após muito zigue zague subindo, sai num trecho um pouco mais tranquilo, subia ainda mas era mais suave, isso já tinha mais de uma hora de trilha e mais de duas horas e meia de caminhada. Dali em menos de trinta minutos cheguei na bifurcação que pra esquerda me levaria pro mirante e à direita pra Monte Verde.

Após reconhecer o local e ver que tava dando certo, nessa bifurcação já me animei mais. Decidi subir pela esquerda e aumentei o ritmo. Mas como ainda era bem íngreme esse trecho, reduzi e fui na calma. Passei por um mirante, tirei umas fotos e segui. Sei que as 13h10 estava eu no topo da Pedra da Onça. O tempo tava aberto e a euforia tomava conta de mim, andei pra lá e pra cá vendo todos os ângulos até que sentei numa pedra e comecei a devorar meu lanche. Foi aí que do nada escutei um barulho vindo da trilha que segue pra Pedra Partida, eram uns cavalos, todos numa boa caminhando pelo pico e comendo grama.

Ao terminar minha alimentação, fui bater umas fotos e apreciar melhor o visual. Dá pra ver a Pedra partida, SFX, o estado de SP e muito mais. A minha condição física tava de boa, estava com as pernas tremendo um pouco depois de relaxar na pedra, o psicológico estava a milhão, super satisfeito, mas ainda preocupado com o restante da travessia. Eu tinha ciência que num trecho eu poderia me complicar, bem no Bosque dos Duendes.

Depois de meia hora no pico, eu voltei pra trilha descendo até a bifurcação e as 14h00 eu iniciei a parte que me levaria até MV. Muito rapidamente veio o Vale dos Duendes (foto 21), lugar belo e é realmente como disseram um cenário de filmes, nesse trecho tive muita atenção pra não sair nas trilhas que os cavalos abriram, e foi coisa de 10 minutos eu já tava seguindo por uma trilha muito bem demarcada, uma caminhada bem sussa, sendo a maioria do caminho descendo. O sol estava presente e me iluminava pelas frestas das árvores. Aqui algo pra se prestar atenção é que havia vários trechos com bambus numas árvores meio que indicando a trilha que não deveria ser seguida e a evitar que abrissem novos caminhos, provavelmente pra guiar os cavalos.

 As 14h30 atravessei o primeiro riacho, abasteci de água e fiz uma breve pausa pra seguir. A trilha continuou bem tranquila e demarcada, não trombei com nenhum muriqui, mas avistei diversos pássaros. Após 30 minutos a trilha deu uma inclinada e as 15h10 me deparei com o segundo e último riacho da travessia, que já estava quase no seu fim. Pra atravessá-lo eu tirei o bute, pois até nisso o relato que eu levei ajudou, e evitei de molhar já no final. (relato aqui).

Depois de 10 minutos passados, eu continuei pra reta final da trilha, que em mais 10 minutos atravessei a cerca tendo à minha direita a Missões, saí numa caixa d'água grande onde se tem também uma lixeira azul. Dali eu fui pela Rua Taurus até interceptar a Av das Montanhas pras 16h00 chegar no posto Ipiranga, que fica já perto do portal de Monte Verde. Troquei de roupa no banheiro do posto, comprei algumas coisas pra comer e um refrigerante pra beber no camping recanto dos bambus, que fica a 4km do centro. As 16h40 embarquei numa lotação da Cassalho Turismo pra antes das 17h00 me apresentar no camping que eu havia passado por lá 15 dias antes quando fiz os picos de monte verde.

De fato o lado da descida pra MV é mais de boa, até porque a altitude de MV está a quase 1600 metros, tendo então menos desnível com relação ao pico. Realizado com a travessia, indescritível a sensação que sentia e apesar do cansaço, um gosto de quero mais. Assim fui descansar numa noite gelada de MV.

*Na foto 24 tem os horários do busão Cassalho Turismo

Dia 3: 01/04/2017
Pedra Chata em Itapeva, o pico pra relaxar 
Fica pro próximo post...

É Nóis!!!

Dicas gerais para prática de trilhas na natureza:

Segue fotos da Travessia:

Pico da Onça - São Francisco Xavier - SP
Inicio da trilha após a fazenda monte verde

subindo. sempre
Pedra da Onça à esquerda e Monte Verde à direita

Pedra PArtida
visu

Sentido Estado de SP
zoom

no pico
Bosque dos Duendes

Último Riacho da Travessia 
o final

anota ai





Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...