sexta-feira, 25 de janeiro de 2019

Cachoeira da Quarta Colônia + Parque Juquery - Franco da Rocha

Queda no Parque Juquery


Um verão de muito calor em sp, assim como em todo Brasil, onde a média da temperatura está em alta. Férias da faculdade e o compromisso é o trampo na parte da noite, dia sim dia não. Então, aproveitar para caminhadas de bate-volta na metrópole de SP. Tá sendo legal! Dessa vez a região de Franco da Rocha foi o alvo da visita, primeiro passando pela Cachoeira da Quarta Colônia (primeira vez) e depois indo pro Parque Estadual do Juquery (segunda vez). Tudo correu bem tranquilo, destaque para as caminhadas no Parque que abriga o último remanescente do bioma cerrado da metrópole de SP.

“Essa obsessão de chegar...
O terror de não vir a ser o que se pensa...
Esse eterno pensar nas coisas eternas
Que não duram mais que um dia
Que não duram mais que um dia...”




De fato, a vida nos apresenta pelo menos duas faces de algo. Toda e qualquer situação pode ser vista por ao menos dois ângulos diferentes. Mesmo numa fase cíclica se mostra o inicio e o fim, depois o recomeço. Não parece que tudo é efêmero? Se por um lado o bom das vivências é que nada dura para sempre, mas esse é o lado ruim também. A eternidade do tempo não condiz com a realidade de um dia!


Sempre bem cedinho, pra aproveitar a caminhada matinal. Eis que as 06h50 desembarco na estação Franco da Rocha da CPTM, depois desse trem eu poderia pegar um ônibus (Mairiporã de R$5,10) que pouparia uma hora de andação, mas preferi ir a pé. Até então o objetivo principal era a Cachoeira da Quarta Colônia, lugar que eu já tinha visto, por fotos e vídeos, que era uma grande queda, mas que seria também de muito fácil acesso, ocasionando que a probabilidade de se ter muito lixo no local aumentaria. Isso aconteceu de fato, mesmo com a mobilização de um grupo do bairro petroria para tentar mantê-la limpa fazendo mutirões de limpeza. No caso tem até uma página no facebook com o titulo de Cachoeira Quarta Colônia. Quem sabe um dia eu possa comparecer pra somar no mutirão. Enfim, voltemos para a andança.

Segui pela Estrada do Governo (023), ora pelo acostamento ora por calçada, um parque grande logo perto da estação me pareceu novo, da última vez que estive por lá não me recordo de tê-lo visto. Na estrada, algumas pessoas caminhando e alguns ciclistas também. Ali é favorável, pois se é plano. Ao contrário das moradias e dos bairros ao redor que são mais alocados em morros. Essa estrada liga Franco da Rocha a Mairiporã e por ela segui até o km 45 onde à esquerda tomei para a Estrada Vargem Grande, daqui foi menos de 15 minutos até a cachoeira. Um caminho de terra batida, delimitado na direita por um muro extenso e à esquerda se vê o bairro morro acima. Logo veio uma subida curta e uma bifurcação à esquerda pra já sair no posto da Sabesp. A trilha se inicia virando a esquerda próximo do portão da sabesp, bem fácil. E em menos de 3 minutos já avisto a grande queda num lugar um pouco sinistro, parece não ser muito confiável ir sozinho por lá, nesse momento batia 08h00.

Dei um giro, algumas fotos, mas ali não fiquei mais que 10 minutos. Decidi ir para o Parque Juquery imediatamente. Assim fiz. Antes, vale frisar que ali tinha algumas estruturas do que outrora poderia ter sido uma usina ou algum tipo de abastecimento da região. Devido às chuvas, a coloração da água estava mais barrenta, mas acredito ser apropriada pra banhos. 

Parque Estadual Juquery - Trilha dos Lagos e da Árvore Solitária

Voltei pra Estrada do Governo e subi mais um pouco até o Corpo/Escola de Bombeiros. O que seria complemento de um rolê se tornou peça principal. O parque realmente é muito bom, não paga entrada, tem trilhas demarcadas tanto pra quem está a pé ou de bike. Resguarda parte do cerrado remanescente em sp e tem uma estrutura com banheiros, bebedouros e playground para as crianças. Eu já havia visitado esse parque uma vez e na época eu fiz a trilha do Ovo da Pata, que de ida e volta possui mais de 13km de trilha. Sendo a trilha mais extensa do parque e onde se consegue avistar o pico do Jaraguá. Dessa vez eu comecei pela trilha dos Lagos, que tem pouca quilometragem, mas é tida como trilha de nível alto devido uma subida em seu trecho final. Após ter passado por uns 3 lagos numa trilha bacana e com pontos para picnics, essa subida veio e contem uns pneus velhos servindo de degraus para auxilio da subida.

Depois segui rumo a trilha da Árvore Solitária, que deve ser a segunda mais extensa do parque e dividi por grande parte o mesmo caminho que se vai ao Ovo da Pata quando então se vira numa direita descendo rumo a arvore. Às 09h40 cheguei no final da trilha e, procurando uma sombrinha minima, fiz uma pausa pra um lanche básico ouvindo um som de leve. Logo depois chegou um ciclista chamado Evandro, um cara gente boa que depois de algumas conversas me indicou uma queda mais abaixo na trilha que segue para MTB. Ele me explicou e foi primeiro, "Qualquer coisa se for descer, vc verá minha bicicleta depois da pontezinha". Desci logo em seguida e assim se fez. Pô essa cachoeira salvou mais ainda o rolê (foto1). Nunca iria saber daquela queda naquele dia e o sol estralava na cuca, e essa tal cuca merecia então um refresco massageador. Foi show! 

Dali voltamos por uma trilha que o Evandro conhecia, não chega a ser oficial do parque, mas ele como morador e trabalhador da região é então grande conhecedor, e estava ali voltando aos treinos de bike após ter sofrido um grave acidente. Passamos pelas ruínas do que outrora foi uma extensão do manicômio de Franco da Rocha. O clima pesou um pouco ao ver as camas semi cobertas pelo brejo com uma cordas ainda ao lado, onde provavelmente usavam para amarrar os pacientes, além de umas macas espalhadas nuns quartos caindo aos pedaços, tinha também a carcaça de um antigo fogão industrial com algumas pias ao redor. Só digo uma coisa, sozinho ali eu não entraria nem que estivesse doidão rs.

Essa trilha me deixou já quase no centrão de Franco da Rocha, perto da estação. Mas antes eu havia passado pela penitenciaria de regime semi aberto, que conforme relatos do Evandro, ocorre algumas fugas de vez em quando. Talvez isso possa ser um fator negativo do parque, mas ainda sim é raro isso. Merece ser mais popular esse parque.

"O Parque Estadual do Juquery localiza-se ao norte da Região Metropolitana de São Paulo, nos municípios de Franco da Rocha e Caieiras. O acesso ao local pode ser feito pela rodovia Pref. Luiz Salomão Chamma. Além de diversas trilhas com diferentes níveis de dificuldade o parque possui, ainda, um patrimônio histórico-cultural de grande interesse."

"Informações e agendamentos: O parque é aberto de terça a domingo, das 08h00 às 17h00. É necessário agendamento somente para a trilha dos Pitus. (obs: na chuva o parque não abre)"

Péde Natureza!!! Até mais!

Dicas gerais para prática de trilhas na natureza:

Fotos:
Cachoeira Quarta Colônia

Inicio Estrada Vargem Grande

virar a esquerda para a queda Quarta Colonia

Inicio da trilhinha Quarta Colonia - Sabesp

Agora no Parque Juquery- Trilha Lagos

Na trilha dos Lagos 

infos

Trilha da Árvore Solitária

sábado, 19 de janeiro de 2019

Dicas gerais para prática de trilhas na natureza!


No intuito de relatar atitudes básicas e importantes para frequentadorxs da natureza, segue esse post no qual deixarei disponível no final da maioria das publicações aqui no blog. Além de deixar fixo na barra direita da tela. Eu poderia escrevê-las conforme as trilhas que já fiz, mas preferi reproduzir de um livro de alguém já experiente, pois abrange bastante coisa. Segue 14 tópicos bem didáticos orientando as praticas nas trilhas, extraídos do livro de Marcus Vinicius Gasques, Caminhos da Mantiqueira, vale a pena ler.

1º) Antes de sair para uma caminhada:
- pesquise a respeito do seu roteiro e da região;
- leve alimentação adequada;
- leve roupas e equipamentos que o mantenham quente, seco e confortável;
- conheça as técnicas básicas de primeiros socorros e orientação na natureza;

2º) Providências administrativas:
- verifique se a área você quer caminhar pode receber visitantes;
- peça as autorizações exigidas para frequentar parques e reservas;
- informe-se sobre o regulamento desses locais.

3º) Nas trilhas:
- escolha um calçado adequado para seu conforto e segurança, de acordo com as condições do terreno;
- elimine a tentação de cortar caminhos ou de usar atalhos nas trilhas sinuosas, mesmo se a trilha não estiver em boas condições – é uma eficiente maneira de evitar a erosão do terreno;
- nas pausas para descanso, escolha áreas que possam absorver o impacto de sua passagem.

4º) No acampamento:
- escolha um local para o acampamento com escoamento de água adequado e use um plástico sob a barraca para mantê-la seca sem que seja necessário cavar valas;
- monte o acampamento a pelo menos três metros de fontes ou nascentes;
- sempre que possível, acampe em áreas já previamente usadas para evitar a expansão de áreas descampadas;
- abandone o local do acampamento com a menor quantidade possível de vestígios de sua passagem.

5º) Lixo:
- recolha todo o lixo que você encontrar nas trilhas;
- traga de volta todo o lixo que você produzir ao longo das caminhadas e no acampamento – lembre-se de que a coleta de lixo, quando existe, é geralmente precária nos parques e reservas;
- só queime o lixo em último caso, e mesmo assim não o abandone. Enterre o que sobrar para que animais selvagens não morram ao comer os detritos;
- se você pratica pesca, não deixe espinhas ou sobras de peixe nas margens dos rios.

6º) Saneamento:
- sempre que possível, use as instalações sanitárias disponíveis;
- quando elas não existirem, afaste-se da área do acampamento, trilhas ou cursos d1água e cave um buraco.

7º) Banho:
- o banho deve ser sem sabonete ou xampu, assim como a lavagem de roupas;
- quando o uso de sabonete, mesmo que biodegradável (que também agride o meio ambiente), for indispensável, enxague os cabelos ou roupas a uma distancia mínima de três metros da água;
- mantenha a mesma distancia para jogar a espuma do creme dental.

8º) Louça:
- tente lavar louça sem usar sabão- mesmo biodegradável. A areia do próprio rio é um ótimo recurso para remover a gordura;
- procure enxaguar pratos e panelas a distância mínima de três metros dos cursos d’água.

9º) Pureza das águas:
- faça tudo o que estiver ao seu alcance para proteger as nascentes e cursos d’água de contaminação;
- ferva, filtre ou trate quimicamente a água de beber ou de preparar alimentos toda vez que você tiver alguma suspeita quanto à sua pureza.

10º Fogo:
- mantenha as fogueiras pequenas e cercadas para que fagulhas não alcancem a vegetação ao redor, principalmente se ela estiver ressecada;
- use somente lenha caída; nunca corte madeira para fazer fogueiras; deixe o machado em casa;
- certifique-se de que as cinzas foram totalmente apagadas e enterradas;
- aprecie a experiência de uma noite sem fogueira.

11º) Fumo:
- evite fumar quando estiver na natureza;
- fume somente quando for seguro; em volta da fogueira ou em áreas limpas;
- certifique-se de que as cinzas estão frias e então espalhe-as;
- traga de volta todas as pontas.

12º) Mountain bikes:
- respeite os regulamentos locais – use bicicletas somente em estradsa ou em trilhas designadas para esse fim. Evite trilhas de caminhantes;
- observe uma velocidade segura; lembre-se que após uma curva pode haver um pedestre;
- reduza o mínimo seu impacto sobre o terreno. Nunca pedale fora das trilhas nem use atalhos, que podem provocar erosão.

13º) Impacto em outros montanhistas:
- monte o acampamento e as barracas de modo a mantê-los discretos;
- mantenha grupos pequenos;
- fale em tom natural, evite jogos ruidosos e música alta;
- deixe animais de estimação em casa.

14º) Envolva-se:
- filie-se a clubes e a organizações de preservação;
- seja um excursionista consciente- frequentadores da natureza têm uma responsabilidade maior pela preservação e educação ambiental.

Pedra Grande de Quatinga via Paranapiacaba

Pedra Grande de Quatinga via Paranapiacaba (alt +-1150m.)
16/01/2019

Foto 1: Pedra de Quatinga - Mogi/ Paranapiaca


Normalmente, quando se passa dos 30 anos já se consegue ter algumas percepções da vida. Algumas lições já foram lecionadas e nos exercícios de aplicação obtiveram-se os erros e os acertos devidos. Muito depende, na real, da intensidade vivida destes anos, e também das condições físicas, espirituais e materiais. Mas também essa certa idade pode ser uma armadilha ao assegurar que a vida pode ser mais bem compreendida, ou que se podem adquirir as respostas necessárias para quem às procuram sobre os dilemas cotidianos. O tempo deixa o legado de altos e baixos, ora íngremes ora mais planos, concede encruzilhadas e bifurcações, ora por vias mais longas e com diversas barreiras ora pelos espertos atalhos. Nesse período, portanto, pode se saber alguns caminhos de cor e prever, de certa forma, o que poderá acontecer, mas a certeza em geral é que pouco ou quase nada se conhece da vida, muitos caminhos a serem trilhados ainda são desconhecidos, e é preciso sempre abrir-se para o novo.

“Sempre o vento sopra mais forte
Pra quem não está acostumado com o frio daqui
Sempre o tempo passa depressa
Pra quem se interessa viver mais um pouco aqui”

Poxa, eu briso em fazer umas caminhadas e poder chegar aos picos, me manifesto e me encontro em várias reflexões lokas, sinto medo também e respeito muito a natureza. Fiz esse role para a Pedra Grande de Quatinga numa quarta feira, dia 16 de janeiro de 2019, um dia ensolarado se fez, foi daora!

Dessa vez eu madruguei de verdade, 03h30 da manhã estava eu de frente a estação Brás da CPTM aguardando o funcionamento dos trens pra me levar até a estação Rio Grande da Serra, aproveitei a operação madrugada dos ônibus em São Paulo para me adiantar no horário. Às 05h30 embarquei no ônibus Paranapiacaba (emtu 424), o dia não havia amanhecido ainda e após eu pagar a tarifa de R$4,40, o bus seguiu pela estrada completamente escura. Na real dava até medo daquela escuridão, e uma parada estranha era que bem no horizonte se via diversos relâmpagos no céu. Logo pensei, “pronto, fudeu! Vai melar o pião!”

Às 05h50 cheguei ao final da linha, que é bem de frente ao cemitério, e assim atravessei a ponte avistando parte de Paranapiacaba. Andei pelas ruas de paralelepípedo ainda desertas sentido a Estrada Taquarussu. Ao chegar à estrada o ambiente foi se fechando em mata nas bordas da via. Eram 06h07min quando olhei o celular, o dia sem amanhecer ainda e na minha mente aquele receio referente àqueles relâmpagos que vi anteriormente. Continuei caminhando em passos rápidos e aos poucos o céu foi clareando e cada vez mais eu ficava confiante de que chuva não viria no meio da minha caminhada.

Acredito que em 45 minutos cheguei ao vilarejo Taquarussu, onde atravessei pela estrada ao lado, pois a vila é cercada. Nesse momento o tempo já havia se firmado e, apesar da neblina, o dia estava bom. Até aqui foram passos em estrada de terra batida com alguns cascalhos, dois pontos de água se passaram, mas na ida não precisei abastecer, pois tinha 2,5L de água na mochila. Nesses pontos dá pra ouvir o barulho dos riachos e têm também placas indicando a necessidade de guias credenciados para adentrar as trilhas. De fato ainda não sei pra onde levam essas trilhas desses pontos de água e segui direto, rumo ao meu objetivo do dia.

Com aproximados 7km de pernada, cheguei à primeira bifurcação do trajeto, onde à direita leva pro camping do simplão de tudo, mas o caminho que segui foi o da esquerda (foto2). Logo depois, uns 500 metros, apareceu uma trifurcação na qual andei reto (foto3), a partir de então fiquei mais atento, passei por um poço e logo viria uma bifurcação pra direita, mas a referência pra essa guinada não tava tão nítida. A não ser que você esteja se orientando por um GPS é melhor prestar bem atenção. Ao passar por algumas raras casas, após esse poço, terá uma com um muro grande e um portão cinza (foto5) depois dessa casa a próxima bifurcação é à direita (foto6), que desde o poço deve ter dado por volta de 1,5km.

Então, nesse momento, a estrada foi se estreitando mais, ainda com algumas moradias bem legais e um riacho atravessando a estradinha. Ao caminhar uns 10 minutos por esse trecho, veio a primeira visão do pico (se não tiver muita neblina). Andei nessa estrada por uns 20 minutos ao todo até larga-la pra uma bifurcação à direita (foto7), agora sim bem mais restrita a caminhada com aspecto de trilha. 10 minutos nela e saí na estrada novamente curvando a direita e subindo, no lado esquerdo uma propriedade com uma placa dizendo “Cão Bravo”, desse ponto, nem 2 minutos já se encontra então o inicio da trilha à direita da estrada. Como referência tem um muro branco com um portão semi enferrujado (foto8). Eu, meio que confuso, decidi subir mais um pouco pra tentar visualizar melhor a montanha e quando a vi bem grande na minha frente, “é ali mesmo”.

Aqui, já eram umas 08h50, a trilha começou bem batida e agradável de trilhar, a inclinação era básica, mas aos poucos já tava ganhando altitude. Já tinha em mente de relatos pesquisados de que um trecho íngreme viria e assim fui caminhando até esse momento. Tinha muita teia de aranha atravessando e lógico que tomei cuidado pra não desfazer todas as teias, algumas eram inevitáveis e outras eu nem via, só sentia algo meio que coçando nos ombros. Logo avistei uma rampa improvisada e nesse ponto a aclividade começou a se apresentar firme. Então, de bate pronto deduzi que desciam de bike naquela via, algo confirmado conforme fui subindo. Outras rampas apareceram e a pista sempre batida e sem bifurcações aparentes. Acredito que após uns 15 minutos a situação começou a ficar séria. A inclinação realmente existia ali, mas com a vontade de subir esse esforço foi tirado de letra, mas o cuidado era intenso já que o perigo era constante. Qualquer derrapada causaria uma queda feia, e sozinho nunca é bom sofrer esses tipos de acidentes. A trilha é conservada pelos bikers, que em vários pontos colocaram fitas de delimitação da pista e também improvisaram rampas. Realmente, imagino eu, deve ser uma aventura e tanta descer essa via de bike e deve se ter uma baita experiência para tal, pois só visualizo acidente fatal ali em caso de queda.

Com 45 minutos cheguei ao topo, ufa!!! Ao sair da trilha tinha uma placa vermelha alertando motoqueiros a não zoarem o trabalho dos MTB. Vi outras trilhas saindo lá do topo, segui tal trilha por um tempo e fiquei na duvida se o caminho que subi era o que eu deveria subir mesmo. Enfim, o importante é que cheguei bem e fiz um exercício bom. Hora de curtir o pico!

Aquela velha resenha: fotos, lanches, respiração profunda, descanso pras pernas, visual loko, etc. Pra depois de 30 minutos voltar num ritmo bom ainda, pois tinha horário a cumprir. Fiz o mesmo caminho da ida, desci em 35 minutos e fui estilingando na estrada. A intenção era embarcar no busão das 13h.

Resumindo, cheguei 13h05 e por milagre veio outra linha as 13h30 que passava em varias estações de trem, mas cobrava R$6,75. Fui nela mesmo. Bebi os últimos goles de água que eu havia pegado em um dos pontos do caminho. Fresquinha, fresquinha! Ponto de água que na verdade salvou, pois mesmo levando bastante água, tinha faltado em certo momento da volta. Mas correu tudo ok! Só agradeço! Não sei se Mogi das Cruzes ou Paranapiacaba, pois parece que Quatinga e a pedra ficam num bairro já em Mogi.Ou talvez os dois municípios dividem essa natureba. O que também segui como referência foi as placas "Caminho do Sal", as vezes segui-las pode salvar na horada da duvida!

PeDeNatureza a pé!!! É nóis!

Dicas gerais para prática de trilhas na natureza:

https://pedenatureza.blogspot.com/2019/01/dicas-gerais-para-pratica-de-trilhas-na.html


seguir à esquerda, direita é simplão.

seguir reto na encruzilhada

poço no caminho

casa antes da bifurcação

virar à direita aqui! importante

trecho à direita

inicio da trilha!!!direita

rampa de bikers na trilha

trecho mto íngreme

no topo ainda meio neblinado

visão do pico

outro ângulo

terça-feira, 15 de janeiro de 2019

Pico da Esplanada em Biritiba Mirim - SP

Pico da Esplanada em Biritiba Mirim - SP
10-01-2019

No Pico da Esplanada observando o Pico Garrafão

Aquele café da manhã na barraquinha do largo treze pra começar o dia bem alimentado e abastecer a mochila com alguns lanches rápidos para trilha. Já são 04h40, assim sigo numa manhã de 10 de janeiro rumo ao metrô. O caminho a ser traçado é um que já passa a ser feito muitas vezes, cujo destino é o bairro Manoel Ferreira em Biritiba Mirim, e lógico que tenho que ir pela Estação Estudantes da CPTM, linha 11, pois é de lá que embarco no bus pra Manoel Ferreira (E392, R$4,10). Pra mim tem em média de umas 3 horas e meia de viagem. E bora lá.

"Vou te escutar,
Nas finas antenas de metal,
Vou ver teus desenhos no jornal,
Um rosto distante se apagando
No meio da multidão."

Na mochila eu tenho o básico, um kit simples de primeiros socorros, 2 litros de água, um livro, roupa reserva pra volta, frutas, lanches, uma lanterna e acho que só. De fato, muita disposição misturada com uma certa ansiedade, pois o rolê seria num pico inédito pra mim, o Pico da Esplanada (1050m. Alt).

A ansiedade que pode ser designada como receio é justamente por não saber ao certo se a trilha está sendo frequentada, ou seja, as vezes trilha em desuso pode aumentar as chances de vara mato ou de ter mais peçonhentos tipo cobra na frente. Lógico, tenho que ser sensato e me lembrar de que o intruso ou visitante ali sou eu, por isso logo recomponho a mente pra trilhar no máximo cuidado.

Mais uma vez vou indicar o blog do Augusto do Trilhas e trips, pois segui seu post pra fazer essa caminhada. Sou sempre grato. https://trilhasetrips.blogspot.com/2016/06/relato-picos-da-esplanada-e-itapanhau.html

"Biritiba mirim é um município que faz parte da região metropolitana de São Paulo, faz divisa com Mogi das Cruzes, Guararema, Salesópolis e Bertioga. Possui algumas plantações do que me pareceu ser legumes e vegetais, e faz sentido devido sua localização mais próxima de grandes centros urbanos. Sendo assim, o transporte pode ser mais rápido, já que este tipo de alimento perece mais facilmente. Este cenário é mais retratado do que eu vi no Bairro Manoel Ferreira, com seu ar bem tranquilo, chão de terra interiorano, uma adutora perpassando seu território, alguns picos para se aventurar e contemplar vistas da Serra do Mar, etc."

São 08h45 e então começo minha caminhada sob um sol alegre e agradável, algumas raras nuvens passeiam em meio ao céu azul, ainda se paira um tempo fresco, mas que com o andar do tempo o calor viria forte fazendo escorrer diversos pingos de suor dessa face caminhante. O inicio da caminhada se dá na Estrada da Adutora com um muro bege à esquerda, logo depois já aparece os dutos e chega-se então numa escola. Menos de 25 minutos chega a primeira bifurcação e tomo a direita passando por debaixo do duto, sem erro. Prossigo determinado a queimar umas calorias, de repente passa um rapaz de carro e me da uma carona de aproximados 2km, salvou! Já fiquei pertinho do Rancho da Dona Maria que é um ponto de referência. Mas antes de chegar ao Rancho tem uma bifurcação à esquerda, (apresentado na foto 2 abaixo).

Tomo uma tubaína na Dona Maria, aviso que vou para Esplanada e logo sigo a andada. Em 7 minutos chego noutra bifurcação e vou pela esquerda (foto3), pois na direita segue para a pedra do sapo, que foi meu rolê de dois dias anteriores. Mais a frente passo debaixo da adutora novamente e logo veio outra bifurcação na qual segui à direita, ainda na principal (foto4). A pernada se torna plana de novo, numa estrada que pouco se usa, e por vezes as plantações de eucaliptos promovem um pouco de sombra. Outro ponto de referência é a bica da água, que chego em 30 minutos desde a ultima bifurcação. Agora mais perto do inicio da trilha, prossigo mais 15 minutos e eis que chega a placa da Suzano (foto6). O único carro que vejo depois do rancho é o da Eletropaulo, pois estavam colocando alguns fios mais grossos nos postes, mas sem instalá-los ainda. Acredito então que vão expandir o acesso a energia daquela região.

Confiro o relato que eu tenho em mãos, já citado acima, e observo mais informações para iniciar a trilha. A trilha pode ser dividida em pelo menos duas partes: sob as plantações de eucalipto e sob mata mais fechada. Eu demoro uns 35 minutos na trilha de eucaliptos, pois ela está com muitas folhas e galhos no caminho e então prefiro seguir na cautela, mas quando chega na mata fechada a trilha fica bem demarcada e mais fácil e nítida de se palmilhar. Logo apareceu um riacho e uma bifurcação à esquerda (foto8), a unica da trilha toda, e à direita leva para a estrada que sobe o Pico do Itapanhaú. Daqui bastou menos de 20 minutos numa boa pra que eu ascendesse no topo do morro. É preciso ainda atravessar a crista para chegar no visual completo, onde se tem o Pico do Garrafão ao lado. Parte da missão cumprida! 

Fico muito contente com a empreitada, quando se conhece o desconhecido sempre traz uma sensação de se conhecer algo, na maioria das vezes um sentimento bom. É hora então de algumas fotos e de reabastecer o corpo com o que eu tenho na mochila. Aqui vai um comentário que não deveria faltar com relação a impressão que tive do pico, que foi o fato de se ter sombras para contemplar o visual e descansar numa tranquila. Assim se fez meu momento de lanche.

Na volta faço o mesmo caminho, agora bem mais rápido. Ao chegar na estrada já coloco um som pra ouvir no fone e os passos vão firmes levantando o pó da estrada, na dona Maria mais uma pausa e sigo então numa estilingada, já quase no bairro Manoel Ferreira acompanho um senhor de muletas, super gente boa e receptivo, mora lá a décadas e me convidou pra pescar numa outra vez. Quem sabe um dia!!! 

À noite eu iria trabalhar ainda, mas que nada de cansaço e sim um reanimo na vida. Embarquei rumo a Estação Estudantes no ônibus das 14h35! Nem sempre pode-se atrair pessoas sendo o que se é. Daí preferem acompanhar as tendências de uma sociedade doente. Daí optam por se anularem para agradar outrem. Eu mesmo só faço a minha, não me iludo com o que venha a dar certo, até porque também distorço os valores. Ah sei lá, as vezes escrevo nada com nada mesmo, que nem tem a ver com o rolê em si rs. 

Até a próxima! 

Dicas gerais para prática de trilhas na natureza:

Fotos:

Inicio da caminhada!

Bifurcação à esquerda

Seguir à esquerda

Bifurcação à direita

Ponto de água

Inicio da trilha

saída dos eucaliptos para a mata

riacho e seguir à esquerda

Torre Itapanhaú

no topo!

pico do garrafão ao lado

sexta-feira, 11 de janeiro de 2019

De volta a Pedra do Sapo numa boa




De volta a Pedra do Sapo numa boa 

No meu ouvido um zumm insistente, um pernilongo me desperta lá pras 04h00 da manhã. O metrô começa a rodar as 04h40, o destino? Biritiba Mirim, para fazer a caminhada até a Pedra do Sapo. Então, fui até a Estação Estudantes da CPTM e de lá, no terminal estudantes, embarquei no ônibus Manoel Ferreira (E392), assim, desci no final dessa linha. Daí agora se tem uma caminhada de leve que tentarei explicar mais abaixo. De bate pronto vai uma indicação de um relato que é super completo do blog Trilhas e Trips: https://trilhasetrips.blogspot.com/2016/04/relato-pedra-do-sapo-serra-do-mar-de.html

Eu já havia colado nesse role em 2016, mas era um fim de semana de feriado prolongado e peguei um transito danado, acabei fazendo a trilha na parte da tarde e cheguei ao topo já estava escurecendo. Final das contas, eu tive que fazer a trilha de volta no escuro além de não poder aproveitar mais o tempo lá em cima. Ano passado tentei novamente e segui apenas o meu relato que continha um erro e fui parar em outro pico, o do Itapanhaú. Por isso que importante é sempre seguir com um mapa, e com o advento de uma tecnologia mais acessível GPS ou apps que possam visualizar todo o trajeto para além do relato. Se bem que é um tipo de trilha tranquila, mas passível de se perder também.

Biritiba mirim é um município que faz parte da região metropolitana de São Paulo, faz divisa com Mogi das Cruzes, Guararema, Salesópolis e Bertioga. Possui algumas plantações do que me pareceu ser legumes e vegetais, e faz sentido devido sua localização mais próxima de grandes centros urbanos. Sendo assim, o transporte pode ser mais rápido, já que este tipo de alimento perece mais facilmente. Este cenário é mais retratado do que eu vi no Bairro Manoel Ferreira, com seu ar bem tranquilo, chão de terra interiorano, uma adutora perpassando seu território, alguns picos para se aventurar e contemplar vistas da Serra do Mar, etc.

Comecei a caminhada na Estrada da Adutora com um muro beirando à esquerda e mais a frente os dutos à direita. A primeira bifurcação veio depois de uns 20 minutos de caminhada "é só virar à direita passando por baixo do duto. Em seguida terá uma ponte e uma "represinha", agora com os dutos à esquerda (Foto1)"

Continuei seguindo pela principal até sair numa bifurcação que tomei à esquerda (foto 2), a partir dali o próximo ponto de referência foi o Rancho da Dona Maria e antes já se consegue ver a pedra do sapo de longe à direita (1 hora de caminhada de boa). No bar parei pra tomar uma tubaína e ter um bate-papo rápido. Continuei a estrada e já em seguida veio três opções de caminho daí eu segui o da direita descendo, sem erro. A próxima bifurcação tem que tomar á direita conforme foto 3, nesse momento o caminho já se começa a fechar e mais alguns metros já se vê novamente a pedra, agora um pouco mais de perto e de frente. O inicio da trilha vai ser quando essa estradinha em desuso fizer uma curva pra direita e assim na esquerda terá uma trilha nítida subindo (foto4), da última bifurcação deve ter dado uns 20 minutos de caminhada (passou-se por 2 riachinhos). É bom lembrar que aparece outras picadas antes dessa, pelo menos umas duas, mas se for pra Pedra do Sapo, ignore-as.

Na trilha terá mais duas bifurcações, que hoje a primeira tem uma placa indicando à esquerda (foto5), acredito que com 15 minutos de subida ela aparece. Já a ultima bifurcação já se encontra lá em cima é importante seguir à direita. No caso fui testar à da esquerda e foi pura burrice, pois era uma trilha muito íngreme (demais da conta) e depois de escalar, e já quase nesse outro topo, eu olhei para trás e vi a pedra do sapo se distanciando, então tive que voltar numa peleja só. Essa trilha devem utilizar para fazer travessias, mas evitem se for só para a pedra do sapo. 

Isso foi um contratempo chato, gastei muita energia ali e meio que sabendo que não era o caminho, vai entender? Fora o medo de cair pra voltar numa descida de quase 90º, tremi na base.

Continuei então a trilha certa pra agora sem erro com mais 10 minutos poder ver a Pedra do Sapo bem na minha frente. Linda pedra, belo lugar, ótima visão de toda região, do litoral, de outros picos, etc. O sol tava amilhão vigoroso, e não me esquivei dele até porque não dava rs. Dali de cima eu via a imensidão de eucaliptos numa propriedade pertencente a empresa Suzano celulose, inclusive se tem em alguns trechos as placas que indicam isso.
Após uns trinta minutos no topo, o que fazia um tuim agora eram as pernas, mais precisamente meus joelhos. Reforço que foi a bendita empreitada no final da trilha, mas enfim, não adiantar ficar lamentado. Virou um aprendizado a mais, na verdade é sempre assim, cada vez aprendendo mais e mais. Pô e pra quem é da região metropolitana de SP, esse é um local de potencial treinamento mesmo fora de época de montanhismo ou pra preparação de quem está iniciando, pois já se pega uma segurança a mais e vai adquirindo experiências.

É tão favorável esse rolê que fui num bate-volta pra trabalhar a noite ainda. Só não foi mais suave devido as fortes de chuvas que caíram naquele dia. Minha sorte que voltei a tempo e as 14h35 tava embarcando no bairro Manoel Ferreira sentido Estação Estudantes. Já o trem estava com os serviços parados, a tempestade chegou de vez. Mas mesmo com o imprevisto deu tudo certo nos meus planos e dois dias depois estava eu no pico vizinho, o da Esplanada.

Enfim, a vida é uma coisa louca. As vezes criamos nossos castelos de ilusões e desejos, ou até mesmo hábitos alicerçados na zona de conforto, pra perceber que o real sentido pode estar nas coisas simples, refazendo ciclos, ou seja, em movimento!!! 

Até a próxima!

Dicas gerais para prática de trilhas na natureza:

https://pedenatureza.blogspot.com/2019/01/dicas-gerais-para-pratica-de-trilhas-na.html

Fotos:  


APÓS A PRIMEIRA BIFURCAÇÃO

Esquerda e logo Rancho Maria

direita, e não passa carro
Inicia a trilha



Esquerda, mesmo se não tiver placa +

Direita, ultima bifurcação

No topo

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