sexta-feira, 31 de janeiro de 2020

Cachoeira dos Garcias, Aiuruoca - MG


Cachoeira dos Garcias, Aiuruoca - MG 
28 - 30/01/2020
Muito embalado pelo som de Durutti Column (Estoril À noite), fui descansar um pouquinho em meio à natureza de Aiuruoca. Dessa vez o destino foi o Vale dos Garcias, vale lembrar que escrevi outro texto sobre Aiuruoca quando visitei o Vale do Matutu, deixarei o link abaixo. Vale a pena ler! http://pedenatureza.blogspot.com/2020/01/vale-do-matutu-camping-o-panoramico.html
Parti de São Thomé das Letras bem cedo, pois o ônibus diário sai às 07h30 da rodoviária até Caxambu. No caso eu parei em Cruzília porque ali logo em seguida já chegava um ônibus da Viação Sandra com destino a Aiuruoca. 
 Preço: São Thomé x Cruzília (R$12,75), Cruzília x Aiuruoca (R$17,05).


Cachoeira dos Garcias, Aiuruoca - MG 

Uma boa caminhada me esperava quando desembarquei em Aiuruoca, lá pelas 11:15 da manhã. Assim, já providenciei de almoçar no restaurante bem ao lado onde o busão parou. A comida é muito boa e é self-service por R$16,00, lá eu também tinha almoçado da outra vez que estive em Aiuruoca. Depois de muito bem alimentado, inclusive tive que repetir o rango, pois a Abobora tava show de bola, dei inicio a pernada. 
O sol estralava e meio dia (12h00) eu comecei a seguir o caminho correto. Um pouco antes eu havia tentado uma estrada indicada pelo google maps como um trajeto mais curto pra quem tá a pé, no entanto, essa estrada dava em sítios apenas, se tivesse alguma ligação para a estrada do Vale dos Garcias deveria ser por trilha. Decidi voltar!
Não perdi nem 20 minutos e eu já estava orientado, agora ao adentrar a estrada do Vale dos Garcias não tem erro e nem perigo de se perder, enfim o trajeto é sinalizado onde existe necessidade e indica também as quilometragens. Pra quem vai de ônibus de Caxambu x Aiuruoca, pode descer antes de chegar no centro, é bom avisar o motorista ou o cobrador que com certeza saberão informar o local de descida. No mais, é melhor ainda estudar bem o mapa de onde se pretende ir.
Acredito que por esses tempos eu tenho me achado um andarilho contente, caminhando por belas paisagens e curtindo minha paz. Mas para ir aos Garcias eu sofri um pouco rs. Foi aí que eu vi o cansaço bater de vez, e uma pena não ter tido nenhuma caroninha no trajeto todo. Bom, sei que era meio de semana, plena terça-feira, e eu tava de chinelo e tal, mas mesmo assim valeria uma carona hein. Sei também que não se passava muitos carros. Enfim, ao todo foram mais de 4 horas camelando sob o sol e muita subida de fato e cada vez mais minha cargueirinha ia aumentando seu peso exponencialmente rs.
Ao longo dos 3km iniciais, a estrada se manteve em boas condições, digo isso mais pra quem tá de carro. Apesar de que, no geral, é tranquilo subir a serra até os Garcias de carro. Talvez no último quilômetro até a chegada do restaurante é que a situação complica mais.
Com quase 5km se chega numa base do Parque Estadual Serra do Papagaio, é interessante parar pra deixar o nome e fortalecer a visibilidade do parque. Quando eu passei estava fechado, se não estivesse, eu faria uma pausa ali. A partir de então já se começa a ter alguns calçamentos em locais estratégicos para subida, e assim vai se revezando durante a subida.
Eu fiz umas cinco pausas, caminhei na mais pura calma, pois não adiantava ter pressa, o jeito era procurar esquecer que se estava exausto. Por vezes eu olhava para trás e o visual esplêndido eu pude apreciar, além do Pico do Papagaio e sua serra se tornar imponente à minha esquerda.
Quando passei pela pousada canto das bromélias eu voltei a ficar mais de boa com a caminhada, dali faltava uns 3km ou menos. Com a garrafa abastecida de água novamente, continuei mais energizado a parte final.
No último km, já em propriedade do restaurante, desci na calmaria até encontrar com a Camila, que me atendeu e mostrou como funcionava o camping. Diária com café é R$50,00 e sem café é R$25,00. As duas diárias eu fiquei sem café, pois o restaurante estaria fechado na quarta-feira, dia seguinte da minha chegada. No entanto, não tive problema algum, os funcionários foram muitos solícitos comigo, no sentido que coaduna com o ambiente natural ao qual eles vivem. Só tenho a agradecer e indicar pra quem quer ficar um pouco em paz.
O local é muito bem estruturado e procura se encaixar em meio a natureza preservada, ao invés de eu descrever vá conferir os perfis das redes sociais deles. Posso adiantar que se pode almoçar com vista panorâmica da Cachoeira dos Garcias!

A Cachoeira dos Garcias
Não liguei pro meu aparente esgotamento físico e, após montar a barraca, segui pra Cachoeira dos Garcias. Lá é tudo muito bem sinalizado e tem suporte (corrimão) para descer a trilha. Bom, ali logo de cara têm duas opções, a queda em si ou ir para a prainha. Nesse final de tarde eu fui pra queda.
Controlando minha avidez, mas chegou a minha vez e assim se fez o meu visitar a uma belíssima cachoeira, forte, límpida e constante. Por vezes, direta, remediadora e alucinante. 30 metros de queda livre formando um poço incrível o que se denomina Ribeirão do Papagaio.
O meu roteiro era basicamente este e o dia seguinte inteiro eu pude contemplar estas belezas da natureza.
O camping é lá no alto da montanha, tem um visu super dez, inclusive ao anoitecer eu via diversos relâmpagos ao invés de estrelas, e não deu outra que a chuva veio. De lei que minha barraca molhou e tive que migrar pra um lugar coberto e largar a barraca, bem na madrugada. Mas enfim, são ossos do oficio e no caso eu sempre carrego um plástico pra cobrir a barraca, porém eu peguei o mais curto e não cobriu por inteira. Ainda bem que dormi tranquilo mesmo assim!
***
Amanheceu e lá pelas 07h eu voltei pra minha barraca, dormi mais umas 3 horas e depois parti para a prainha. O sol não estava forte e permanecia a maior parte do tempo coberto de nuvens. Mesmo assim me deslumbrei com o que vi na Prainha. Só não entrei na água, nem me deu vontade. Apenas descansei bastante a meditar naquele templo natural de todas as forças maiores. Adiante, fiz uma trilha e saí em outras quedas e corredeiras. Tudo muito em paz!
Claro que tive voltar até a majestosa Cachoeira dos Garcias e não foi só uma vez não, após o almoço também. Também, tudo ali bem pertinho e eu já tinha caminhado bastante pra chegar até ali, o jeito foi aproveitar e me energizar positivamente.
***
Nada como um dia após outro dia, eis que à noite o céu estrelado se concretizou, não pude deixar de deitar na grama com as luzes todas apagadas e curtir o momento. Eu estava relax no nível máster rs. A volta foi feita ainda sob efeito dessa boa energia emanada e concentrada também em mim. O visual pra se voltar para a cidade é bem mais de tirar o fôlego, e além do mais o dia estava amanhecendo. Que show! A cada passo se descobria mais e mais toda a serra do papagaio, agora à minha direita e por vezes na minha frente. Se eu comecei a pernada um pouco antes da 06h00 da manhã, as 09h00 eu já estava tomando o café da manhã na padaria de Aiuruoca, no centro.
Ah e têm dois horários de ônibus pra Caxambu, um às 10h00 (Viação São Cruz) e outros às 11h15 (Viação Sandra), R$19,00!
Me parece que Aiuruoca não está com um turismo massificado, não sei o que os locais acham, mas acredito que seja bom, apesar de o turismo movimentar a economia, mas nem tudo é dinheiro, é bom manter o equilíbrio em tudo!

Pé de natureza, até!

Fotos: 
Jan/20 Cachoeira dos Garcias

Jan/20 - vista do camping

Jan/20 - prainha - garcias

Jan/20 - de cima

Jan/20 - após breve trilha 
Jan/20 - quase entalei aí



Jan/20 - um dia assim

Jan/20 - continuação gracias

Jan/20 - casa maneira

Jan/20 - de volta amanhecer

Jan/20 - Serra do Papagaio

Jan/20 - bem sinalizado

Dicas gerais para prática de trilhas na natureza!
https://pedenatureza.blogspot.com/2019/01/dicas-gerais-para-pratica-de-trilhas-na.html

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