terça-feira, 10 de julho de 2012

FOLHA


Tu que me defendes
não te arrependes
em dizer
que foi pro teu prazer.

Já te machucaste
com minha forma lanceolada
e precisando de resgaste
teu tudo se transforma em nada.

Das minhas transformações de nada lembras.
Das tuas razões apenas, tuas ambições, teu egoismo.
Venho da terra, meu conjunto está indefeso
dirijo-me a um, que também és preso,
que és de peso pois o foco continua aceso.

Tu és o golpe, no galope,
na caneta, na folha
e por fim do final
cada golpe (foi) por tua escolha.

(Carlos R. Rocha)

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